Países teriam um acordo para Americanos caçarem Bin Laden em território Paquistanês.
$$ == $$ Um acordo de quase dez anos de idade pode deslegitimar as acusações do Paquistão de que os Estados Unidos teriam violado a soberania do país durante a operação secreta que matou o terrorista Osama bin Laden em Abbottabad, no norte do país.
Segundo informações divulgadas pelo jornal britânico The Guardian, um pacto firmado no final de 2001, entre o ex-presidente americano George W. Bush e o general Pervez Musharraf (no poder até 2008), autorizava os EUA a levar em frente operações unilaterais em território paquistanês para a busca de Bin Laden e seus aliados.
Segundo o Guardian, um oficial aposentado da força antiterrorista do Exército americano confirmou as informações, dizendo que o acordo previa a autorização para que forças americanas agissem sem pedir autorização das autoridades paquistanesas para operações que tivessem como objetivo prender Bin Laden e o número 2 da Al Qaeda, Ayman al Zahari, considerado o sucessor do líder terrorista, morto há uma semana.
O acordo teria sido feito após Bin Laden conseguir escapar do Afeganistão pelas montanhas de Tora Bora, no norte do Paquistão, em 2001. Na época, o país passava por uma delicada transição para um governo democrático, e se viu obrigado a cooperar com os EUA durante a guerra ao terror enquanto o então presidente Musharraf buscava renovar as Forças Armadas.
EUA deram duas versões sobre “colaboração” paquistanesa
A revelação do pacto não diminui a polêmica em torno da operação de soldados de elite do Exército americano, os Seals, que mataram Osama bin Laden durante uma investida no dia 1º de maio, horário de Brasília, contra seu quartel-general em Abbottabad, próximo da capital Islamabad.
Oficiais paquistaneses insistiram que não tiveram conhecimento da operação, embora os EUA tenham dito o contrário e, depois, admitido que só informaram o governo local 15 minutos após terem dado início à ofensiva contra o complexo de Bin Laden.
Aumenta desconfiança entre EUA e Paquistão após morte de Bin Laden
A desconfiança dos Estados Unidos em relação ao Paquistão, país onde o terrorista Osama bin Laden se escondeu por anos até ser morto por forças americanas há uma semana, pode deteriorar uma das alianças mais importantes para a Casa Branca.
Nesta segunda-feira (9), o primeiro-ministro Yousuf Raza Gilani disse que considera "absurdas" as insinuações feitas pelos EUA de que o governo do país teria sido cúmplice das ações de Bin Laden, e aproveitou para criticar a recusa dos americanos em pedir desculpas pela operação que eliminou o líder da rede terrorista Al Qaeda em solo paquistanês.
Um dia antes, o presidente Barack Obama disse que os dois países devem investigar qualquer cumplicidade. O governo americano também deu mostras de que vai aumentar a pressão sobre o Paquistão.
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