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domingo, 4 de setembro de 2011

EUA lançam campanha para evitar votação de Estado palestino na ONU


04/09/2011 - 02h30


INTERNACIONAL -- NOTÍCIAS.




DA FRANCE PRESSE
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS




O governo dos Estados Unidos iniciou uma campanha diplomática de última hora para persuadir os palestinos a abandonarem sua busca pelo reconhecimento como Estado na ONU (Organização das Nações Unidas), segundo informações publicadas pelo jornal "The New York Times".


O governo Obama fez circular no meio diplomático uma proposta para novas negociações de paz entre israelenses e palestinos, com o intuito de persuadir o presidente palestino, Mahmoud Abbas, a abandonar o plano de pedir o reconhecimento do Estado palestino durante a Assembleia Geral da ONU, que será realizada no próximo dia 20 em Nova York.


Citando altos funcionários da gestão Obama e da diplomacia americana em caráter de anonimato, o jornal aponta, no entanto, que o esforço de Washington pode ter chegado tarde demais.


Israel se opõe firmemente ao projeto palestino, no momento em que as negociações de paz estão travadas há quase um ano devido à negativa israelense de deter os assentamentos judaicos em territórios palestinos ocupados.


Os Estados Unidos argumentam que os palestinos somente conseguirão um Estado significativo por meio de negociações diretas de paz e advertiu que vetará no Conselho de Segurança qualquer pedido em favor da entrada na ONU de um Estado palestino com plenos direitos.


Washington, no entanto, não possui o apoio suficiente para bloquear a iniciativa na Assembleia Geral, que poderia elevar o estatuto da missão palestina de "entidade" observadora sem direito a voto a Estado observador sem direito a voto.


A mudança abriria aos palestinos acesso a dezenas de agências e convenções da ONU, que reforçariam, por exemplo, sua capacidade de denunciar Israel diante do Tribunal Penal Internacional de Haia.


Os funcionários norte-americanos citados pelo jornal apontam que Washington tenta a todo custo evitar um veto no Conselho ou o voto contrário na Assembleia Geral, já que ambos os casos podem gerar uma onda de descontentamento no Oriente Médio. 
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