AUTOMOBILISMO & MERCADO
Montadora britânica, comprada por chineses em 2005, estreia no Brasil.
Sedã e cupê têm motor 1.8 16V turbo de 170 cv; falta agilidade ao câmbio.
#<.>::# Após quase 90 anos de história, chega oficialmente ao Brasil a marca de origem britânica MG (Morris Garages). Sob comando de chineses desde 2005, ela desembarca com os modelos MG550, sedã com preço de R$ 94.789, e com MG6, cupê de quatro portas que custa R$ 99.789. A pré-venda de ambos já começou no showroom da marca, em São Paulo. As primeiras unidades, no entanto, serão entregues apenas em agosto.
Em rápida avaliação feita pelo G1 dos dois modelos, no Kartódromo da Granja Viana, na Grande São Paulo, nesta terça-feira (12), fica claro que eles chegam como apostas e que enfrentarão o mesmo problema que veículos com um "pé" na China enfrentam por aqui: o preconceito.
Enquanto o 550 tentará brigar por espaço com o Volkswagen Jetta, o Ford Fusion e o Honda Accord, o cupê de quatro portas chega para atuar ligeiramente ‘isolado’ no mercado brasileiro.
MG550
O sedã MG550 tem linhas limpas, discretas e pouco arrojadas. “Apesar de ser produzido na China, as operações da MG relacionadas a design e desenvolvimento técnico continuam na Inglaterra”, afirma Marcio Munaro Milani, diretor de marketing da marca no Brasil.
Na dianteira, destacam-se o conjunto óptico de dupla parábola, grade frontal com desenho diferenciado e o símbolo da MG – um octógono – na ponta do capô. A lateral apresenta um pequeno friso cromado no rodapé das portas e um vinco marcante que passa sobre as maçanetas. A traseira é sóbria e tem faróis pequenos que invadem a lateral e a tampa do porta-malas.
Internamente, o acabamento é bom – ideal para um automóvel de quase R$ 95 mil. Os bancos e o painel das portas são revestidos com couro de boa qualidade e têm costuras discretas. As peças plásticas (algumas em black piano), emborrachadas e de aço escovado, não apresentam folgas. Todas são agradáveis ao toque. Destacam-se o comprido painel de instrumentos e os leitores. Enquanto o conta-giros é analógico, o velocímetro é digital.
A ergonomia é muito boa. Os bancos dianteiros têm ajustes elétricos (longitudinal, altura e do encosto) e a coluna de direção possui regulagens de altura e profundidade. É fácil "vestir" o MG550. Os comandos do veículo também têm fácil acesso. Apenas o volante – multifuncional – poderia ter uma melhor empunhadura.
Performance
Acelerando, o MG550 não chega a empolgar – principalmente em uma pista de kart, onde engatar terceira marcha é um ‘acontecimento’.
Com 170 cavalos de potência a 5.500 rpm, o motor 1.8 16V turbo (gasolina) tem como ponto alto o torque de 22 mkgf disponível a partir de 2.500 rpm. No entanto, o aproveitamento desta força poderia ser melhor se a transmissão automática de cinco velocidades (com opção de trocas manuais pela alavanca ou pelas aletas – borboletas – atrás do volante) tivesse respostas mais rápidas. As retomadas muitas vezes são demoradas em virtude da falta de agilidade do câmbio.
A suspensão é bem acertada. Na sequência de curvas do kartódromo, a carroceria apresentou uma leve inclinação. Nada, porém, que causasse incômodo ou sensação de insegurança. Com relação à capacidade do conjunto de absorver as imperfeições do asfalto brasileiro, a avaliação fica para uma outra oportunidade, já que o piso estava em perfeito estado de conservação em Cotia.
