'Pele eletrônica' processa informações mais rápido do que o sistema nervoso humano e é capaz de reconhecer de 20 a 30 tipos de texturas. Pesquisadores esperam ajudar pessoas com próteses.
Por Reuters
03/08/2020 15h20 Atualizado há 5 horas
Postado em 03 de agosto de 2020 às 20h30m
Pesquisadores de Singapura
desenvolveram uma "pele eletrônica" capaz de recriar a sensação do
tato. Com a inovação, eles esperam permitir que pessoas com próteses
detectem objetos, além de sentir textura, temperatura e até dor.
O dispositivo, chamado ACES, ou "Asynchronous Coded Electronic Skin", é
composto por 100 pequenos sensores e tem perto de 1 cm².
Os pesquisadores da Universidade Nacional de Singapura dizem que a pele
artificial processa informações mais rápido do que o sistema nervoso
humano e é capaz de reconhecer de 20 a 30 tipos de texturas, além de ler
cartas em braille com mais de 90% de precisão.
"Os humanos precisam deslizar para sentir a textura, mas neste caso a
pele, com apenas um toque, é capaz de detectar texturas de rugosidade
diferente", disse o líder da equipe de pesquisa Benjamin Tee,
acrescentando que os algoritmos de inteligência artificial permitem que o
dispositivo aprenda rapidamente.
Uma demonstração mostrou que o dispositivo conseguiu detectar que uma
esfera mole era macia e determinar que uma esfera de plástico sólida era
dura.
"Quando você perde o sentido do tato, fica essencialmente entorpecido... e os usuários de próteses enfrentam esse problema", disse Tee.
Ele afirmou que o conceito foi inspirado em uma cena da trilogia de
filmes "Star Wars", na qual o personagem Luke Skywalker perde a mão
direita e ela é substituída por uma robótica, aparentemente capaz de
experimentar sensações de toque novamente.
De acordo com Tee, a tecnologia ainda está em estágio experimental, mas
já existe "um tremendo interesse" para investimento, especialmente da
comunidade médica.
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