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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Crise global é risco para América Latina, diz FMI

Recessão Mundial


ECONOMIA & NEGÓCIOS.

NOTÍCIAS & INFORMAÇÃO


Segundo o Fundo, o mais provável é que taxas de crescimento da região caiam, à medida que os preços das commodities e o aperto da liquidez global declinem  


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Clarissa Mangueira, da Agência Estado
BOGOTÁ -          

[:[-:=:-]:] Embora a crise econômica global mais recente sinalize problemas "potencialmente severos" para a América Latina, o resultado mais provável é que ocorra apenas um pequeno declínio nas taxas de crescimento da região, à medida que os preços das commodities e o aperto da liquidez global declinem de seus níveis já elevados, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI) em relatório divulgado nesta quarta-feira, 5. O Fundo disse também que países como o Brasil e o Peru, que são grandes produtores de commodities, enfrentarão problemas potencialmente mais graves que outras economias da região, se o boom dos preços das commodities de anos de duração acabar subitamente.
 
Segundo o Relatório Econômico Regional sobre o Hemisfério Ocidental, o México, por exemplo, e alguns países da América Central, poderiam ver uma maior desaceleração econômica, dado seus "fortes vínculos econômicos com os EUA".

"Apesar de revisões em baixa para o crescimento nos EUA e outras economias avançadas, a previsão (para América Latina e do Caribe) é somente levemente menos favorável que o projetado em abril de 2011", disse o Fundo.

O FMI afirmou que o crescimento da região em 2011 deverá ser de 4,5%, ante a previsão de alta de 4,7% apontada pelo relatório de abril. Para o próximo ano, a economia da América Latina deverá crescer 4%, menos do que a expansão de 4,2% prevista anteriormente.

Mas o FMI não espera que isso ocorra. "Nós ainda temos como nossa base uma situação em que a liquidez global e os preços das commodities continuarão a ser, como nós já falamos, os ventos favoráveis para a região", disse o diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, Nicolas Eyzaguirre. "No entanto, eles serão um pouco mais fracos do que no passado recente".

Segundo o Fundo, países da Ásia emergente poderiam mostrar uma relativa resistência em evitar uma queda acentuada dos preços das commodities, o que deverá mantê-los nos seus níveis elevados atuais.

Mas um risco que a crise financeira mundial representa para a América Latina é que ela ainda está desenvolvendo, disse o FMI. "A falta de uma solução definitiva para a crise na Europa pode piorar a confiança e as condições do mercado de crédito global, com repercussões para os mercados emergentes."
      
 ** As informações são da Dow Jones.
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