Objetivo:
“Projetando o futuro e o desenvolvimento autossustentável da sua empresa, preparando-a para uma competitividade e lucratividade dinâmica em logística e visão de mercado, visando sempre e em primeiro lugar, a satisfação e o bem estar do consumidor-cliente."
Novo estudo identifica que um pé enigmático achado na Etiópia pertence a outra espécie que coexistiu com Lucy há 3,4 milhões de anos. Diferenças no andar e na dieta revelam que nossos ancestrais ocupavam nichos distintos no mesmo ambiente. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Redação g1 Postado em 30 de Novembro de 2.025 às 06h00m #.* -- Post. - Nº.\ 11.969 -- *.#
O que é o prêmio fóssil do dia?
Uma nova análise de fósseis feita por pesquisadores da Universidade
Estadual do Arizona (ASU), nos Estados Unidos, mostra que duas espécies
humanas antigas conviveram na mesma região da Etiópia há 3,4 milhões de
anos — e que não caminhavam da mesma forma.
A descoberta, publicada na revista Nature,
ajuda a recontar um capítulo crucial da evolução humana e reforça que o
caminho até o homo sapiens sapiens foi muito menos linear do que se
imaginava.
O estudo finalmente resolve um mistério que intrigava cientistas desde 2009: a quem pertencia um pé fossilizado achado em 29 fragmentos na região de Woranso-Mille.
Agora, com a ajuda de novos achados, os pesquisadores conseguiram associar o fóssil à espécie Australopithecus deyiremeda, diferente da famosa Lucy(Australopithecus afarensis).
Fragmentos do BRT-VP-2/135 antes da montagem. O espécime foi encontrado
em 29 pedaços, dos quais 27 foram recuperados por peneiramento e
seleção da terra peneirada. — Foto: Yohannes Haile-Selassie,
Universidade Estadual do Arizona
O pé que não combinava com Lucy
Lucy, descoberta em 1974, ficou conhecida por ser totalmente bípede.
Por isso, quando o chamado Pé de Burtele foi encontrado em 2009, algo
chamou atenção.
Ele tinha um dedão opositor, como o polegar das mãos, útil para escalar
árvores; mas o restante do pé indicava locomoção bípede em terra firme.
Era um mosaico incomum: parte trepador, parte caminhante terrestre.
O problema é que, sem uma mandíbula ou dentes associados ao pé, os
cientistas não podiam confirmar de qual espécie ele vinha. A prudência é
regra na paleoantropologia.
Ao longo da última década, novas escavações trouxeram o que faltava:
dentes e a mandíbula de um indivíduo jovem, compatíveis com a anatomia
do pé. A partir deles, foi possível confirmar que o dono do fóssil era
mesmo o A. deyiremeda.
Montagem de fotos mostra o esqueleto de Lucy e um modelo tridimensional
do Australopithecus afarensis — Foto: University of Texas at Austin via
AP/AP Photo/Pat Sullivan
Duas espécies no mesmo lugar e ao mesmo tempo
Essa é a parte mais importante da descoberta: é o único sítio
arqueológico conhecido onde duas espécies de hominídeos relacionadas
aparecem claramente convivendo no mesmo período, na mesma paisagem.
Isso muda o entendimento sobre a Etiópia daquela época. O que se
pensava ser um território dominado exclusivamente pelo A. afarensis — a
linhagem de Lucy — agora revela um cenário mais diverso, com espécies
vizinhas vivendo lado a lado.
E elas ocupavam nichos diferentes.
Jeitos diferentes de andar
A análise do pé mostra que o A. deyiremeda tinha:
dedão que ainda conseguia agarrar galhos (habilidade útil para forragear e buscar alimento em árvores);
andar bípede, mas com impulso vindo do segundo dedo, não do dedão — o oposto do que humanos modernos fazem.
Enquanto isso, Lucy tinha pés totalmente adaptados ao bipedalismo terrestre, com dedão alinhado aos outros.
