##= BOSTON - A Amazon.com se desculpou junto aos consumidores pela interrupção em seu serviço de hospedagem na nuvem que fez com que mais de 70 sites tivessem problemas, afirmando que os prejudicados serão recompensados pela inconveniência.
COLAPSO:Nuvem da Amazon falhou
GOOGLE :'O futuro está na nuvem da internet'
Embora seja mais conhecida como uma grande varejistas, um dos maiores sites de compras, a Amazon.com também é um dos maiores provedores de serviços de hospedagem, área em que compete com Google, Microsoft e outras companhias menores.
Em 21 de abril, o fornecimento do serviço para alguns clientes foi interrompido por problemas técnicos que a companhia detalhou em um longo documento, divulgado nesta sexta-feira.
Em um longo post, a empresa afirmou em seu blog que a maioria dos clientes teve os sistemas normalizados no dia 24 de abril, mas uma quantidade pequena de dados ainda precisava ser recuperada até o anúncio de que serviço estava totalmente restaurado.
"Queremos nos desculpar", afirmou a empresa no post. "Sabemos quão importantes são os serviços para os negócios de nossos clientes, e faremos tudo que podemos para aprender com o ocorrido e melhorar nossos serviços", acrescentou.
A Amazon.com afirmou que garantirá aos clientes atingidos o direito de usar o sistema por dez dias a mais.
Colapso: Nuvem da Amazon falhou...
@@= O colapso da nuvem da Amazon Web Services (AWS), que teve sérias dificuldades técnicas desde a quarta-feira (20/04) prejudicando cerca de 70 sites, representou um sério retrocesso no conceito de computação em nuvem, rebaixando a reputação da tecnologia.
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As redes sociais foram as mais diretamente afetadas com o incidente. FourSquare, HootSuite e Reddit dependem da AWS em suas operações, e sofreram interrupções e aumentos flagrantes em seus tempos de resposta. Quora, SCVNGR, Heroku, WildFire e FormSpring também foram seriamente afetadas.
Sites de grande porte como o do jornal "The New York Times" também sofreram com os problemas no sistema.
As falhas afetaram os seguintes serviços da Amazon: Amazon Elastic Compute Cloud, Amazon Relational Database Service e Amazon Elastic Beanstalk.
Até então, os serviços da AWS vinham se mostrando tão confiáveis, que milhares de empresas - incluindo a Netflix - utilizam os servidores e a tecnologia de nuvem computacional da empresa para conduzir seus negócios. Não havia motivos para crer que a AWS poderia fraquejar, especialmente pela notável redundância de equipamentos e data centers que a empresa administrava, fazendo com que fosse considerada um fornecedor robusto.
Mas o inesperado aconteceu. Vários discos virtuais do sistema, que compõem o EBS (Elastic Block Storage), começaram a se auto-copiar entre si de maneira descontrolada, gerando um excesso de backups interligados em rede. Isso congestionou a capacidade de armazenamento da Amazon, ocasionando um efeito cascata que deixou lento o sistema como um todo, afetando quase todas os clientes do serviço.
Sanados os problemas, os serviços AWS, no momento, encontram-se funcionando normalmente.
Google: "O futuro está na Nuvem da internet."
##= Num mundo conectado, as empresas precisam levar seus negócios para dentro da rede o mais rápido possível. E a Google está mais do que concentrada nesse assunto. Tanto que Amit Singh, vice-presidente mundial de vendas e desenvolvimento de negócios da gigante das buscas, disse ao GLOBO nesta quarta-feira, no Rio, que em breve a empresa vai lançar oficialmente seu notebook com o sistema Chrome OS. Ele reúne os programas do Google Apps num esquema baseado no desenho do browser Chrome e está num programa-piloto.
- Ainda não temos uma data, mas será muito em breve. E chegará para os usuários também. Vários clientes já estão testando o aparelho - disse Singh. - Já são 30 milhões de empresas usando o Google Apps, e a "nuvem" da internet é parte fundamental para baratear o custo dos negócios, enquanto assegura forte capacidade de processamento para aplicativos complexos.
Questionado sobre possíveis riscos de segurança com os aplicativos todos inseridos na nuvem - veja-se a rede do PlayStation fora do ar -, Singh explica que a nuvem do Google é diferente.
- Nossa segurança é maior, porque, em vez de botar os aplicativos em servidores, nós os picotamos em mil pedacinhos, numa espécie de sistema criptográfico - explica. - O aplicativo ou arquivo só fica disponível na hora em que o usuário o solicita. Assim, fica bem mais difícil violar os dados. E a rede é global, então eles podem ser reunidos a partir de qualquer lugar, caso haja algum problema.
A própria Google combina sua nuvem com o sistema móvel Android para alimentar aplicativos com algoritmos complicados como a busca na internet acionada por voz.
No evento Global Convergence Forum, da Accenture, uma demo do aplicativo reconheceu automaticamente uma imagem do Copacabana Palace capturada de um recorte de papel e exibiu informações sobre o hotel. Em seguida, capturou de um jornal um jogo de sudoku e o resolveu automaticamente.
Sob nova direção: o estilo de Larry Page como CEO
Singh também comentou que Larry Page, cofundador do Google que reassumiu a empresa no lugar de Eric Schmidt, está imprimindo um novo estilo à empresa.
- Schmidt veio do mundo corporativo, e trouxe sua expertise nesse sentido. Já Larry é extremamente concentrado no usuário, e quer ver um Google mais social e mais veloz nas mudanças - diz Singh. - E temos mesmo que ir muito mais rápido. A ideia é que recuperemos o ímpeto empreendedor de uma startup. Não por acaso, estamos sempre experimentando novas formas de lidar com dados.
Um computador no trabalho hoje engole US$ 5 mil por ano em manutenção, com atualizações, segurança wireless, pessoal extra, patches. A nuvem acaba com isso
O executivo - cuja app Google favorita é o Docs, devido à possibilidade de colaboração on-line - diz que a nuvem reduz dramaticamente os custos de manutenção de hardware para as empresas.
- Com um recurso como a App Engine, que permite criar aplicativos para a internet, as companhias podem se centrar no que fazem melhor. Um computador no trabalho hoje engole US$ 5 mil por ano em manutenção, com atualizações, segurança wireless, pessoal extra, patches... A nuvem acaba com isso - diz.
E a mobilidade é parte fundamental dessa equação, pois, segundo Singh, nove em cada dez buscas num smartphone resultam numa ação concreta por parte do usuário final. E a nuvem precisa estar por trás disso para que não se percam oportunidades.
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