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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Irã poderia fabricar material para bomba nuclear, diz relatório

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INTERNACIONAL



Plantão | Publicada em 18/10/2011 às 09h37m
Reuters/Brasil Online


||#:-.=.-:#|| VIENA (Reuters) - O programa nuclear do Irã enfrenta dificuldades com máquinas de enriquecimento de baixo desempenho, mas ainda assim tem condições de produzir material que poderia ser usado na fabricação de bombas atômicas, segundo uma entidade norte-americana.


Em um relatório que coincide com o aumento da tensão entre o Irã e o Ocidente, o Instituto para a Ciência e a Segurança Internacional (Isis, na sigla em inglês) afirmou que sanções mais duras poderão tornar mais difícil para o país islâmico obter partes essenciais ao processo de enriquecimento de urânio.


O urânio enriquecido - produzido por centrífugas em velocidade supersônica para elevar a concentração de isótopos físseis - pode servir para alimentar usinas de energia ou, se for ainda mais processado, usado em mísseis nucleares.


As informações do relatório do Isis, divulgadas na noite de segunda-feira, são compatíveis com as alegações de países ocidentais de que o programa iraniano de enriquecimento nuclear não faz sentido do ponto de vista comercial e, na realidade, é parte de um projeto secreto para a fabricação de uma bomba atômica.


O Irã diz que precisa refinar urânio para suprir uma rede planejada de usinas nucleares no país. Sua única central em operação, em Bushehr, foi construída pela Rússia e é abastecida com urânio enriquecido de origem russa.


A Isis afirmou ser improvável que o complexo de enriquecimento de Natanz "sequer produza suficiente LEU (urânio de baixo enriquecimento) para um reator de energia nuclear do tamanho de Bushehr".


Especialistas ocidentais dizem que sanções mais duras, dificuldades técnicas e possível sabotagem cibernética reduziram os avanços no programa nuclear iraniano.


Mas o país continua acumulando LEU e os peritos afirmam que agora já tem material suficiente para pelo menos duas bombas se for refinado ainda mais, no caso de se decidir a fazer isso. No entanto, o governo iraniano nega que tenha planos de produzir armas nucleares.


Segundo a ISIS, a média de produção mensal de LEU aumentou, mas o número de centrífugas cresceu de forma desproporcional.


 *//* (Reportagem de Fredrik Dahl)  
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