Isso indica que o bipedalismo não surgiu de um jeito único. Havia
“experimentos evolutivos” acontecendo simultaneamente, até que uma forma
mais eficiente prevaleceu.
Montagem mostra o fóssil do 'Australopithecus afarensis'; à direita, as
costas da ossada de 'Selam' — Foto: Divulgação/Dikika Research Project
Dietas diferentes, vidas diferentes
Além dos pés, a equipe analisou isótopos de carbono em oito dos 25
dentes atribuídos ao A. deyiremeda. A técnica permite identificar que
tipos de plantas eram consumidos.
Os dados revelaram:
Lucy tinha uma dieta variada, incluindo gramas e vegetação aberta (plantas C4).
A. deyiremeda comia majoritariamente plantas C3, típicas de áreas arborizadas.
Ou seja: as duas espécies não competiam diretamente pelos mesmos recursos, o que ajuda a explicar como conseguiram coexistir.
Uma mandíbula infantil mostra como cresciam
Entre os novos fósseis está também a mandíbula de um indivíduo jovem,
com dentes de leite e permanentes em formação. A tomografia revelou
padrões de crescimento semelhantes aos de outros australopitecos,
mostrando que, apesar das diferenças de locomoção e dieta, o
desenvolvimento infantil dessas espécies seguia um padrão parecido.
Os pesquisadores destacam que entender o comportamento, a dieta e o
ambiente desses ancestrais ajuda a compreender como mudanças climáticas
antigas moldaram a evolução — e como transformações ambientais atuais
podem afetar a vida humana no futuro.
“Se não entendermos o nosso passado, não conseguimos compreender
plenamente o presente”, afirma Yohannes Haile-Selassie, coordenador da
pesquisa.
Cientistas acham fóssil de réptil extinto no Rio Grande do Sul
Fundado em 1825, o Ginásio Pernambucano mantém acervo raro de obras literárias, arquitetura tombada e memórias de nomes que marcaram a vida política e cultural do Brasil. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Iris Costa, g1 PE 29/11/2025 04h01 Atualizado há 16 horas Postado em 29 de Novembro de 2.025 às 06h00m #.* -- Post. - Nº.\ 11.968 -- *.#
Conheça o Ginásio Pernambucano, colégio mais antigo em funcionamento do Brasil
O prédio antigo na Rua da Aurora que abriga o Ginásio Pernambucano, no Centro do Recife, já viu o país mudar muitas vezes. Fundado em 1825, logo após a Confederação do Equador, o colégio completou 200 anos em 2025 e é a escola mais antiga em funcionamento no Brasil.
As paredes do edifício, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (Iphan) desde 1984, já “ouviram” conversas de alunos
que viriam a ser grandes personalidades da história nacional, a exemplo
dos escritores Clarice Lispector, Ariano Suassuna e do presidente da República Epitácio Pessoa.
Atualmente, o Ginásio Pernambucano ainda guarda as marcas dessa
história em sua arquitetura preservada, no acervo literário com milhares
de obras raras catalogadas, no museu de história natural que funciona
na instituição e até mesmo nos objetos e mobiliário de época mantido e
utilizado pelos alunos até os dias de hoje (veja vídeo mais acima).
Nesta reportagem, o g1
vai te guiar pela história da instituição e mostrar como o colégio
atravessou séculos, preservou tradições e acumulou curiosidades que
ajudam a entender não só a educação em Pernambuco, mas também parte da
formação cultural do Brasil.
Um novo paradigma
Replica do Ginásio Pernambucano exposta no Museu de História Natural Jaques Brunet — Foto: Iris Costa/g1
O colégio começou com o nome Liceu Provincial de Pernambuco e
funcionou, inicialmente, no Convento do Carmo, no Centro do Recife,
passando por diversos prédios até ganhar sua sede definitiva, em 1859. À
época,por conta da ruptura recente com o domínio
colonial português, o Brasil precisava de novas alternativas para educar
a elite do novo império.