Equipamentos de série
Em termos de equipamentos de série, o MG550 vai bem. Oferece tudo o que o comprador de um carro deste porte exige. O modelo traz de fábrica câmera de ré, teto solar elétrico, ar-condicionado digital de duas zonas, sensor de estacionamento, tela de LCD de 6,5 polegadas, controlador de velocidade, sistema multimídia, sensores de estabilidade, tração, crepuscular e de chuva, seis airbags (frontal, lateral e cortina), freios com ABS (antitravamento), além de sete anos de garantia.
MG6
O fato de o cupê de quatro portas MG6 não ter um concorrente direto no mercado brasileiro talvez seja o ‘pulo do gato’ da montadora de DNA britânico. Com o mesmo conjunto mecânico e lista de equipamentos de série que o ‘irmão’ MG550 – inclusive mesma dirigibilidade -, ele se posiciona abaixo dos R$ 100 mil, valor muito menor que o dos concorrentes, que, diga-se de passagem, são mais potentes, têm mais tecnologia de ponta embarcada e oferecem qualidade de acabamento superior.
Como exemplo, o Volkswagen Passat CC custa R$ 180.890 – diferença superior a R$ 80 mil em relação ao MG6 -, mas é equipado com motor 3.6 V6 de 300 cavalos de potência e torque de 35,6 mkgf, transmissão automatizada DSG de seis velocidades e Park Assist – sistema que auxilia em manobras de estacionamento.
Novos modelos programados
Os planos iniciais da MG no Brasil são discretos. Ao contrário de algumas novatas que buscam logo de cara obter mercado, a marca britânica espera vender até agosto do ano que vem apenas 1.500 unidades. No entanto, de acordo com o diretor de marketing, o objetivo é atingir os 5 mil carros por ano em 4 anos.
Para alcançar tais números, a estratégia é focar na rede de concessionários. “Queremos fechar 2011 com 15 pontos de vendas, todos localizados nas principais capitais do país”, disse Milani. “Nossa primeira concessionária completa, com serviço de pós-venda e oficina, será inaugurada em setembro na Zona Sul de São Paulo”, completou. Para 2012, a meta é chegar em dezembro com 25 concessionárias.
Além de ampliar a rede, novos modelos – alguns com preços mais acessíveis – estão programados. Em outubro chegam o compacto MG3 – apelidado de ‘supermini’ -, com preço por volta de R$ 56 mil, e o MG350, sedã que custará aproximadamente R$ 67 mil para concorrer com Honda Civic, Toyota Corolla e, futuramente, Chevrolet Cruze.
Em dezembro, desembarcará o sedã de luxo MG750, equipado com motor 2.5 V6, com valor estimado em R$ 130 mil. Para o Salão do Automóvel de São Paulo, em 2012, a previsão é que sejam apresentados um utilitário esportivo e um sedã acima do MG750. No futuro, um hatchback (MG5) e um conversível também podem surgir no mercado brasileiro.
MG550 é equipado com motor 1.8 16V turbo de 170 cv e torque de 22 mkgf (Foto: Divulgação)
Enquanto o 550 tentará brigar por espaço com o Volkswagen Jetta, o Ford Fusion e o Honda Accord, o cupê de quatro portas chega para atuar ligeiramente ‘isolado’ no mercado brasileiro.
MG550
O sedã MG550 tem linhas limpas, discretas e pouco arrojadas. “Apesar de ser produzido na China, as operações da MG relacionadas a design e desenvolvimento técnico continuam na Inglaterra”, afirma Marcio Munaro Milani, diretor de marketing da marca no Brasil.
Na dianteira, destacam-se o conjunto óptico de dupla parábola, grade frontal com desenho diferenciado e o símbolo da MG – um octógono – na ponta do capô. A lateral apresenta um pequeno friso cromado no rodapé das portas e um vinco marcante que passa sobre as maçanetas. A traseira é sóbria e tem faróis pequenos que invadem a lateral e a tampa do porta-malas.
Internamente, o acabamento é bom – ideal para um automóvel de quase R$ 95 mil. Os bancos e o painel das portas são revestidos com couro de boa qualidade e têm costuras discretas. As peças plásticas (algumas em black piano), emborrachadas e de aço escovado, não apresentam folgas. Todas são agradáveis ao toque. Destacam-se o comprido painel de instrumentos e os leitores. Enquanto o conta-giros é analógico, o velocímetro é digital.
