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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ritmo de desmatamento cai no Cerrado, mas 48,5% do bioma já foram destruídos



Meio Ambiente


BRASIL -- NOTÍCIAS & INFORMAÇÃO.




Catarina Alencastro 


BRASÍLIA - O desmatamento acumulado do Cerrado até 2010 já atingiu 48,5% do bioma, uma área de quase 100 mil quilômetros quadrados. Embora o acumulado tenha registrado um aumento de 0,32% entre 2009 e 2010 (6.469 km2), o ritmo das motosserras diminuiu neste período com relação ao anterior. De 2008 a 2009, 0,37% do Cerrado foi derrubado. 


Maranhão e Piauí são estados que têm implementado desmate mais acentuado. No período, o Piauí entre desmatou 1,05% do Cerrado e o Maranhão, 0,7%. Os dados foram apresentados nesta terça-feira pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). O órgão afirmou que os vetores da derrubada de vegetação nativa são velhos conhecidos: a agropecuária e o carvão que alimenta a indústria siderúrgica nacional. O governo ainda não sabe quanto desse desmatamento foi autorizado e quanto foi ilegal.


- Os vetores tradicionais são os mesmos, a agropecuária e carvão. A fiscalização não está só correndo atrás do prejuízo. No caso do carvão, estamos quebrando a coluna vertebral da cadeia econômica - disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
" Os vetores tradicionais são os mesmos, a agropecuária e carvão "

O Ministério também divulgou um balanço sobre as queimadas que atingem Unidades de Conservação do país. No total, dez áreas protegidas foram atingidas pelo fogo, em sua maioria intencionalmente provocado, segundo o presidente do ICMBio, Rômulo Mello. A área atingida este ano, no entanto, foi menor do que no ano passado. Em 2010, 1,6 milhão de hectares foram queimados dentro de parques, florestas nacionais, reservas biológicas e outras unidades destinadas à preservação. Este ano, o fogo já destruiu 322 mil hectares.


Uma das regiões mais atingidas foi o Distrito Federal, onde a Floresta Nacional (Flona) de Brasília já teve um quarto de sua vegetação nativa consumida pelo incêndio que, embora controlado, continua ardendo. Neste caso, o órgão do MMA responsável pela gestão das Unidades de Conservação disse ter provas de que o fogo foi criminoso.


- Nosso pessoal em campo identificou pessoas que tinham botado fogo dentro da unidade, eles foram perseguidos, mas se evadiram. Estamos acionando a Polícia Federal para investigar. A Flona foi criada para ser uma área a ser protegida e evitar a formação de loteamentos - disse Mello, que acredita que pessoas insatisfeitas com a criação da unidade possam ter motivado o crime. 
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