Logo no início, o Ginásio despertou estranhamento. A ideia de educação
escolarizada fora das casas ainda era novidade em 1825, e muitos pais se
assustaram com a proposta. A coordenadora do Museu de História Natural
Jaques Brunet, que funciona na instituição, Francisca Juscizete,
explicou que o hábito era contratar professores para lecionar em
ambiente doméstico.
"Essa
proposta de educação escolarizada é uma coisa muito nova em 1825, então
os pais obviamente se assustaram com essa proposta, até porque nós
íamos ter uma interação [entre alunos]. O costume da época era que os
professores fossem contratados para lecionar dentro das casas, e os pais
começaram a se preocupar com essa socialização", contou a coordenadora
do museu.
Embora administrado pelo estado desde sua concepção, o Ginásio
Pernambucano tinha o alto custo como uma das características. Havia
cobrança de taxas para estudar no colégio, prática comum nos anos
iniciais e que reforçava a postura elitizada da instituição. Apesar
disso, bolsas de estudo eram concedidas, justificando o caráter público
da escola.
Essa realidade atravessou décadas. A própria Francisca lembrou que, na
década de 1970, sua mãe ainda pagava uma taxa para que ela estudasse,
além de arcar com livros e uniformes, que eram caros.
“Até
a minha época, quando eu fazia a terceira, quarta série, a gente
pagava. Não tinha essa distribuição de livro didático que a gente tem
hoje. [...] Os livros eram caríssimos, o uniforme era muito caro, tinha
também um emblema, era tudo comprado. E era, realmente, para uma elite
mesmo. Não era o que a gente tem hoje”, afirmou.
A exclusividade masculina também marcou parte da trajetória do colégio.
A coordenadora da Biblioteca Professor Olívio Montenegro, Helena Borba,
explicou que havia a crença de que meninas não precisavam frequentar
tanto a escola quanto os meninos, e por isso o Ginásio funcionou por
muito tempo apenas para o público masculino.
A mudança para a modalidade mista veio depois, acompanhando
transformações sociais que ampliaram o acesso das mulheres à educação.
Histórias do cotidiano estudantil também ajudam a contar esse passado.
O gestor do Ginásio Pernambucano, Antônio Rosa, relatou que um ex-aluno lembrou de uma cadeira antiga com um compartimento onde os estudantes deixavam bilhetes para colegas que chegavam no turno seguinte.
"Ele,
contando da época dele, disse que, pela manhã, estudavam os rapazes e, à
tarde, moças. Às vezes, eles deixavam um bilhetinho de manhã para elas
acessarem à tarde, marcando de se encontrarem na Rua da Aurora. Era o
WhatsApp da época", brincou o gestor.
Ainda de acordo com Antônio Rosa, o
colégio foi pioneiro em limitar castigos físicos, muito comuns na
educação brasileira do século XIX, e aboliu o uso da vara de marmelo,
algo incomum no período.
Alunos ilustres
Ao longo de dois séculos, o Ginásio Pernambucano foi palco da formação
de nomes que ajudaram a escrever parte da história política e cultural
do Brasil. Pelas salas e corredores da escola, passaram seis governadores do estado, escritores e até um presidente da República.
Conheça alguns dos nomes que estudaram no Ginásio Pernambucano:
Clarice Lispector
Retrato de Clarice Lispector, de autoria desconhecida, sem data — Foto: Acervo Clarice Lispector/IMS
A escritora, considerada uma das maiores da literatura brasileira,
estudou no Ginásio Pernambucano durante a juventude. Nascida na Ucrânia e
criada no Recife, Clarice viveu na cidade entre 1925 e 1937. Foi nesse
período que começou a escrever e a demonstrar o talento que, mais tarde,
se revelaria em obras como "A Hora da Estrela" e "Perto do Coração
Selvagem".
