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segunda-feira, 1 de novembro de 2021

A pandemia do novo coronavírus comparada a outros vírus mortais

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Mundo superou as 5 milhões de mortes por Covid nesta segunda, número muito superior ao da maioria das epidemias virais dos séculos XX e XXI. Veja comparativo.
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TOPO
Por France Presse

Postado em 01 de novembro de 2021 às 12h55m


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Profissionais de saúde ajustam equipamentos de proteção durante funeral de uma pessoa com suspeita de ter morrido de ebola na província de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo, em 9 de dezembro de 2018 — Foto: Goran Tomasevic/Reuters
Profissionais de saúde ajustam equipamentos de proteção durante funeral de uma pessoa com suspeita de ter morrido de ebola na província de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo, em 9 de dezembro de 2018 — Foto: Goran Tomasevic/Reuters

O mundo superou as 5 milhões de mortes por Covid-19 nesta segunda-feira (1º), número muito superior ao da maioria das epidemias virais dos séculos XX e XXI.

As exceções são a gripe espanhola e a Aids. Veja abaixo a comparação da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) comparados a outros vírus mortais:

H1N1: em 2009, o vírus H1N1 causou oficialmente 18,5 mil devido à gripe A (ou "gripe suína"). Posteriormente, a revista científica "The Lancet" estimou o número de vítimas entre 151,7 mil e 575,4 mil mortes em todo o mundo.

Sars: outro coronavírus que preocupou o mundo no século XXI foi o da Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave), que também foi registrado pela primeira vez na China e deixou 774 mortos entre 2002 e 2003.

O um tipo de cornavírus pode causar a Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) — Foto: NIAID/Visualhunt
O um tipo de cornavírus pode causar a Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) — Foto: NIAID/Visualhunt

Epidemias gripais: o número de mortes por Covid-19 é comparado com frequência ao das gripes sazonais, que deixam milhares de mortos a cada ano sem ocupar as manchetes da imprensa.

Em todo mundo, estas epidemias anuais causam cerca de 5 milhões de casos graves e deixam entre 290 mil e 650 mil mortos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No século XX, duas grandes pandemias de gripe ligadas a novos vírus provocaram, cada uma, cerca de um milhão de mortes, segundo cálculos feitos posteriormente: a pandemia de 1957-58, chamada de "asiática", e a de 1968-70, batizada de "gripe de Hong Kong".

Gripe espanhola: a grande gripe de 1918-1919, conhecida como "gripe espanhola", matou entre 50 e 100 milhões de pessoas em "três ondas", segundo as últimas estimativas (publicadas no início dos anos 2000).

Recorte do jornal Correio Paulistano sobre a morte do primeiro paulistano em decorrência da gripe espanhola — Foto: Reprodução/Correio Paulistano
Recorte do jornal Correio Paulistano sobre a morte do primeiro paulistano em decorrência da gripe espanhola — Foto: Reprodução/Correio Paulistano

Ebola: desde 1976, o ebola causou cerca de 15,3 mil mortes apenas na África. O vírus tropical é mais letal do que o Sars-Cov-2 e causa a morte de cerca de 50% dos infectados, segundo a OMS, mas é muito menos contagioso.

A última grande epidemia de ebola, registrada entre agosto de 2018 e junho de 2020 na República Democrática do Congo, deixou cerca de 2,3 mil mortos.

Pessoas passam por outdoor com alerta sobre o ebola na cidade de Freetown, em Serra Leoa, em 2016 — Foto: Aurelie Marrier d'Unienville/AP
Pessoas passam por outdoor com alerta sobre o ebola na cidade de Freetown, em Serra Leoa, em 2016 — Foto: Aurelie Marrier d'Unienville/AP

Aids: ainda sem uma vacina eficaz 40 anos após seu surgimento, a Aids já causou a morte de quase 36,3 milhões de pessoas no mundo (ou seja, sete vezes mais do que a Covid-19).

Graças às terapias antirretrovirais, o número anual de vítimas da Aids diminuiu desde o pico registrado em 2004, quando 1,7 milhão de pessoas morreram. Em 2020 foram 680 mil óbitos, segundo a UNAIDS.

Hepatite: transmitidos pela corrente sanguínea, os diferentes tipos de vírus da hepatite também são letais. Todos os anos, mais de um milhão de pessoas morrem de hepatite B e C, que provocam cirrose ou câncer de fígado, especialmente nos países mais pobres.

