DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
*-#-* Seis explosões de grandes proporções foram ouvidas em Trípoli no início da madrugada de quarta-feira (horário local). Segundo testemunhas, elas seriam o resultado de ataques lançados pela aviação da Otan (aliança militar ocidental) contra forças do ditador Muammar Gaddafi.
As explosões ocorrem cerca de 24 horas após o maior ataque aliado contra o regime líbio desde o início da campanha militar no país.
Nem a Otan, tampouco o governo líbio deram detalhes sobre os ataques.
O governo líbio afirmou que os ataques da madrugada de terça-feira mataram ao menos 19 pessoas. Doze grandes explosões sacudiram a capital na ocasião. O portavoz do governo, Mussa Ibrahim, disse que 150 pessoas ficaram feridas.
BOMBARDEIO
Ele declarou que os ataques tiveram por alvo um complexo da Guarda Popular e um destacamento militar de base tribal. Mas pessoas e 'material útil' foram retirados do complexo antes do ataque, e as vítimas foram moradores locais.
'Esta foi mais uma noite de bombardeios e assassinatos da Otan', afirmou Ibrahim aos repórteres.
A Otan, que tem apoiado os rebeldes anti-Gaddafi com ataques aéreos nos últimos dois meses, disse em um comunicado que mirou 'uma instalação de armazenamento de veículos' próxima ao principal complexo governamental em Trípoli.
'Esta instalação é conhecida por ter sido ativa durante a repressão inicial da população em fevereiro de 2011 e continuou a sê-lo desde então; reabastecendo as forças do regime que vêm conduzindo ataques contra civis inocentes.'
Lideradas por França, Reino Unido e EUA, as aeronaves de guerra da Otan têm bombardeado a Líbia desde que a ONU (Organização das Nações Unidas) autorizou 'todas as medidas necessárias' para proteger civis das forças de Gaddafi na guerra civil do país.
Críticos argumentam que a Otan extrapolou seu mandato e está tentando promover diretamente a queda de Gaddafi. Os rebeldes, entretanto, têm se queixado de que as forças ocidentais não têm feito o suficiente para derrotar o Exército de Gaddafi.
'Degradamos sua máquina de guerra e evitamos uma catástrofe humanitária', escreveram o presidente norte-americano Barack Obama e o primeiro-ministro britânico David Cameron no jornal 'The Times'. 'E continuaremos a aplicar as resoluções da ONU com nossos aliados até terem sido completamente cumpridas.'
Nenhum comentário:
Postar um comentário