O Ministério das Relações Exteriores da Espanha confirmou que um cidadão espanhol está entre os mortos.
Entre os
feridos estão seis pessoas em estado grave, duas em condição moderada e
três em estado leve, uma mulher grávida teria sido ferida, informou o
serviço.
Um morador
de Jerusalém Oriental foi preso pelas forças israelenses por suspeita de
envolvimento no ataque, informou a Polícia de Israel, acrescentando que
a pessoa está atualmente sob investigação.
“A
investigação conjunta da ISA (Agência de Segurança de Israel) e da
Polícia de Israel continua com o objetivo de levar à justiça qualquer
pessoa que tenha participado ou facilitado este ataque terrorista”,
afirmou um comunicado da unidade do porta-voz da polícia.
A atividade policial também foi intensificada, segundo o comunicado.
Jerusalém Oriental, ocupada por Israel, é lar de um grande número de palestinos.
Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, informou que os atiradores eram palestinos da Cisjordânia ocupada por Israel.
O grupo Hamas
elogiou dois “combatentes da resistência” palestinos que, segundo ele,
realizaram o ataque, mas não chegou a reivindicar a responsabilidade. A
Jihad Islâmica, outro grupo palestino, também elogiou o tiroteio.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu realizou uma “avaliação situacional” com chefes de segurança após o ataque e visitou o local.
“Estamos em guerra contra o terrorismo. A guerra continua na Faixa de Gaza
e, infelizmente, também em Jerusalém. Na Judeia e Samaria, frustramos
centenas de ataques este ano, mas, infelizmente, não hoje”, disse
Netanyahu no local.
“Judeia e Samaria” é o termo bíblico pelo qual os israelenses se referem à Cisjordânia ocupada.
Alerta de escalada de tensões na Cisjordânia
Na semana passada, autoridades de segurança israelenses alertaram Netanyahu sobre o potencial de uma “grave escalada” na Cisjordânia ocupada devido às políticas do governo no local, disseram à CNN duas autoridades israelenses informadas sobre as discussões.
Na noite de
quinta-feira (4), Netanyahu convocou uma reunião interna com os
principais ministros e autoridades de segurança para discutir a situação
no local, antes da esperada onda de reconhecimento do Estado Palestino na Assembleia Geral da ONU neste mês, e as potenciais respostas israelenses a ela.
Os recentes disparos marca um dos ataques mais mortais na cidade
desde novembro de 2023, quando dois militantes do Hamas abriram fogo
contra um ponto de ônibus lotado em Jerusalém Ocidental, matando três
israelenses e ferindo outros 16.
Os serviços de segurança israelenses afirmaram que os agressores do tiroteio de 2023 estavam ligados ao Hamas.
Em outubro de 2024, dois palestinos, um armado com uma arma de fogo e o outro com uma faca, mataram sete pessoas em Tel Aviv.
O que sabemos até o momento:
Vítimas:
Pelo menos seis pessoas foram confirmadas como mortas, sendo três
homens na faixa dos 30 anos e dois homens e uma mulher por volta dos 50
anos, informaram as autoridades. Um cidadão espanhol está entre os
mortos informou o Ministério das Relações Exteriores da Espanha.
Ao menos dez
pessoas feridas foram tratadas por socorristas. Entre elas estão seis
pessoas em estado grave, duas em condição moderada e três em estado
leve, uma mulher grávida teria sido ferida, informou o serviço.
Os atiradores:
Dois agressores chegaram ao cruzamento de Ramot em um veículo e abriram
fogo contra um ponto de ônibus, pouco após o horário de pico, informou a
polícia israelense. Um agente de segurança e um civil no local
revidaram e mataram os atiradores.
O Hamas não assumiu a responsabilidade, mas emitiu um comunicado comemorando a ação.
Netanyahu no local:
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deveria comparecer
ao tribunal nesta segunda-feira (8) como parte do julgamento em
andamento por corrupção que ele enfrenta. Após o ataque, a sessão foi
cancelada e ele viajou rapidamente para o local.
Condenação europeia:
Diversas autoridades europeias condenaram o ataque, publicando
condolências nas redes sociais, com muitas delas pedindo o fim da guerra
entre Israel e o Hamas.
O presidente
Emmanuel Macon que afirmou em uma publicação na rede social X que seu
país “condena veementemente” o ataque no cruzamento de Ramot,
expressando suas condolências às famílias das vítimas, bem como a “todo o
povo israelense”.
“A espiral
de violência precisa acabar. Somente uma solução política trará de volta
a paz e a estabilidade para todos na região”, disse Macron.
Escalada de violência: Na
semana passada, autoridades de segurança israelenses alertaram o
primeiro-ministro Benjamin Netanyahu sobre o potencial de uma “grave
escalada” na Cisjordânia ocupada devido às políticas do governo no
local, disseram à CNN duas autoridades israelenses informadas sobre as
discussões.
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