INTERNACIONAL - - Revolta Árabe
Ataques ocorreram em Jisr al-Shughour, noroeste do país.
Pressionado, governo denuncia que 'guerrilhas armadas' tomaram região.
Forças de segurança realizam operações há três dias no local, informou a televisão estatal.
"A polícia e os agentes de segurança estão enfrentando centenas de homens armados. Eles conseguiram libertar um distrito controlado por eles" em Jisrash Shugur, informou a emissora.
A TV indicou ainda que moradores de Jisrash Shugur, a 330 km de Damasco, "pedem ajuda e a rápida intervenção do exército".
A emissora informou que grupos armados incendiaram prédios do governo em Jisr al-Shughour, roubaram cinco toneladas de dinamites e estavam atirando contra civis e forças de segurança com metralhadoras e lança-granadas.
"As forças de segurança conseguiram encerrar um bloqueio contra um dos bairros que foi tomado pelos atiradores e agora estão lutando para suspender o bloqueio em outros bairros", disse a emissora estatal.
"Os atiradores mutilaram alguns corpos e jogaram alguns no rio. A população de Jisr al-Shughour está pedindo uma intervenção rápida do Exército", acrescentou.
O governo sírio, que enfrenta uma rebelião popular contra o governo de Bashar al Assad, afirma que "guerrilhas armadas" ocupam a região.
O ministro do Interior, Mohammad Ibrahim al-Shaar, disse que autoridades responderiam com firmeza aos ataques armados e o ministro das Informações, Adnan Mahmoud, garantiu que as unidades do Exército, que até o momento estiveram fora da cidade, 'farão seu dever nacional para restabelecer a segurança'.
Segundo informações anteriores de ativistas da oposição, uma operação de segurança estava sendo realizada na cidade desde sábado, na qual ao menos 37 moradores e 10 policiais foram mortos.
Mídia bloqueada
As autoridades sírias bloquearam grande parte das atividades da mídia no país, tornando impossível confirmar independentemente os dados de violência divulgados pelos ativistas e pelas autoridades.
Protestos contra o presidente Bashar al-Assad aumentaram apesar dos gestos indicando reformas e de uma dura repressão que já matou ao menos 1.100 pessoas desde o início da revolta, em meados de março.
Segundo moradores, a onda de mortes em Jisr al-Shughour começou no sábado quando franco-atiradores no telhado do principal posto dos correios dispararam contra participantes de um funeral de seis manifestantes mortos durante um protesto no dia anterior.
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