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Plantão | Publicada em 13/09/2011 às 15h01m
Reuters/Brasil Online*:|:-=-:|:* AMSTERDÃ (Reuters) - Um grupo representando vítimas de abuso sexual está acusando o papa Bento 16 e três altas autoridades do Vaticano de crimes contra a humanidade, em declaração formal apresentada ao Tribunal Penal Internacional (TPI).
Uma entidade de pessoas que sofreram abusos de padres e o grupo de defesa dos direitos humanos Centro para os Direitos Constitucionais informaram nesta terça-feira ter apresentado a queixa ao TPI, alegando que autoridades do Vaticano toleraram e permitiram o ocultamento sistemático e generalizado de crimes sexuais e estupros de crianças.
Mas parece improvável que o TPI, primeiro tribunal permanente mundial para julgar crimes de guerra, possa assumir esse tipo de ação. Muitos casos ocorreram antes de 2002, ano de sua criação, o que deixa as queixas fora de seu alcance. Mas embora o Vaticano não seja signatário do tribunal, países como Itália, Holanda e Alemanha são, o que significa que seus cidadãos estão sujeitos à jurisdição do TPI.
Esta é a primeira vez que o escândalo dos abusos sexuais que abalou a Igreja Católica nos últimos anos, nos EUA e na Europa, é levado a uma instância de jurisdição internacional.
"O escritório do procurador recebeu os documentos", declarou a porta-voz Florence Olara, acrescentando que o caso seria analisado e "uma decisão será tomada no momento oportuno".
Um porta-voz da Santa Sé disse que não seriam divulgadas de imediato declarações sobre o assunto. O gabinete da procuradoria do tribunal não estava disponível para comentários.
(Reportagem de Aaron Gray-Block)
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