$$ = $$ Sob custódia das forças armadas do Afeganistão, o ex-embaixador do governo Taleban em Islamabad, Abdul Salam Zaeef, disse ao Estado que a morte do líder da Al-Qaeda,Osama Bin Laden,em uma operação militar dos Estados Unidos na cidade paquistanesa de Abbottabad “não irá afetar a guerra no Afeganistão”. Zaeef vive em prisão domiciliar em uma mansão no bairro de Khosh Hal Khan, em Cabul, vizinho a outra figura importante no governo dos radicais islâmicos, o ex-Ministro de Relações Exteriores do Taleban, Wakil Ahmed Muttawakil.
“Essa guerra é afegã e não mudará a estratégia ou os objetivos do Talebanno país”, disse. Zaeef, que prometeu processar o governo do Paquistão por tê-lo prendido e entregue às forças americanas, em 2001, disse que a morte de Bin Laden no Paquistão é “uma prova de que o saudita não estava escondido em solo afegão e, portanto, a ocupação americana no país é injustificável”.Para muçulmanos envolvidos na jihad(resistência ou guerra santa) no Afeganistão, Zaeef acredita que Bin Laden se tornará um ‘mártir”.
Preso em Islamabad por autoridades paquistanesas eentregue às forças americanas, em dezembro de 2001, pouco após a queda do regime Taleban, Zaeef ficou preso na base americana de Guantánamo, em Cuba, até 2005. Seu paradeiro é incerto nos anos seguintes, até reaparecer no cenário político do Afeganistão em 2007, quando foi convidado pelo rei saudita Abdullah para um encontro com oficiais afegãos, entre eles o presidente Hamid Karzai, que deu início às conversas de paz entre o governo e o Taleban. Em janeiro do ano passado, Zaeef ficou conhecido internacionalmente pela publicação do livro Minha vida com o Taleban.
Ironicamente, Zaeef é uma das figuras-chave do Conselho de Paz Afegão, criado pelo governo, com apoio das forças internacionais, para tentar um acordo com o Taleban.
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