Ariano Suassuna
Ariano Suassuna em imagem de arquivo — Foto: Reprodução/TV Globo
Autor de "O Auto da Compadecida" e fundador do Movimento Armorial,
Ariano Suassuna também teve o Ginásio Pernambucano como parte de sua
trajetória. Já adulto, voltou à escola como professor convidado para
ministrar aulas extracurriculares de teatro. Em entrevista à TV Globo em 2002, ele contou que foi para um grupo de alunos do colégio que escreveu a obra mais famosa de sua carreira.
"O
professor Amaro Quintas foi o diretor desse colégio e me convidou para
dar aulas de teatro aqui, extracurriculares, que eram dadas a
voluntários. Foi para esse grupo de meus alunos daqui que eu escrevi 'O
Auto da Compadecida", contou o escritor.
Assis Chateaubriand
Assis Chateaubriand, um cosmopolita e internacionalizado de Umbuzeiro, na Paraíba — Foto: Acervo/TV Cabo Branco
Jornalista, empresário e político, Assis Chateaubriand — fundador dos
Diários Associados e da TV Tupi — também passou pelos bancos do Ginásio
Pernambucano. Chateaubriand foi responsável pela criação do Museu de
Arte de São Paulo (Masp) e marcou época como um dos maiores nomes da
comunicação no país, entre as décadas de 1930 e 1960.
Epitácio Pessoa
Epitácio Pessoa em foto de 1894, quando era professor da Faculdade de Direito do Recife — Foto: Arquivo Epitácio Pessoa/IHGB
Natural da Paraíba, Epitácio Pessoa estudou no Ginásio Pernambucano
antes de seguir carreira no direito e na política. Foi presidente da
República entre 1919 e 1922, período em que buscou modernizar o país e
enfrentar os efeitos da Primeira Guerra Mundial.
Agamenon Magalhães
Agamenon Magalhães foi governador de Pernambuco entre 1937 e 1945 — Foto: Reprodução/Internet
Um dos ex-governadores de Pernambuco, Agamenon Magalhães teve laços
ainda mais fortes com o Ginásio Pernambucano: além de estudar nessa
escola, também foi diretor dela. Governou o estado entre 1937 e 1945 e
teve papel importante na modernização da administração pública e na
defesa da educação como instrumento de transformação social.
Além de Agamenon, outros cinco governadores também estudaram no Ginásio Pernambucano:
Sérgio Loreto;
Etelvino Lins;
Paulo Guerra;
Eraldo Gueiros;
Cid Sampaio.
Acervo histórico e homenagem a Dom Pedro II
Pendão entregue por Dom Pedro II, em visita ao Recife, em 1859 — Foto: Iris Costa/g1
Mesmo com as várias mudanças ao longo do tempo, uma característica permaneceu: a ligação com a história do país. O
Ginásio Pernambucano abriga documentos, quadros, objetos de época e
peças arqueológicas que ajudam a reconstruir a memória da educação
brasileira.
Entre os tesouros guardados no museu escolar, está o pendão entregue por Dom Pedro II em 1859, durante sua visita ao Recife.
O objeto foi confeccionado em 1855, data da pedra fundamental do
edifício da Rua da Aurora, e se tornou um dos símbolos mais valiosos da
escola.
De acordo com o gestor do colégio, Antônio Rosa, essa conexão com o
imperador não é apenas simbólica. A pedra fundamental do prédio atual
foi lançada em maio de 1855, em um projeto do engenheiro pernambucano
José Mamede de Ferreira, que havia estudado em Paris.
À época, Pernambuco saía da Revolução Praieira, em uma vitória do
Império, e o governador da província buscava se aproximar da Coroa. Por
isso, segundo Antônio Rosa, o engenheiro dedicou duas grandes obras ao
imperador: a sede atual do Ginásio Pernambucano e o Hospital Pedro II,
onde hoje funciona o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando
Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos, no Centro do Recife.