A ergonomia é muito boa. Os bancos dianteiros têm ajustes elétricos (longitudinal, altura e do encosto) e a coluna de direção possui regulagens de altura e profundidade. É fácil "vestir" o MG550. Os comandos do veículo também têm fácil acesso. Apenas o volante – multifuncional – poderia ter uma melhor empunhadura.
Design do sedã MG550 é harmônico e pouco arrojado (Foto: Divulgação)
Performance
Acelerando, o MG550 não chega a empolgar – principalmente em uma pista de kart, onde engatar terceira marcha é um ‘acontecimento’.
Com 170 cavalos de potência a 5.500 rpm, o motor 1.8 16V turbo (gasolina) tem como ponto alto o torque de 22 mkgf disponível a partir de 2.500 rpm. No entanto, o aproveitamento desta força poderia ser melhor se a transmissão automática de cinco velocidades (com opção de trocas manuais pela alavanca ou pelas aletas – borboletas – atrás do volante) tivesse respostas mais rápidas. As retomadas muitas vezes são demoradas em virtude da falta de agilidade do câmbio.
Suspensão apresenta ajuste firme, sem ser desconfortável (Foto: Divulgação)
Interior do MG 6 traz velocímetro digital e
conta-giros analógico (Foto: Divulgação)
conta-giros analógico (Foto: Divulgação)
Em termos de equipamentos de série, o MG550 vai bem. Oferece tudo o que o comprador de um carro deste porte exige. O modelo traz de fábrica câmera de ré, teto solar elétrico, ar-condicionado digital de duas zonas, sensor de estacionamento, tela de LCD de 6,5 polegadas, controlador de velocidade, sistema multimídia, sensores de estabilidade, tração, crepuscular e de chuva, seis airbags (frontal, lateral e cortina), freios com ABS (antitravamento), além de sete anos de garantia.
MG6
O fato de o cupê de quatro portas MG6 não ter um concorrente direto no mercado brasileiro talvez seja o ‘pulo do gato’ da montadora de DNA britânico. Com o mesmo conjunto mecânico e lista de equipamentos de série que o ‘irmão’ MG550 – inclusive mesma dirigibilidade -, ele se posiciona abaixo dos R$ 100 mil, valor muito menor que o dos concorrentes, que, diga-se de passagem, são mais potentes, têm mais tecnologia de ponta embarcada e oferecem qualidade de acabamento superior.
MG6 é um cupê de quatro portas com visual mais arrojado que o 'irmão' 550 (Foto: Divulgação)
Novos modelos programados
Os planos iniciais da MG no Brasil são discretos. Ao contrário de algumas novatas que buscam logo de cara obter mercado, a marca britânica espera vender até agosto do ano que vem apenas 1.500 unidades. No entanto, de acordo com o diretor de marketing, o objetivo é atingir os 5 mil carros por ano em 4 anos.
Para alcançar tais números, a estratégia é focar na rede de concessionários. “Queremos fechar 2011 com 15 pontos de vendas, todos localizados nas principais capitais do país”, disse Milani. “Nossa primeira concessionária completa, com serviço de pós-venda e oficina, será inaugurada em setembro na Zona Sul de São Paulo”, completou. Para 2012, a meta é chegar em dezembro com 25 concessionárias.
Conjunto mecânico do MG6 é o mesmo do MG550 (Foto: Divulgação)
Em dezembro, desembarcará o sedã de luxo MG750, equipado com motor 2.5 V6, com valor estimado em R$ 130 mil. Para o Salão do Automóvel de São Paulo, em 2012, a previsão é que sejam apresentados um utilitário esportivo e um sedã acima do MG750. No futuro, um hatchback (MG5) e um conversível também podem surgir no mercado brasileiro.
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