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BRASIL --\-- ECONOMIA
País recua 6 posições e fica na lanterna do Brics, atrás de China, Índia e Rússia.
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Mesmo perdendo fôlego em relação a 2010, quando cresceu a uma vigorosa taxa de 7,5%, o Brasil deve manter-se como a sétima maior economia do mundo este ano. Simulação feita pela Austin Rating com base nas mais recentes projeções de crescimento do PIB para as principais economias indica que o PIB brasileiro deve atingir este ano US$ 2,28 trilhões — valor que leva em conta uma alta anual de 3% do PIB.
Mesmo com uma expectativa de crescer apenas 1,7%, o PIB dos Estados Unidos deve passar de R$ 15 trilhões. O PIB chinês deve crescer 9,2%, para US$ 6,75 trilhões, consolidando-se como a segunda maior economia do planeta, à frente do Japão, que continuará encolhendo ( -0,5%), com US$ 5,3 bilhões.
Expansão fica abaixo até da registrada pela Alemanha
A freada do trimestre passado fez a economia brasileira crescer menos do que a da Alemanha, que, mesmo estando no epicentro da crise europeia, teve uma expansão de 2,6% do PIB no período. Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, ressalta que esse dado deve ser visto com cuidado, uma vez que a economia alemã vem crescendo pouco já há algum tempo, enquanto o Brasil se expandiu fortemente em 2010. No terceiro trimestre de 2010, o PIB alemão avançara 3,9%, enquanto o brasileiro saltou 6,7%.
— Em termos qualitativos, o Brasil cresceu mais. Uma taxa um pouco menor, mas sobre uma base ampliada, de renda e produção muito maior — disse Agostini.
Sobre o fato de o país ter ido para a lanterna do Brics, o economista observa que China e Índia seguem firmes movidos por processos muito fortes de urbanização, transformações sociais e crescimento da demanda interna, fatores que minimizam os efeitos da piora do cenário externo. A expansão mais robusta da Rússia, segundo ele, é parecida com a da Alemanha, já que o país também acumulou taxas muito baixas de crescimento em 2010. Na África do Sul, o economista vê características comuns ao Brasil, como a evolução do consumo interno, a expansão do mercado financeiro e dos investimentos.
Para a Europa, apesar de desempenhos melhores como os da Alemanha, da Suécia (4,6% no trimestre passado), da Polônia (4,2%) e da Romênia (4,4%), as perspectivas não são boas.
— A perspectiva é ruim por causa do impasse atual, que deve contaminar a atividade da região em 2012 — diz Agostini.
Dilma fiz que redução do ritmo foi uma ação deliberada do governo
Em resposta ao anúncio de que o ritmo de crescimento do PIB não alcançou a meta desejada inicialmente pelo governo, a presidente Dilma Rousseff afirmou, nesta terça-feira à noite, que o governo fez uma ação
"deliberada" para evitar maior crescimento da economia.
—Tivemos que, deliberadamente, diminuir o ritmo de crescimento — disse Dilma, durante entrega do prêmio de brasileira do ano, concedido pela Editora Três.
A presidente destacou, no entanto, que a economia do país deve atingir um ritmo de aceleração de 3,2%, "apesar da crise", disse ela. No discurso, Dilma criticou os que, no início de seu governo, criticaram que o país passaria por uma crise cambial. Também lembrou que o ano de 2011 fechará com volume de exportação maior que de importação, e afirmou que o Brasil está situação mais confortável que os Estados Unidos e países europeus. Mas ressalvou:
— Sabemos também que num mundo globalizado nenhum país está imune aos efeitos da crise. O Brasil, tecnicamente, não está imune aos efeitos da crise — disse ela, que fez uma homenagem aos "griseldos e
griseldas" que vivem no país, numa referência à personagem de Lilia Cabral na novela Fina estampa. A atriz também foi homenageada no evento desta terça-feira.
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