Nesta terça-feira (23) já foram localizadas duas vítimas.
Entre 3 e 4 pessoas ainda estão desaparecidas; acidente foi no domingo.
Entre 3 e 4 pessoas ainda estão desaparecidas; acidente foi no domingo.
Esse é o segundo corpo encontrado nesta terça. No início dos trabalhos de resgate, os bombeiros localizaram outro corpo de um homem que já foi retirado da água. A vítima ainda não foi identificada.
Na segunda-feira (23) foram encontrados três corpos que já foram identificados. No dia do acidente (22), um bebê de sete meses foi retitado com vida da água, mas morreu quando os bombeiros tentavam reanimá-lo.
Ente três e quatro pessoas continuam desaparecidas, segundo o Corpo de Bombeiros. "A expectativa [de encontrar os corpos] sempre existe. Gostaríamos de entregar as pessoas vivas para as famílias. Mas a cada minuto que passa a expectativa diminui", disse a major Vanessa Signali.
Naufrágio
O acidente aconteceu por volta das 21h deste domingo (22) e as primeiras buscas seguiram até cerca de 2h desta segunda. Quando ocorreu o naufrágio, era realizada no barco uma festa organizada por um buffet.
Imagens desta segunda-feira (23) dos resgates no Lago Paranoá (Foto: WILSON DIAS/ABR)
“Não recebemos uma lista fechada dos passageiros do barco, por isso não é possível dizer por enquanto quantas pessoas estavam a bordo”, afirmou. Nota divulgada pela Marinha nesta segunda-feira dizia que o barco tinha capacidade para 92 pessoas.
Entre os desaparecidos, está Valdelice Fernandes, de 34 anos, mãe do bebê de sete meses que morreu afogado no acidente. De acordo com o Blumm, o bebê foi retirado da água pelos bombeiros e recebeu massagem cardíaca, mas não resistiu e morreu na margem do lago.
Causas do acidente
O delegado Rogério Leite, da Polícia Fluvial de Brasília, disse na tarde desta segunda-feira (23) que mergulhadores encontraram uma rachadura em um dos tubulões na parte de baixo do barco que afundou no Lago Paranoá na noite deste domingo (22). Tubulões são estruturas cilíndricas e ocas que auxiliam na flutuação dos barcos.
Leite não informou o tamanho da rachadura nem disse se ela pode ser apontada como a causa do acidente. Ele disse ainda que não sabe quantos tubulões o barco tinha. Segundo ele, o piloto do barco que naufragou poderia nem saber se havia a rachadura na estrutura, uma vez que ela fica submersa.
Na hora do acidente, quatro homens da Marinha eram responsáveis pela fiscalização das embarcações no lago. Leite disse que o número era suficiente para a fiscalização e estava dentro da média de servidores usados pela Marinha para a tarefa. "O trabalho de fiscalização é aleatório, não podemos estar em todos os barcos ao mesmo tempo", disse o comandante.
O barco naufragado está a uma profundidade de 17 metros. A visibilidade no local, segundo a major Vanessa Signale, do Corpo de Bombeiros, é de cerca de um metro. De acordo com a major, o solo do lago na região onde está o barco é poroso e tem restos de construção e galhos de árvores.
Depoimento
O comandante do barco que naufragou neste domingo (22) no Lago Paranoá, em Brasília, Airton Carvalho da Silva Maciel, disse que a embarcação estava inclinada para a esquerda quando deixou o cais. Em depoimento à polícia, ele afirmou que pediu aos passageiros para irem para o outro lado, “para compensar”.
"Observei na saída que estava mais para o lado que afundou, para a esquerda. Orientei o pessoal a ficar um pouco mais à frente, à direita, para ela equilibrar, para o barco compensar. Foi o que fizemos”, declarou o comandante Maciel.
“Aí encheu um pouco de água, não o suficiente para acontecer isso o que aconteceu. Foi tudo muito rápido”, disse em depoimento.
Maciel disse à polícia que fez uma vistoria de rotina na embarcação antes de começar a navegar e foi até a sala de máquinas várias vezes durante a viagem.
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