O próprio edifício, inaugurado em 1859, carrega essa homenagem em sua
arquitetura: a edificação foi construída em formato de dois "is" — o
número dois, em algarismo romano. É possível verificar o formato quando o
colégio é visto de cima.
"Pernambuco saía da Revolução Praieira, que foi uma vitória do Império,
e era natural que o governador da província de Pernambuco precisasse se
aproximar da Coroa. O recém-nomeado engenheiro de obras da prefeitura,
José Mamede, construiu alguns projetos grandes em homenagem ao imperador
D. Pedro II", contextualizou o diretor da escola.
Vista aérea do Ginásio Pernambucano, no Recife — Foto: Ezequiel Quirino/TV Globo
A Biblioteca Professor Olívio Montenegro também é parte fundamental
dessa herança. De acordo com a coordenadora Helena Borba, o espaço
guarda um acervo extenso. “A biblioteca do Ginásio Pernambucano, apesar
de ser uma biblioteca escolar, é diferenciada. Ela tem um acervo desde o
século XVI se estendendo até os nossos dias”, contou.
Mais do que um espaço de estudo para os alunos do ensino médio, o local
funciona como ponto de pesquisa para professores universitários e
estudiosos do Brasil e do exterior. “A gente recebe pessoas para fazer
consultas a esse acervo e dar continuidade às suas pesquisas”, disse a
coordenadora de biblioteca.
Helena Borba explicou, ainda, que o
mobiliário da biblioteca é todo de época e que o acervo literário
ultrapassa dez mil exemplares, dos quais entre cinco e sete mil são
obras raras. Catalogadas, há cerca de quatro mil.
Museu escolar e coleção científica rara
Francisca Juscizete fala sobre acervo do Museu de História Natural Jaques Brunet
O Ginásio Pernambucano também guarda um dos museus escolares mais antigos do país: o Museu de História Natural Jaques Brunet.
A origem do espaço não tem uma data oficial, mas, segundo a
coordenadora Francisca Juscizete, já havia a intenção de criar um museu
quando o projeto do edifício foi desenhado em 1855 (veja vídeo acima).
De acordo com a coordenadora, as escolas europeias dos séculos XVIII e
XIX eram referências para instituições do mesmo porte, e é por isso que a
existência de um museu e de uma grande biblioteca já fazia parte da
concepção do prédio.
Registros mostram que, ainda em 1857, o jornal "A Carteira" anunciava
que o museu do Ginásio estava aberto à visitação. Esse movimento
coincidiu com a chegada do professor francês Louis Jacques Brunet, em
1852, que passou a realizar pesquisas científicas e foi contratado para
organizar as coleções da escola.
“Como
Brunet também tinha sido contratado para organizar as coleções, ele
ficou mais como organizador. E por isso, segundo Olívio Montenegro,
classificado como professor pesquisador, Brunet ganhava menos, recebia
menos. Ele é o primeiro organizador [do acervo]”, comentou Francisca
Juscizete.
Ainda segundo Francisca, Brunet realizou duas grandes expedições em
busca de itens para compor o acervo: uma para o interior de Pernambuco e
outra para o Norte do país. Desses percursos, vieram peças que ainda
impressionam pelo tamanho e pela conservação, como jacarés de quase
quatro metros e um pirarucu.
Ela também explicou que muitos desses animais resistiram ao tempo por
causa de uma técnica hoje reconhecida como tóxica. “Era utilizado
sabonete arsenical, que é altamente cancerígeno”, afirmou. O produto,
aplicado, na época, sem conhecimento de seus riscos, só foi comprovado
como nocivo décadas depois.
Hoje, o Museu Jaques Brunet funciona como um complemento vivo da sala
de aula e mantém parte fundamental da memória científica do estado — um
acervo que reúne história natural, práticas pedagógicas do século XIX e a
própria trajetória do Ginásio Pernambucano.
