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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Mantega diz que inflação não ultrapassará 6,5% no fechamento do ano


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Ministro da Fazenda nega que haja alguma mudança nos critérios de avaliação da inflação
Ministro da Fazenda participou, ao lado do ministro do Desenvolvimento Mauro Borges, de evento nesta quarta-feira em Brasília Foto: ANDRvâ COELHO / Agvncia O Globo / Agência O Globo
Ministro da Fazenda participou, ao lado do ministro do Desenvolvimento Mauro Borges, de evento nesta quarta-feira em Brasília ANDRvâ COELHO / Agvncia O Globo / Agência O Globo
BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira que a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrará o ano dentro da meta, de até 6,5% ao ano. 

Mantega disse que o Brasil está em um período de elevação inflacionária, o que ocorre anualmente. Mas afirmou que a tendência é que preços de produtos voltem a cair.

— Quando você pega a inflação no seu pico, no período mais forte, em 12 meses ela pode até ultrapassar os 6,5%, que é o nosso limite máximo. Mas depois ela diminui, ela arrefece e eu tenho certeza que vamos terminar o ano dentro do limite de 6,5%. 

Não vamos ultrapassar o limite de 6,5% — afirmou o ministro.
Mantega fez a afirmação ao ser questionado sobre as previsões de economistas do mercado financeiro. Nesta semana, analistas ouvidos pela pesquisa Focus, do Banco Central, estimaram pela primeira vez que a inflação vai estourar o teto da meta do governo em 2014.

Eles esperam que a inflação oficial encerre o ano em 6,51% – ante uma projeção de 6,47% na semana passada.
Mantega disse ainda que o período de elevação inflacionária no Brasil é sazonal.
— (O período de elevação inflacionária) é sazonal, portanto. Mas tem a ver também com algumas condições meteorológicas. 

Este ano, nós temos menos chuva, o que fez com que subissem alguns produtos, principalmente hortifrutigranjeiros — disse. — Março subiu, abril também. Mas já começa a baixar o hortifrutigranjeiro — acrescentou.

Mantega ressaltou que, seguindo a trajetória de anos anteriores, há dois meses de pressão inflacionária para que, então, haja um recuo.

— Então, posso dizer que os indicadores demonstram que a inflação já começou a recuar, de modo que em maio e em junho ela será mais baixa disse o ministro, que reiterou que a maioria dos produtos terá seus preços reduzidos ao longo dos próximos meses.

O ministro negou que haja alguma mudança nos critérios de avaliação da inflação.
— O governo não está estudando mudar os índices ou os critérios de avaliação da inflação. Quem faz isso são os Estados Unidos.

Os Estados Unidos retiram alimentos e combustível do índice principal — afirmou.
— Nós não fazemos isso e continuaremos da mesma maneira utilizando os mesmos critérios — garantiu Mantega.


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Inflação e gastos de início de ano puxam aumento de cheques sem fundos no país



Segundo a Serasa, percentual atingiu em março 2,21%, contra 1,99% registrado em fevereiro
No estado do Rio, a devolução no mês passado foi de 1,64% do total de cheques compensados
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o globo
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No estado do Rio, a devolução de cheques em março foi de 1,64% do total de cheques compensados, maior que a taxa de 1,44% registrada em fevereiro Foto: Reprodução da internet
No estado do Rio, a devolução de cheques em março foi de 1,64% do total de cheques compensados, maior que a taxa de 1,44% registrada em fevereiro Reprodução da internet

RIO - O percentual de devoluções de cheques sem fundos cresceu em março, atingindo 2,21%, com relação ao mês anterior, quando o índice ficou em 1,99%, de acordo com indicador da Serasa Experian. 

No mês passado foram devolvidos 1.401.869 cheques e compensados 63.390.631. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o índice caiu, pois em março de 2014 era de 2,36%.

Economistas do órgão de proteção ao crédito relacionam o aumento da inadimplência às dificuldades financeiras do consumidor diante de um cenário de inflação em aceleração e do acúmulo de compromissos típicos do primeiro trimestre do ano: pagamento de impostos como IPVA e IPTU, despesas com material escolar, gastos das viagens de férias, restos a pagar das compras parceladas das festas de fim de ano. 

Portanto, entendem que há um caráter sazonal refletido no índice.

Com relação aos estados, Roraima liderou o ranking estadual dos cheques sem fundos nos primeiros dois meses do ano, com 12,33% de devoluções. O Amazonas foi o estado com o menor percentual (1,24%). 

Entre as regiões, a Norte foi a que liderou o ranking, com 4,3% de cheques devolvidos. A região Sudeste foi a que apresentou o menor percentual (1,64%).

No estado do Rio, a devolução de cheques em março foi de 1,64% do total de cheques compensados, maior que a devolução de 1,44% registrada em fevereiro. 

Em março do ano passado, a devolução de cheques pela segunda vez por falta de fundos no Rio de Janeiro havia sido de 1,79% do total de cheques compensados.

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