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terça-feira, 7 de julho de 2015

Lençóis Maranhenses, MA: quando ir, como chegar, o que visitar

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G1 mostra roteiro de até 5 dias em uma das principais atrações do MA.
Cenário de dunas e lagoas atrai visitantes de todo o país.

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Maurício Araya Do G1 MA
07/07/2015 05h37 - Atualizado em 07/07/2015 06h40
Postado às 08h55m
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Lençóis Maranhenses (Foto: Maurício Araya / G1)Lagoas e dunas fazem parte da paisagem dos Lençóis Maranhenses (Foto: Maurício Araya / G1)

Paraíso escondido no Nordeste do Brasil, os Lençóis Maranhenses são um dos principais destinos turísticos do Maranhão. Criado em 1981, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses – com área total de 156,5 mil hectares – integra a Rota das Emoções. 

As dunas – comuns nessa região do país – são formadas pela força dos ventos, que criam uma paisagem única e alteram constantemente sua aparência. Nesse ‘deserto’ gigante é possível encontrar lagoas formadas pelo acúmulo de água das chuvas do primeiro semestre.
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Banho nas lagoas é um dos atrativos dos Lençóis Maranhenses (Foto: Maurício Araya / G1)
Banho na Lagoa Azul é um dos atrativos dos
Lençóis Maranhenses (Foto: Maurício Araya / G1)

Um dos portais mais conhecidos dos Lençóis Maranhenses é a cidade de Barreirinhas, a 250 km de distância da capital maranhense. Bem estruturada para receber os visitantes, a cidade é cercada pelas águas escuras do rio Preguiças – que leva o nome por causa da presença do simpático bicho-preguiça. Para conhecer o roteiro, é preciso primeiro chegar a São Luís.

O transporte intermunicipal é uma alternativa para quem prefere fazer o passeio sem intermédio de agências: do Terminal Rodoviário da capital maranhense, saem diariamente ônibus até Barreirinhas. A passagem custa em média R$ 45 por pessoa.

Para se hospedar, há opções de apart hotéis, hotéis, pousadas e hostels, com diárias que variam entre R$ 160 e R$ 520, dependendo da categoria do estabelecimento.

O G1 apresenta algumas das opções de lazer e passeios nos Lençóis Maranhenses e roteiros complementares para fazer em cinco dias:
Dia 1

O percurso até Barreirinhas é feito por terra, em aproximadamente quatro horas. Basta seguir pela BR-135, MA-402 (passando pelas cidades de Bacabeira; Rosário – onde se pode fazer uma parada em um dos muitos estabelecimentos à beira da rodovia para degustar a juçara ou açaí como é conhecido em outras partes do país –; Axixá e Morros) e trecho da MA-225 até chegar à porta de entrada mais conhecida dos Lençóis.
A primeira parada pode ser feita em Santo Amaro do Maranhão, município localizado a sudoeste do parque nacional e que detém a maior parte de seu território. 

A cidade é conhecida como o ‘paraíso escondido dos Lençóis’, por ser um dos acessos quase que inexplorados ao parque. São 36 km de estrada de areia e natureza virgem, feito somente por veículos com tração 4x4. O trajeto dura em média 1h30.

Para dormir em Santo Amaro, os visitantes podem buscar hospedagem em casas de famílias ou fazer acampamento, já que há poucas opções de pousadas.
Acesso é feito por trilha que passa por paisagem de vargem (Foto: Maurício Araya / G1)
Acesso é feito por trilha que passa por paisagem
de vargem (Foto: Maurício Araya / G1)

Dia 2
No dia seguinte, o destino é Barreirinhas. Para entrar no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, o visitante não precisa pagar qualquer taxa de ingresso. O acesso é feito por veículos conhecidos como ‘jardineiras’, caminhonetes adaptadas para levar passageiros na carroceria. 


O passeio não custa mais que R$ 50 por pessoa, em grupos fechados (de até 10 pessoas). Após uma rápida travessia de balsa – que leva seis veículos por vez, ao valor de R$ 25 cada – pelo rio Preguiças, o caminho é por trilha, que passa pela paisagem de vargem, comparada por alguns turistas com a savana africana.

Com veículos mais novos, o trajeto de 12 km entre a sede de Barreirinhas até o parque é feito em 25 minutos. Já em caminhonetes mais antigas, o trecho pode ser percorrido em até 40 minutos, por um caminho mais longo. Dentro do parque, as caminhadas são acompanhadas por guias contratados.
Caminhadas pelas dunas e banhos em lagoas são atrativo (Foto: Maurício Araya / G1)Caminhadas pelas dunas e banhos em lagoas são atrativo (Foto: Maurício Araya / G1)

Até o mês de setembro, os visitantes podem contemplar dunas e se banhar nas lagoas formadas pela combinação da água das chuvas e da elevação dos lençóis freáticos. No auge da estação de seca no Maranhão – no segundo semestre –, as lagoas ficam muito baixas, o que prejudica o banho.
Passeio pelos principais pontos turísticos é feito de 'voadeira' (Foto: Maurício Araya / G1)
Passeio pelos principais pontos turísticos é feito
de 'voadeira' (Foto: Maurício Araya / G1)

Dia 3
O terceiro dia do roteiro pode ser dedicado ao passeio de lancha no leito do rio Preguiças, que sofre influência da maré: leva em média 6h entre sua cheia e vazante.


Os passeios de 'voadeira', como são conhecidas as pequenas lanchas com capacidade para até 10 pessoas, custam em torno R$ 80 por passageiro. Durante a viagem, a lancha pode atracar em alguns dos bancos de areia formados no meio do rio Preguiças.