A reportagem selecionou os principais modelos do segmento expostos no Anhembi, que reúne uma infinidade de utilitários, muitos deles trazidos por marcas chinesas. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por André Fogaça, Vinicius Montoia, g1 — São Paulo 28/11/2025 05h01 Atualizado há um dia Postado em 29 de Novembro de 2.025 às 06h00m #.* -- Post. - Nº.\ 11.967 -- *.#
Confira os melhores lançamentos de SUVs no Salão do Automóvel 2025
Desde 2020, a categoria de automóveis mais vendida no Brasil é a de
SUVs. Portanto, não poderia ser diferente: o Salão do Automóvel 2025
reúne uma infinidade de utilitários, muitos deles trazidos por marcas
chinesas.
Por isso, o g1 selecionou os principais modelos do segmento que foram lançados e estão em exibição no evento.
⚠️ IMPORTANTE: Esta reportagem deixou de fora dois"titãs" da categoria
revelados antes da mostra, o Toyota Yaris Cross e o Honda WR-V. Ambos
já têm avaliações publicadas no g1, que podem ser acessadas clicando abaixo.
A marca apresentou no Salão o EX5 EM-I, distinto do modelo já vendido
no país por R$ 205 mil e que é um utilitário totalmente elétrico. Nesta
versão é um híbrido plug-in e, inclusive no visual, apresenta diferenças
claras em relação ao elétrico e será fabricado no Brasil.
O EX5 EM-I é construído sobre a arquitetura global GEA, plataforma que
estreia no Brasil e promete maior rigidez estrutural, melhor
aproveitamento do espaço interno e mais eficiência energética. O modelo
integra o plano da marca de ampliar sua linha de veículos eletrificados
no país.
Além do novo híbrido, a Geely exibe no evento o EX5 elétrico, já anunciado para o Brasil e líder de vendas entre os SUVs C totalmente elétricos na China.
O novo Tank 700 remete bastante ao Tank 300, com apelo off-road. Mas o
novo modelo traz uma carroceria menos quadrada, com linhas mais
agressivas e um toque extra de esportividade.
O modelo mede 5,09 metros de comprimento e 3 metros de entre-eixos,
dimensões que o tornam maior que qualquer outro GWM vendido no Brasil e
comparável a SUVs grandes como o BMW X7. Ele supera até o Haval H9.
Sob o capô, o GWM Tank 700 oferece:
Motor V6 biturbo a combustão e dois motores elétricos, um em cada eixo;
Potência combinada de 524 cv;
Torque combinado de 81 kgfm;
Tração 4x4 com vários modos de condução desenvolvidos para uso off-road.
Jeep Avenger é apresentado no Salão do Automóvel 2025 — Foto: Vinicius Montoia/g1
O Jeep Avenger é novo lançamento que entra na briga em um dos mercados mais competitivos do país.
Com dimensões menores que as do Renegade, ele estreia como o SUV mais
acessível da marca e será produzido em Porto Real (RJ). O objetivo do
modelo, no entanto, é competir com o avanço dos pequenos SUVs, como
Volkswagen Tera, Renault Kardian e Citroën Basalt.
Por dentro, o acabamento é mais simples para ajudar a conter custos e
manter o preço competitivo. Há mais plástico rígido, o que reduz as
áreas de toque macio. Em compensação, o porta-malas do Avenger é maior:
comporta até 380 litros, ante os 351 litros do Renegade.
Em números, o Avenger oferece:
Motor 1.0 turbo já utilizado em modelos como Fiat Pulse, Fastback e Peugeot 208;
Potência de 130 cv;
Torque de 25 kgfm;
Câmbio automático do tipo CVT.
Embora não impressione nos números ou no acabamento, o Avenger se
diferencia ao incorporar o ChatGPT na central multimídia, permitindo
respostas mais naturais às perguntas dos ocupantes.
