Piñera declara local de incêndio zona de catástrofe

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Fogo na Patagônia chilena já consumiu 8,5 mil hectares e segue fora do controle

O Globo

Publicado: 30/12/11 - 12h27

Atualizado: 30/12/11 - 17h35

Parte do parque na Patagônia chilena atingido pelo incêndio El Mercurio / GDA   

][*|=|*][ SANTIAGO DO CHILE - Um incêndio que já dura três dias e consumiu 8,5 mil hectares de floresta forçou nesta sexta-feira a retirada de cerca de 700 turistas da Patagônia chilena. Com o fogo fora do controle, o presidente Sebástian Piñera declarou a província de Ultima Esperanza zona de catástrofe. As autoridades pediram ajuda no combate ao fogo a Estados Unidos, Argentina e Austrália e solicitaram até fotos de satélite para obter um quadro mais preciso do estrago.


- Decidimos declarar zona de catástrofe a província afetada e solicitei ao ministro de Agricultura (Luis Mayol, empossado na quinta-feira) e à ministra do Meio Ambiente (Maira Ignacia Benitez) que viajem e possam coordenar pessoalmente todas as medidas necessárias - anunciou Piñera.


O presidente também anunciou que o parque ficará fechado, pelo menos, até o fim de janeiro.
- Esta situação corresponde a um incêndio de características extremas, principalmente por conta das condições de topografia, fortes ventos e o estado de vegetação altamente combustível - explicou Vicente Núñez, diretor da Secretaria Nacional de Emergência do Chile (Onemi).


O combate ao fogo, que vinha sendo feito com ajuda de 120 voluntários, deve ter o aparato dobrado nesta sexta-feira, com a incorporação de funcionários da Corporação Nacional Florestal do Chile (Conaf), membros do Exército, bombeiros.


Membros dos serviços de emergência da Argentina já se juntaram aos chilenos para tentar apagar as chamas que atingem o Parque Nacional Torres del Paine, um dos principais pontos turísticos do Chile, localizado no extremo sul do país. O serviço meteorológico prevê uma precipitação entre 10 e 15 milímetros, entre a tarde desta sexta-feira e a madrugada de sábado, o que poderia ajudar a evitar a propagação das chamas.


O tempo seco e os ventos, às vezes de 120Km/h, ajudam a espalhar o fogo e dificultam o combate. O ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter, diz que a possibilidade de que o incêndio tenha sido causado por uma pessoa é grande.
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