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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Europa fecha em forte baixa; Bovespa cai mais de 4%



INTERNACIONAL -- NOTÍCIAS E INFORMAÇÃO


ECONOMIA & MERCADOS


18 de agosto de 2011 | 13h02


Bianca Pinto Lima

[$-%=%-$] As bolsas europeias terminaram o dia com fortes quedas, influenciadas pelos temores de que as economias dos Estados Unidos e da zona do euro entrem em recessão. Londres caiu 4,49%, Paris recuou 5,48%, Frankfurt perdeu 5,82%, Milão teve baixa de 6,15% e Madri registrou perda de 4,70%.


Os bancos europeus caíram acentuadamente. Perto do fim da sessão em Paris, o Société Générale estava em baixa de 13%, o Credit Agricole recuava 7,6% e o BNP Paribas caía 8,1%. Em Londres, Barclays fechou em queda de 11,47% e RBS caiu 11,31%. Em Madri, Santander cedeu 4,1% e BBVA recuou 5,8%.


O setor bancário francês pode ter sido particularmente atingido por uma notícia do Wall Street Journal, segundo a qual o Fed está manifestando preocupação com a liquidez das instituições bancárias europeias, disse um analista em Paris.


A informação do WSJ circulou um dia depois de os dados do Banco Central Europeu (BCE) terem mostrado que um banco, cujo nome não foi citado, tomou um empréstimo de US$ 500 milhões. De acordo com o WSJ, os reguladores federais e estaduais dos EUA estão intensificando seu escrutínio dos braços dos grandes bancos europeus nos EUA, ressaltando os temores de que a crise da dívida europeia possa contaminar o sistema bancário norte-americano, segundo o Journal.


O Fed de Nova York, que supervisiona as operações nos EUA de muitos grandes bancos europeus, pediu recentemente mais informação dos bancos sobre se eles têm acesso confiável aos recursos necessários para operar diariamente, disseram as fontes do Journal.


As quedas são generalizadas nesta quinta-feira. No Brasil, o principal índice de ações  opera em queda de 4,21% nesta quinta-feira, aos 52.754 pontos. Em Nova York, Dow Jones recua 3,34%, Nasdaq cai 4,01% e S&P 500 tem queda de 3,82%.
Mais cedo, o banco de investimento Morgan Stanley já havia alertado para o risco “perigoso” de uma recessão nos Estados Unidos e na Europa, revisando para baixo as projeções de crescimento em 2011 e 2012.


“Os números que saíram lá fora foram piores do que o esperado, mas antes da abertura os mercados já estavam em baixa”, disse Marcio Cardoso, sócio-diretor da Título Corretora. “A percepção é a de que o mundo precisa crescer, mas para crescer ele precisa passar por cima de muita coisa.”


O Goldman Sachs reduziu o preço-alvo das recibos de ações da Vale a US$ 38 por causa da deterioração do cenário macroeconômico internacional e dos resultados da mineradora no segundo trimestre.


“No entanto, a Vale continua com recomendação de compra e dentro da nossa lista de ações preferidas de recursos naturais na América Latina”, escreveram os analistas Diogo Mura e Marcelo Aguiar, em relatório.


Petrobrás também foi alvo, com o Barclays reduzindo o preço-alvo do recibo de ações ordinárias da estatal a US$ 43. Apesar da estimativa menor, os analistas atribuem recomendação “overweight” (acima da média do mercado) por conta do cenário positivo para a produção.


(Regina Cardeal, da Agência Estado, e Reuters)

Operador na Bolsa de Frankfurt (Reuters/Alex Domanski)


Texto atualizado às 13h32


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