A presença dessa tecnologia não é à toa: a Volkswagen também adotou
inteligência artificial no Tera, por meio do assistente Otto. Ele
permite comandos indiretos, como quando o motorista diz “estou com frio”
e o carro reduz automaticamente a intensidade do ar-condicionado.
Kia Sorento
O segundo modelo da Kia nesta lista é o Sorento, que retorna ao Brasil
com mudanças importantes e adotando o novo padrão de design da marca, já
visto no Sportage: faróis e lanternas mais verticais e iluminação
diurna (DRL) com ângulos fechados.
O modelo vem equipado com motor 2.2 diesel e tração nas quatro rodas.
No Brasil, deve competir com outros SUVs grandes de sete lugares, como
Toyota SW4 e Jeep Commander.
A ficha técnica do novo Sorento traz:
Potência de 194 cv a 3.800 rpm;
Torque de 45 kgfm a 1.750 rpm;
Aceleração de 0 a 100 km/h em 9,7 segundos;
Abastecimento com diesel S10.
Kia Sportage
Um dos SUVs mais populares do Brasil, mesmo antes de o segmento ganhar a
força atual, é o Sportage. Apesar de não repetir o sucesso de outros
tempos, o modelo segue equipado com motor 1.6 turbo associado a um
sistema híbrido leve — que não traciona as rodas, mas contribui para
reduzir o consumo de combustível e as emissões.
As novidades da nova versão são principalmente estéticas, deixando o
Sportage mais moderno e alinhado ao visual dos modelos recentes da Kia.
As alterações incluem:
Novo desenho das lanternas em LED, agora mais verticais;
Iluminação diurna (DRL) com ângulos mais fechados;
Grade frontal mais retangular, reforçando a sensação de maior entrada de ar.
O Sportage já está disponível para compra, por R$ 267.190.
Começando pelo lado luxuoso da Força, o Leapmotor C16 ganha destaque
até mesmo por ser o maior e mais completo SUV da marca chinesa,
controlada pela dona da Fiat.
Mesmo exibindo o modelo no Salão, a Leapmotor não bateu o martelo em
qual versão do C16 chegará ao Brasil. Lá fora, O C16 existe equipado com
um sistema totalmente elétrico que entrega 299 cv de potência e 36,7
kgfm de torque. O conjunto de baterias de 81,9 kWh oferece mais de 600
km de autonomia no ciclo chinês, ainda sem equivalência segundo os
parâmetros do Inmetro.
Além da versão elétrica, o C16 também é oferecido no exterior em
configuração híbrida, que utiliza um motor 1.5 aspirado apenas como
gerador de energia, com promessa de até 1.000 km de autonomia —
exatamente como no Leapmotor C10, que já é vendido no Brasil.
O projeto do Koleos é fruto da parceria entre a Renault e a chinesa
Geely, e chega em um mercado muito explorado por marcas chinesas, como
BYD, GWM e pouco aventurado por nomes ocidentais.
O acordo entre as marcas prevê um investimento de R$ 3,8 bilhões para
adaptar a fábrica de São José dos Pinhais (PR), à produção de veículos
elétricos e híbridos.
Inicialmente, o modelo se chamaria Grand Koleos, mas a Renault optou
por apresentá-lo como Koleos Full Hybrid no mercado brasileiro. Em
outros países, o SUV utiliza um motor 1.5 turbo de três cilindros, com
150 cv e 22,9 kgfm de torque.
O conjunto inclui ainda dois motores elétricos: um de 82 cv, dedicado à
geração de energia, e outro de 136 cv, responsável pela tração. A
potência combinada chega a 245 cv, com torque máximo de 32,6 kgfm.
O Koleos chega para competir com modelos de grandes proporções, como a
Toyota SW4, graças aos seus 4,78 m de comprimento e 2,84 m de
entre-eixos.