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“News of the World”, o jornal dominical com a maior tiragem do Reino Unido, com vendagem média de 2,7 milhões de exemplares...O fim de uma saga!
||.=:=.|| Neste domingo chega às bancas inglesas a última edição do tabloide “News of the World”, o jornal dominical com a maior tiragem do Reino Unido, com vendagem média de 2,7 milhões de exemplares. No Twitter, o jornalista David Coverdale publicou uma imagem do que seria a última capa, ainda nas telas dos computadores. Em vez das tradicionais fofocas de celebridades, uma mensagem simples: “Obrigado e adeus”.
O clima na redação do centenário jornal não poderia ser mais desolador. Também via Twitter, jornalista contam que o editor, David Wooding, pretende servir bebidas e pizza para a equipe após o fechamento. Segundo os posts, Wooding “herdou uma bagunça há cinco anos e fez um grande trabalho”.
A decisão de fechar o NotW foi anunciada na quinta-feira por James Murdoch, filho do magnata Rupert Murdoch, dono da News Corp, conglomerado de mídia que controla o “News of the World” e diversos outros veículos importantes nos EUA e no Reino Unido. Foi uma tentativa de encerrar o escândalo provocado pela divulgação de que o jornal contratou detetives particulares para grampear telefones de celebridades, membros da família real, parentes de soldados mortos no Iraque e até mesmo de uma adolescente desaparecida, cujo corpo seria encontrado meses depois.
Rupert Murdoch, deve viajar para Londres, na tentativa de conter o escândalo que envolveu o jornal. A preocupação dele é evitar que a reação às denúncias inviabilize sua iniciativa de assumir o controle total da BSkyB, a maior operadora de TV por assinatura da Inglaterra. O magnata vai ter que se esforçar, pois segundo disse Rebekah Brooks, principal executiva do conglomerado, em conversa reservada com colegas, "o pior ainda está por vir". Rebekah é considerada figura-chave no caso dos grampos.
Num sinal de que o escândalo pode ser realmente muito maior, a polícia investiga a denúncia de que um dos executivos da News International, braço da News Corp no Reino Unido, teria apagado milhões de e-mails nos últimos dias. A especulação é de que as mensagens poderiam demolir a alegação de que os grampos foram iniciativas isoladas de profissionais do NotW, sem conhcimento dos escalões superiores do jornal ou mesmo do conglomerado.
Enquanto o clima é de velório na redação do NotW, a concorrência, especialmente na “imprensa séria”, continua a espicaçar o rival caído. O “The Guardian”, que veiculou as primeira acusações no caso dos grampos, traz uma reportagem mostrando que os ex-líder do Partido Liberal Democrata Paddy Ashdown afirma ter alertado o primeiro-ministro James Cameron dos riscos de empregar como assessor de imprensa Andy Coulson, ex-editor do “News of the World”.
Na última sexta-feira, Coulson – que trabalhou para Cameron até o início deste ano - chegou a ser preso por envolvimento com suborno de autoridades para obtenção de informações. Ele foi solto sob fiança e deverá comparecer à Justiça em outubro.
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