Casos globais se aproximam dos 12 milhões, sendo que metade deles foram reportados somente nas últimas seis semanas. A Covid-19 'não deixou nenhum país intocado. Ela humilhou todos nós', disse diretor-geral nesta quinta-feira (9).
Por G1
09/07/2020 11h04 Atualizado há uma hora
Postado em 09 de julho de 2020 às 12h10m

Um padre e um trabalhador usam equipamento de proteção 
individual (EPI) em um crematório, em meio à pandemia do coronavírus, em
 Nova Déli, na Índia — Foto: Anushree Fadnavis/Reuters
 A Organização Mundial da Saúde (OMS)
 demonstrou preocupação com o avanço da pandemia de coronavírus a nível 
global nesta quinta-feira (9), durante durante a reunião dos estados 
membros. Segundo a organização, os casos seguem fora de controla na 
maioria dos países. 
"Na maior parte do mundo, o vírus não está sob controle, está piorando", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante a reunião dos estados membros.
 "Mais de 544.000 vidas foram perdidas. A pandemia ainda está se acelerando", alertou Tedros. 
 Até esta quinta, mais de 11,8 milhões de casos de coronavírus foram 
relatados desde o início da pandemia, sendo que metade deles foram 
relatados somente nas últimas seis semanas, de acordo com a OMS. 
 "A pandemia da Covid-19 não deixou nenhum país intocado. Ela humilhou todos nós", lamentou o diretor-geral da agência. 
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 Ainda durante a reunião, a OMS anunciou a criação de um grupo 
independente para analisar a evolução da pandemia e a resposta dos 
países contra o coronavírus. O grupo será co-presidido pela ex-Primeira 
Ministra da Nova Zelândia, Helen Clark, e pela ex-presidente da 
República da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf.
'Perdemos muitos profissionais da saúde'
 Tedros demonstrou solidariedade aos profissionais da saúde em todo o mundo e lamentou as milhares de mortes na área. 
"Nunca esquecerei as imagens dos profissionais de saúde que usavam máscara por tanto tempo no turno, que tinham marcas e machucados impressos no rosto, salvando vidas e arriscando suas próprias vidas. Perdemos muitos profissionais de saúde", disse.
 A organização também demonstrou preocupação com as vacinas já 
existentes e com a falta de medicamentos nos países mais afetados pela 
pandemia. 
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 "Centenas de milhões de crianças correm o risco de perder vacinas de 
rotina para tuberculose, pneumonia, sarampo, poliomielite, cólera, 
cólera, difteria e outras. Muitos países estão com poucos medicamentos 
para o HIV", alertou Tedros. 
 "A cobertura universal de saúde é essencial para nossa segurança 
coletiva global em saúde. A saúde para todos, que tem sido a marca 
registrada da OMS há mais de 70 anos, é a resposta", apontou. 
 O diretor-geral da OMS ainda lembrou dos refugiados, que são um dos 
grupos mais vulneráveis à pandemia, e lamentou que a pandemia tenha 
aumentado as desigualdades sociais. "A Covid-19 pode empurrá-los [os 
refugiado] para a beira do abismo", disse.
Transmissão pelo ar
 Na terça (7), a OMS reconheceu que o coronavírus pode ser transmitido pelo ar, e não somente pelo contato com as gotículas expelidas por pessoas infectadas, como vinha afirmando. 
 A líder técnica para prevenção e controle de infecções da OMS, 
Benedetta Allegranzi, reconheceu que estão surgindo novas evidências 
desse risco de contágio pelo ar, mas afirmou que elas não são 
definitivas e que ainda é preciso reuni-las e interpretadas. 
 Allegranzi destacou que a OMS já recomenda que as pessoas evitem 
ambientes fechados e lotados, mantenham o distanciamento e usem a 
máscara em determinadas situações. Sugere ventilação adequada para 
ambientes internos. 
 
 OMS reconhece evidências da transmissão de Covid pelo ar, mas diz que não são definitivas 
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