A dica do G1 é fazer o passeio a partir das 15h, já que o percurso pode ser feito com tranquilidade em até três horas. O motivo? No fim do passeio, o turista pode apreciar um espetáculo único do pôr do sol a bordo da lancha.
Pôr do sol desde o rio Preguiças (Foto: Maurício Araya / G1)
Pôr do sol desde o rio Preguiças (Foto: Maurício Araya / G1)

Vista do alto do Farol de Mandacaru (Foto: Maurício Araya / G1)
Vista do alto do Farol de Mandacaru
(Foto: Maurício Araya / G1)

Dia 4
Quem vai a Barreirinhas não pode deixar de visitar o Farol de Preguiças ou Farol de Mandacaru. A estrutura fica localizada no povoado de Mandacaru, e para cortar caminho o melhor acesso é pelo rio Preguiças. Após subida de 160 degraus, uma incrível vista da foz do rio Preguiças.


No mesmo povoado, o turista encontra peças do artesanato da região, como artigos de cestaria, pessoais (como bolsas, sandálias e bijuterias) e domésticos (redes para dormir, cortinas, etc.), todos oriundos da fibra de buriti – palmeira predominante na região.
Em Vassouras, turista pode observar e interagir com macacos-prego (Foto: Maurício Araya / G1)
Em Vassouras, turista pode observar e interagir com macacos-prego (Foto: Maurício Araya / G1)

De ‘voadeira’ o turista chega, ainda, ao povoado de Vassouras, no local conhecido como Ilha dos Macacos. Lá, é possível observar e interagir com vários os pequenos macacos-prego.
Duna invade o rio Preguiças (Foto: Maurício Araya / G1)
Duna de areia invade o rio Preguiças
(Foto: Maurício Araya / G1)

Dia 5
No último dia, o turista deve visitar alguns roteiros alternativos dos Lençóis Maranhenses. Pela MA-315, a primeira parada é na praia de Caburé e Atins, onde há o encontro do Oceano Atlântico com o rio. De lá, com a maré baixa, pode-se seguir para a cidade de Paulino Neves, na praia dos Tocos, localidade deserta e com uma extensa faixa de areia.


Voltando à MA-315, em 30 minutos se chega à cidade de Tutoia, localizada na região do Baixo Parnaíba, e de onde saem os passeios para o Delta do Parnaíba ou Delta das Américas, com 73 ilhas fluviais entre os Estados do Maranhão e Piauí. O passeio de lancha por dentro do delta custa em média R$ 55 por adulto ou R$ 250 para um grupo de cinco pessoas e dura 4h.

Mais uma vez, a dica é fazer o passeio pela tarde: ao fim do dia, o turista pode observar a revoada dos guarás – ave de coloração vermelha com grande presença no Maranhão – na Ilha do Caju.

Atrações culturais
Na última semana do mês de julho, ocorre a tradicional festa do vaqueiro de Barreirinhas. O evento é considerado o maior do gênero da região e é embalado por grupos de forró. Neste ano, a ‘Vaquejada Regional dos Lençóis Maranhenses’ vai para sua 32ª edição.


Já no início do mês de agosto, a programação é para quem curte jazz e blues. Um festival, que está na sua sétima edição, faz aumentar o fluxo de turistas na cidade. Neste ano, o Lençóis Jazz e Blues Festival ocorre entre 7 e 9 de agosto. Na programação, grupos de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e, claro, do Maranhão.

Dicas do G1
Antes de viajar, é preciso planejar bem o roteiro com certa antecedência, inclusive para conseguir bons descontos – seja em alta ou baixa temporada. É preciso estar atento também ao calendário de chuvas. Entre maio e agosto, as lagoas estão bem cheias. 


De setembro a outubro e fevereiro a abril, o banho nas lagoas é limitado pelo nível médio das lagoas. Já no auge do 'verão' (de novembro a janeiro), como é chamado o período de estiagem no litoral do Nordeste, o nível das águas é bem baixo.
Lençóis Maranhenses (Foto: Maurício Araya / G1)
Até o fim de agosto, o turista encontra lagoas cheias nos Lençóis Maranhenses (Foto: Maurício Araya / G1)

Ao todo, 15 empresas oferecem pacotes de visita aos Lençóis Maranhenses em Barreirinhas. Ao comparar os valores dos passeios ou serviços, o visitante deve evitar aquelas que oferecem os preços abaixo do mercado, porque geralmente utilizam veículos mais antigos ou sem manutenção, o que pode estragar o passeio. Para consultar empresas e profissionais habilitados para operar na área de turismo, os visitantes devem também acessar o Cadastur.

Vale experimentar
Na Beira-Rio e Praça da Matriz, no Centro de Barreirinhas, pode-se encontrar restaurantes que oferecem pratos típicos do Maranhão. Entre as opções, estão pratos inspirados na Rota das Emoções, como arroz de cuxá com mariscos, abacaxi recheado com camarão, pirão, farofa de cuscuz e carne de sol ao molho de queijo coalho. O valor das guarnições pode variar entre R$ 25 e R$ 85.

Pôr do sol observado desde a comunidade de Tapuio (Foto: Maurício Araya / G1)
Pôr do sol observado desde a comunidade de Tapuio (Foto: Maurício Araya / G1)

Estando em Barreirinhas, o turista não pode deixar de visitar a comunidade de Tapuio, onde se localiza a Casa de Farinha. O acesso é feito por lancha. Duzentas famílias habitam o local. 

A casa é compartilhada pelas famílias conforme a necessidade de cada uma, e a maior parte da produção é para o consumo próprio – atendendo a um costume de vários anos. No ambiente, o visitante conhece e vive a experiência de todas as etapas de produção da famosa farinha-d’água.

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