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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Moody's rebaixa rating de bancos franceses em meio à crise europeia

Risco de crédito


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ECONOMIA & MERCADO



Publicada em 14/09/2011 às 08h08m
O Globo, com agências 


%*$-=-$*% RIO - A agência de classificação de risco Moody's rebaixou em um nível o rating (nota) de crédito dos bancos franceses Crédit Agricole e Société Générale nesta quarta-feira. A nota da dívida de longo prazo do Société Générale foi rebaixada de "Aa3" para "Aa2". Já o Credit Agricola teve o rating da dívida de longo prazo rebaixoado de "Aa2" para "Aa1". A justificativa foi a elevada exposição dessas instituições aos títulos da dívida pública da Grécia.


Mesmo com o rebaixamento, as notas dos dois bancos ainda são consideradas "grau de investimento". Mas a redução da nota é uma forma de a agência dizer aos investidores que piorou a sua avaliação sobre a situação financeira desses bancos.


A exposição é considerada elevada porque esses bancos detêm muito dinheiro aplicado em títulos gregos enquanto o governo da Grécia se complica cada vez mais para cumprir suas obrigações financeiras e cortar gastos públicos. Essa situação da Grécia só faz aumentar o risco de calote e perdas financeiras para quem espera remuneração de juros da dívida grega.


A agência de classificação de risco deixou o BNP Paribas, maior banco da frança, em revisão do rating para rebaixamento, dizendo que a lucratividade e a base de capital do banco são amortecedores adequados para sustentar sua exposição a Grécia, Portugal e Irlanda.


A Moody's tinha colocado o rating dos bancos franceses em revisão no dia 15 de junho, devido à exposição deles a títulos da dívida grega.


A agência informou que durante a revisão as preocupações com desafios estruturais para os bancos manterem liquidez aumentou.


O rebaixamento ocorre depois que a França anunciou que não iria nacionalizar seus maiores bancos, mesmo com a ameaça de rebaixamento. Com um risco de contágio cada vez maior vindo da economia grega, a chanceler alemã, Angela Merke, el o presidente francês, Nicolas Sarkozy, estão se preparando para ter uma conversa mais dura com o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou. Os dois vão reforçar ao primeiro-ministro grego a importância de manter as metas do plano de austeridade que deve arrecadar fundos para eliminar o fantasma da falência.


O BNP Paribas, maior banco da França em ativos, anunciou também nesta quarta-feira um plano para vender 70 bilhões de euros (US$ 95,7 bilhões) em ativos para ajudar a aliviar os temores dos investidores sobre a atual alavancagem e capacidade de financiamento que afetou seus dois principais rivais no país (Société Générale e Crédit Agricole). As ações de todos os três grandes bancos franceses caíram no início do pregão desta terça.


Bancos franceses têm a maior exposição em empréstimos e aplicações em títulos públicos na Grécia, segundo o Banco de Compensações Internacionais (BIS). 
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