Nenhum processo foi aberto no Conselho Regional de Medicina para apurar a responsabilidade sobre o provável falha dos médicos que a operaram...
Da TV Band Bahia
Cidades
}**_**{ Uma moradora do interior da Bahia, que há 15 anos convive com dores, não consegue mais trabalhar por causa de um erro médico. Depois de uma cirurgia, foram esquecidos agulha, gaze e até um bisturi dentro do corpo. Mesmo com uma liminar da Justiça, só hoje ela conseguiu ser atendida em um hospital de Salvador.
Tudo começou depois de uma cirurgia para a retirada da vesícula, no maior hospital público da Bahia, Roberto Santos, em julho de 1996. Desde então ela passou por vários médicos que prescreveram analgésicos mas não investigaram as causas das dores, que afastaram a camareira do trabalho. Por conta própria, em 2008, ela se submeteu à radiografias que revelaram pelos menos três objetos metálicos no corpo dela. Um deles bem próximo à coluna.
Ao procurar a Justiça em 2008, dona Iraneide obteve uma liminar obrigando a Secretaria de Saúde do Estado a operá-la novamente, o que até hoje não foi cumprido. Em abril uma nova decisão judicial estabeleceu uma multa diária de R$ 3 mil caso a cirurgia não fosse feita em cinco dias. Mas dona Iraneide continua à espera.
A Secretaria da Saúde informou em nota que vai cumprir a decisão judicial e marcar a nova cirurgia. Embora não haja um laudo definitivo sobre o caso, a secretaria também reconhece que grampos metálicos são usados no tipo de cirurgia a que dona Iraneide foi submetida e podem, de fato, ter sido deixados no corpo dela.
Nenhum processo foi aberto no Conselho Regional de Medicina para apurar a responsabilidade sobre o provável falha dos médicos que a operaram. Mas o que surpreende um conselheiro é o fato do caso dela não ter sido investigado pelos médicos por tanto tempo.
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