Total de visualizações de página

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Perfil: Osama bin Laden, o homem mais procurado do planeta

##= O líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, mentor declarado dos atentados de 11 de Setembro de 2001 e objeto da maior caça humana da história, foi morto neste domingo (1º), quase dez anos depois dos ataques que deixaram quase 3.000 mortos nos Estados Unidos.

Desde o fatídico 11/9, o milionário de origem saudita, cujos rastros se perderam no sul do Afeganistão e na fronteira com o Paquistão, reaparecia episodicamente em gravações de áudio e vídeo ao longo dos anos.

Alto, magro, sempre usando barba, Bin Laden nasceu em Riad, Arábia Saudita, no dia 10 de março de 1957. Filho de um magnata saudita da construção próximo da família real, utilizou sua fortuna para financiar a Jihad (guerra santa) contra os soviéticos e depois contra os americanos.

Ele, que estudou Religião e Ciências Econômicas e se graduou na Universidade Rei Abdul Aziz, é o 17º dos 52 filhos de Muammar Bin Laden, o camponês saudita de origem iemenita que se tornou magnata da construção.

AP
O líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, que viviA no Paquistão
O líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden

Em 1973, Bin Laden entrou em contato com grupos islamitas. Após a invasão soviética do Afeganistão em 1979, viajou para este país para combater os invasores com o apoio da CIA, a agência de inteligência americana. Sua organização, Al Qaeda ('A Base'), foi fundada em 1988, ou seja, um ano antes da retirada soviética do Afeganistão.

Em 1989 voltou à Arábia Saudita. Após o estouro da guerra do Golfo em 1991, ele criticou a família real por ter autorizado o desdobramento de soldados americanos em território saudita, o que o fez ser declarado persona non grata no país.

Ele instalou-se então no Sudão, onde os serviços americanos de inteligência o acusaram de financiar campos de treinamento de terroristas. Em 1994, foi definitivamente privado da nacionalidade saudita.

Em 1996 o Sudão, submetido à pressões americanas e da ONU, pediu a Bin Laden que fosse embora do país. Ele foi então para o Afeganistão, onde fez funcionar uma dezena de campos de treinamento e lançou apelos contra os Estados Unidos.

A ação mais espetacular que lhe foi atribuída antes do dia 11 de Setembro foi um ataque contra as embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, no dia 7 de agosto de 1998, que causou 224 mortos e milhares de feridos.

Em 1999, ele foi incluído na lista do FBI entre as dez pessoas mais procuradas do mundo. Acreditava-se que sua fortuna superaria os US$ 250 milhões (uma pequena parte do patrimônio familiar, de US$ 5 bilhões) e que chegou a controlar mais de 60 empresas no mundo.

Bin Laden também foi acusado de ter ordenado o ataque contra o navio americano USS Cole no Iêmen, que fez 17 mortos em outubro de 2000.

Os Estados Unidos, que o acusam de ter planejado desde o Afeganistão os ataques suicidas de Nova York, Washington e Pensilvânia do dia 11 de Setembro, deram início a uma perseguição depois de, em 23 de setembro, as autoridades americanas ofereceram US$ 25 milhões por qualquer informação que permitisse capturá-lo.

Em 11 de setembro de 2001, 19 terroristas da Al Qaeda perpetraram nos EUA o maior ataque terrorista da história, com cerca de 3.000 mortos. Cinco dias depois, Bin Laden negou seu envolvimento em comunicado da agência "Afghan Islamic Press".

Em outubro de 2001, a televisão Al Jazeera mostrou imagens de Bin Laden junto com seu segundo em comando, o egípcio Ayman al-Zawahiri. Dias depois, Al Jazeera divulgou uma mensagem em que Bin Laden louvava o 11/9, embora sem reivindicar sua autoria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário