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domingo, 23 de março de 2014

Big Data: enxurrada de dados emerge como novo termômetro da economia

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Empresas e governos exploram a tecnologia para analisar em tempo real indicadores como inflação e emprego, uma metodologia que ainda enfrenta obstáculos
RIO - Caso você veja alguém fotografando a prateleira do supermercado com o celular, talvez não se trate de um adicto em Instagram, mas de uma experiência de vanguarda em pesquisa econômica. 

Todos os meses, seis agentes da start-up californiana Premise usam um aplicativo de Android para clicar até 18 mil produtos,sobretudo alimentos e bebidas, em gôndolas da Região Metropolitana do Rio. 

As jornadas são diárias e cobrem do mercadinho da esquina ao Walmart. Elas se repetem em São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Salvador e em outros seis países, movimentando mil profissionais.

Na imagem, os itens são sempre enquadrados ao lado das etiquetas de preço. O valor é o que mais importa, e ele é também digitado no app, juntamente com o tipo e a marca do produto. As informações coletadas pelos agentes complementam a labuta de softwares que percorrem, sem parar, 30 mil sites de comércio eletrônico ao redor do mundo em busca de preços em várias categorias. 

Agregando os dados dessas duas fontes, a Premise tira do forno seu principal produto, um índice global de inflação em tempo real - uma alternativa aos dados oficiais, que costumam ser divulgados com latência mensal ou quinzenal.

A Premise é apenas um exemplo de como a enxurrada de dados que trafegam na rede, o chamado Big Data, está transformando radicalmente a forma como empresas e governos tentam “ler” a economia para tomar decisões.

Mas enquanto atende à demanda crescente por informações mais ágeis que as estatísticas oficiais, o fenômeno ainda recai em áreas cinzas no que diz respeito a confiabilidade das informações, direitos autorais e privacidade.

Apesar dos obstáculos, organizações de peso mundo afora apostam nisso. Fundada há apenas um ano e meio, a Premise já recebeu investimento da Google Ventures e fornece seus índices aos terminais eletrônicos da firma de informações financeiras Bloomberg, além de ter bancos e fundos de investimento entre clientes, contou Matt Garlick, responsável pelas operações na América Latina.

O modelo perseguido pela Premise tem como precursora a PriceStat, empresa criada por economistas do MIT que vinham trabalhando no “Billion Prices Project”. Esse projeto nasceu em 2007, a partir da tese de doutorado em Harvard do argentino Alberto Cavallo.

Ele buscava nos preços do e-commerce uma forma alternativa de calcular a inflação de seu país natal, cuja taxa oficial é alvo de desconfianças. A pesquisa cresceu até abranger 50 países, transformando-se no BPP. Em 2010, resultou na PriceStat, que comercializa a iniciativa acadêmica do MIT por meio da firma de serviços financeiros State Street.

O desafio da qualidade
Roberto Rigobon, que fundou a PriceStats com Cavallo, explicou que calcular a inflação por meio do comércio on-line oferece inúmeras vantagens sobre o método tradicional. Como o trabalho é feito por softwares e não por pessoas - no caso da Premise, elas são apenas um complemento -, a coleta de preços é incrivelmente mais ágil (diário, não mensal), abrangente (milhares de sites pelo mundo, não algumas lojas de um país) e barato.

Mas também são várias as desvantagens, admite Rigobon. A mais óbvio é a representatividade dos dados coletados: em muitos países, o e-commerce é restrito demais para que seus preços reflitam a tendência inflacionária de toda a economia. É justamente por isso que a Premisecomplementa os preços on-line com os de lojas físicas.

Segundo o cofundador da PriceStats, limpar os dados - isto é, eliminar as incongruências - é a parte mais difícil do processo. A companhia sempre compara os preços pinçados da Web com os de lojas físicas, de forma a validá-los. No caso da Premise, um time de especialistas em qualidade checa os preços por meio das fotos, disse Matt Garlick. Além disso, softwares inteligentes também caçam erros estatísticos.


- A tecnologia nos permite coletar mais dados, mas isso não implica necessariamente em informação de melhor qualidade. Eu sempre recorro a uma metáfora: o fato de os processadores de texto ter nos permitido escrever de forma mais rápida e barata não faz de nossa literatura melhor que a do passado. - comparou Rigobon. - A tecnologia reduz o custo de coleta dos dados, mas impõe custos maiores em sua “limpeza” para garantir um resultado significativo.

‘Economist’ recorre à PriceStats para inflação argentina
O mercado tem referendado esse esforço. No lugar dos dados do Indec, o IBGE da Argentina, a revista “The Economist” publica os números daPriceStats por considerá-los mais confiáveis, por exemplo. Gráfico elaborado pelo GLOBO com base em dados da PriceStats sobre a inflação brasileira em 2013 mostra tendência muito próxima à das estatísticas do IBGE, na comparação anual. Alan Krueger, economista de Princeton e conselheiro de Barack Obama, está no conselho daPremise.

- Estamos apenas começando a ver uma utilização séria dos dados em tempo real para tomada de decisões. A qualidade dos dados certamente será uma grande questão, mas não saberemos quão problemática ela é até que façamos mais pesquisas - ponderou Hal Varian, uma das maiores autoridades do mundo no assunto e economista-chefe daGoogle, que calcula a inflação a partir do e-commerce para fins internos com o Google Price Index.

Mesmo que índices econômicos frutos de Big Data se provem legítimos, o consenso entre especialistas é que jamais substituirão estatísticas oficiais.
- A história dos indicadores sugerem que os oficiais não são ignorados ou tornados obsoletos, mas usados em conjunto com os números do setor privado. 

Os novos métodos são um ótimo parâmetro para algo difícil de medir, mas os dados oficiais permanecerão necessários. O mundo gosta de competição, então a competição entre índices é saudável - afirmou Kenneth Cukier, editor de dados da “Economist” e co-autor de dois livros sobre Big Data.

IBGE prevê redução da latência nas divulgações oficiais
Mas órgãos oficiais não ignoram a tendência, como é o caso do braço estatístico europeu, a Eurostat, e a OCDE, um clube de países ricos baseado em Paris. Segundo um de seus economistas, ChristianReimsbach-Kounatze, a OCDE experimenta identificar flutuações no mercado imobiliário através de sites de compra, venda e aluguel de imóveis. 

A base de dados usada hoje é francesa, mas o plano é expandir para Espanha e Japão. Nos EUA, a organização colabora com plataformas on-line de emprego para traçar um retrato em tempo real do mercado de trabalho.

No Brasil, o IBGE ainda não realizou experiências parecidas, mas debate internamente a possibilidade, informou David Wu Tai, coordenador do Centro de Documentação e Disseminação de Informações do órgão.

- Todos institutos de estatística estão discutindo essas novas metodologias. É o futuro. A tendência é que isso acabe levando à diminuição da latência da divulgação de informações oficiais.

Indonésia tenta antecipar alta dos alimentos através do Twitter
Reimsbach-Kounatze admitiu, porém, que índices criados a partir de BigData serão fontes importantíssima de informações, em muitos casos a única, em lugares onde estatísticas oficiais não existem ou são precárias, como em muitos lugares da África.

Ele citou o caso do Global Pulse. Programa da Nações Unidas para estimular o uso de Big Data na compreensão de crises socioeconômicas, trata-se de um manancial de exemplos de como a rede pode ser usada em prol da pesquisa econômica.

Um dos projetos encontrou correlação entre tweets na Indonésia e elevações bruscas no preço dos alimentos em nível global. O humor de comentários em redes sociais também foi usado para antecipar estatísticas de desemprego nos EUA e na Irlanda. No Quênia, a internet foi usada para compreender as barreiras de acesso ao crédito impostas a pequenas empresas.

Robôs ‘leem’ milhares de notícias para investidores
Como se pode ver, a enxurrada de dados não está sendo usada apenas para gerar índices econômicos. Veja o caso da empresa americanaRavenPack, cujos sistemas leem por dia 750 mil notícias publicadas em 50 mil sites, de gigantes como a agência Dow Jones a blogs. Softwares semânticos interpretam quão favoráveis (ou prejudiciais) são as fatos noticiados para as empresas citadas.

A análise é enviada em planilhas para corretoras. Com os dados, muitas calibram automaticamente suas fórmulas de negociação de ações em alta frequência, que compram e vendem papéis em questão de nanossegundos (milésima parte do segundo). Tudo em tempo real, sem intervenção humana.

— Ninguém consegue ler 1 milhão de notícias por dia, é impossível. Mas computadores podem e são muito bons nisso. Muitas falhas cometidas por investidores ocorrem por falta de informação ou análise ruim. Nosso sistema torna mais eficiente a tomada de decisões — sustentou Armando Gonzalez, diretor-executivo da RavenPack.

Na era do ‘now-casting’, a questão dos direitos autorais
O modelo da RavenPack expõe um dos maiores obstáculos enfrentados pelos novos métodos, afirmou Reimsbach-Kounatze. Sem citar qualquer empresa específica, ele contou que não se sabe ainda se a extração de dados diretamente da web, o data mining, constitui violação de direitos autorais, “e essa é a grande discussão do momento.” 

Além disso, o uso de Big Data para fins de pesquisa econômica requer um debate maior sobre a questão da privacidade, argumentou o alemão:
- Órgãos oficiais de estatística sempre tiveram direito legal de coletar dados dos cidadãos, o que sempre implicou no dever de proteção desses dados. A diferença agora é que hoje é possível extrair informações do cidadão sem ele estar ciente. Por isso a questão requer mais discussão.

Apesar dos pontos fracos que as novas técnicas ainda apresentam, seus ideólogos querem legar ao séc. XXI uma revolução nas estatísticas.
- Essa tendência tornará obsoletas as noções de previsão econômica e de revisão posterior das séries econômicas. 

Viveremos na era do “now-casting” (algo como previsão do presente), que, com sorte, nos transportará para um tempo de ferramentas muito mais evoluídas de gerenciamento de risco - David Soloff, diretor executivo e co-fundador da Premise.

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