Túmulo no cemitério Yastrebkovskoe, que recebe vítimas de Covid em Moscou, na Rússia, em foto de 22 de outubro — Foto: AP Photo/Alexander Zemlianichenko
Túmulo no cemitério Yastrebkovskoe, que recebe vítimas de Covid em Moscou, na Rússia, em foto de 22 de outubro — Foto: AP Photo/Alexander Zemlianichenko

Mais de 5 milhões de pessoas já morreram de Covid-19 em todo o mundo desde o início da pandemia. A marca foi atingida nesta segunda-feira (1º), 117 dias depois do registro de 4 milhões de vítimas, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

Na última semana, os óbitos voltaram a subir 5% globalmente, segundo o mais recente relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS). As piores situações são na Europa, que teve 14% mais mortes do que na semana anterior, e na Ásia, com um aumento de 13% no mesmo período.

Já na África elas caíram 21%, embora o ritmo de vacinação esteja extremamente lento e a OMS preveja que apenas 5 dos 54 países africanos devam conseguir alcançar a meta de vacinar totalmente 40% de sua população até o fim do ano.

Mundo ultrapassa as 5 milhões de mortes por Covid-19. Captura de tela feita às 6h desta segunda-feira (1º) — Foto: Reprodução/jhu.edu
Mundo ultrapassa as 5 milhões de mortes por Covid-19. Captura de tela feita às 6h desta segunda-feira (1º) — Foto: Reprodução/jhu.edu

Outro fator preocupante é o caso da Rússia, que diariamente tem batido recordes de casos e mortes. Já no Brasil, a situação neste momento é bem melhor do que quando o mundo tinha 4 milhões de mortes pela doença.

Na época, o país tinha a pior média mundial de óbitos, posição que hoje cabe à Romênia. Hoje, o Brasil é o 40º nesse mesmo ranking, segundo o site "Our World in Data".


Ranking

Os Estados Unidos continuam liderando a lista de países com o maior número de mortes por Covid-19, com 745 mil, com o Brasil em segundo lugar, com 607 mil, e a Índia em terceiro, com 458 mil, segundo a Johns Hopkins.

Veja abaixo quanto tempo se passou entre cada milhão de mortes por Covid.

Evolução da pandemia
Hospital atende a paciente com Covid-19 em Sofia, na Bulgária, em foto de 15 de outubro — Foto: Stoyan Nenov/Reuters
Hospital atende a paciente com Covid-19 em Sofia, na Bulgária, em foto de 15 de outubro — Foto: Stoyan Nenov/Reuters

O primeiro milhão de mortes foi marcado por uma primeira onda na Europa, em março e abril de 2020, que assustou o mundo e levou os países a adotarem severas medidas de restrição para diminuir a proliferação do vírus.

O segundo milhão de vítimas foi marcado por uma aceleração constante no número de óbitos primeiro na Europa, impulsionada pela variante alfa, detectada inicialmente no Reino Unido, e posteriormente nos EUA, o que levou o mundo a atingir na época o recorde de mortes diárias.

O terceiro milhão de óbitos foi marcado por uma forte queda no número de mortes tanto nos EUA quanto na Europa, após severas restrições e com a aceleração da vacinação. Ao mesmo tempo, os óbitos já começavam a crescer na América do Sul e na Ásia, a partir de março.

Já o quarto milhão foi marcado por uma disparada da pandemia na América do Sul e na Ásia, sobretudo por causa do Brasil e da Índia.

Variantes gama e delta

Na América do Sul, a variante gama (ou P.1) se espalhou pelo Brasil e depois para os outros países da região, causando uma onda de casos e mortes inclusive em países que já estavam com a vacinação mais adiantada, como Chile e Uruguai.

Na Ásia, a variante delta devastou a Índia, que passou por um completo colapso sanitário e hospitalar entre abril e maio e bateu todos os recordes mundiais de casos e mortes por Covid-19.

Desde então, a variante delta tem se espalhado pelo mundo e causado uma forte alta de mortes em diversos países — da Rússia à Indonésia — e também de casos até em nações que são referência na vacinação contra a Covid-19, como Israel e Reino Unido.

Mas, com o avanço da imunização, agora já é possível ver uma clara diferença nesses países: embora o número de novos infectados tenha voltado a subir com bastante força, o número de óbitos não tem crescido na mesma proporção.

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