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{-$.%.=.%.$-} Tempo é dinheiro quando a empresa tenta receber o dinheiro devido pelos inadimplentes
O Banco Central espera 90 dias para classificar como inadimplente o cliente que tem dívidas em atraso. Mas a pequena ou média empresa não deve levar tanto tempo assim para reconhecer um calote. Tempo, neste caso, literalmente é dinheiro. Por isso, tão logo detectar que o pagamento não foi honrado, a empresa já deve tomar medidas que ajudem a reaver o crédito – mas com cuidado para não perder o cliente.
“Tentar recuperar o dinheiro o quanto antes é algo muito importante para a pequena e média empresa”, enfatiza Fernando Cosenza, superintendente de inovação da empresa de informações de crédito Boa Vista Serviços. “Ao não receber o pagamento na data combinada, a empresa passa a ter prejuízo, pois precisará bancar suas despesas sem poder contar com as receitas programadas. E nem sempre uma empresa desse porte tem fôlego para fazer isso.”
O comércio, setor que reúne a maior parte das pequenas empresas do País, é também o que registra mais inadimplência entre seus consumidores. Em agosto, o índice teve alta de 5,14% em relação a julho e 6,37% frente a agosto do ano passado, informa a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). É tempo de procurar, portanto, os devedores.
NEGOCIAÇÃO
Para fazer esse contato, a empresa precisa ter bom senso. Os especialistas recomendam telefonar para o cliente até no máximo o décimo dia de atraso, informando que o pagamento não foi registrado. É a oportunidade de perguntar se houve algum engano. Caso o cliente confirme que realmente não pagou, a empresa deve se mostrar disposta a entender suas razões e negociar.
Nesse momento, todo cuidado é pouco. “A pressa pode ser encarada como pressão, especialmente se aquele cliente nunca tiver atrasado um pagamento antes”, avisa Marcel Solimeo, economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo. “Por isso, é muito importante conhecer o histórico do consumidor e preparar condições diferenciadas de negociação de acordo com o perfil de cada um.”
COBRANÇA
Caso não haja renegociação da dívida ou o acordo não seja cumprido, a empresa pode insistir em uma cobrança informal ou registrar o devedor em listas de proteção de crédito. Nesse caso, o devedor vai receber uma carta de notificação, dizendo que ele tem dez dias para regularizar o débito antes que seu nome seja publicado no cadastro. Cosenza, da Boa Vista Serviços, informa que cerca de 30% das pessoas pagam as dívidas nesse prazo, para não ficar com o nome sujo.
Mas se a situação não se resolver mesmo assim, as próximas alternativas que a empresa dispõe para recuperar o crédito são mais caras – e mais radicais. Protestar a dívida em cartório, contratar uma empresa de cobrança ou ir à Justiça em busca do dinheiro vão lhe custar ao menos 10% do valor da dívida.
RENTABILIDADE
“Ao desenhar o procedimento que a empresa deve adotar seja para evitar a inadimplência seja para cobrar seus devedores, o empresário deve se lembrar que minimizar o número de calotes é fundamental para aumentar sua rentabilidade”, destaca Carlos Henrique de Almeida, assessor econômico da Serasa Experian. “Por isso, esse tema deve ser central na gestão do negócio, ainda mais diante de um cenário econômico que apresenta tantas incertezas.”
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Tarso Sarraf/AE
O comércio, setor que reúne a maior parte das pequenas empresas do País, é também o que registra mais inadimplência entre seus consumidores. Em agosto, o índice teve alta de 5,14% em relação a julho e 6,37% frente a agosto do ano passado, informa a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). É tempo de procurar, portanto, os devedores.
NEGOCIAÇÃO
Para fazer esse contato, a empresa precisa ter bom senso. Os especialistas recomendam telefonar para o cliente até no máximo o décimo dia de atraso, informando que o pagamento não foi registrado. É a oportunidade de perguntar se houve algum engano. Caso o cliente confirme que realmente não pagou, a empresa deve se mostrar disposta a entender suas razões e negociar.
Nesse momento, todo cuidado é pouco. “A pressa pode ser encarada como pressão, especialmente se aquele cliente nunca tiver atrasado um pagamento antes”, avisa Marcel Solimeo, economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo. “Por isso, é muito importante conhecer o histórico do consumidor e preparar condições diferenciadas de negociação de acordo com o perfil de cada um.”
COBRANÇA
Caso não haja renegociação da dívida ou o acordo não seja cumprido, a empresa pode insistir em uma cobrança informal ou registrar o devedor em listas de proteção de crédito. Nesse caso, o devedor vai receber uma carta de notificação, dizendo que ele tem dez dias para regularizar o débito antes que seu nome seja publicado no cadastro. Cosenza, da Boa Vista Serviços, informa que cerca de 30% das pessoas pagam as dívidas nesse prazo, para não ficar com o nome sujo.
Mas se a situação não se resolver mesmo assim, as próximas alternativas que a empresa dispõe para recuperar o crédito são mais caras – e mais radicais. Protestar a dívida em cartório, contratar uma empresa de cobrança ou ir à Justiça em busca do dinheiro vão lhe custar ao menos 10% do valor da dívida.
RENTABILIDADE
“Ao desenhar o procedimento que a empresa deve adotar seja para evitar a inadimplência seja para cobrar seus devedores, o empresário deve se lembrar que minimizar o número de calotes é fundamental para aumentar sua rentabilidade”, destaca Carlos Henrique de Almeida, assessor econômico da Serasa Experian. “Por isso, esse tema deve ser central na gestão do negócio, ainda mais diante de um cenário econômico que apresenta tantas incertezas.”
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