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terça-feira, 1 de julho de 2014

Cientista diz que Fifa "está se lixando" para situação do Brasil

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Pesquisa Datafolha mostrou o que o JB já dizia: a Copa é da elite

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Jornal do Brasil -.- Louise Rodrigues*
30/06 às 19h15 - Atualizada em 30/06 às 19h15
Postado em 01 de julho de 2014 às 07h25m

Neste domingo (29), o Datafolha divulgou o resultado de uma pesquisa realizada com torcedores que compareceram ao jogo entre Brasil e Chile, no sábado (28), em Minas Gerais. 

Dos 639 entrevistados, 67% se declararam brancos e 90% pertencem às classes A ou B. Apenas 6% eram negros. O Jornal do Brasil conversou com cientistas políticos e sociólogos sobre a elitização do futebol durante a Copa do Mundo e relembrou os xingamentos à presidente Dilma Rousseff, durante a abertura do evento, no dia 12 de junho.

>> Datafolha comprova que JB estava certo: brancos e ricos são maioria em estádios
>> Torcida elitizada não sabe incentivar a Seleção Brasileira nos estádios
>> Reflexões sobre xingamentos e protestos: duas realidades bem diferentes
>> A humilhação reelege Dilma.

Para o cientista político da Universidade Federal Fluminense (UFF), Elionaldo Fernandes Julião, “essa pesquisa mostra que o grande debate acontece fora dos estádios. Uma das questões importantes para se pensar é o que efetivamente significa a FIFA. Com o perdão do termo, ela ‘está pouco se lixando’ para a situação do Brasil. Fala-se em marcas, comércio, mercado. É assim que a FIFA enxerga nosso país”.

O cientista político também relembrou a abertura do Mundial.  “Uma coisa que eu observei e depois li em vários lugares foi a ausência de negros na abertura da Copa. Qual imagem eles estão querendo passar?  A FIFA é um mercado que exclui o que não for voltado para o próprio mercado. Então, as mazelas da sociedade são varridas para debaixo do tapete”, disse.

Elionaldo comparou a situação que acontece hoje, com a Copa de 2010, na África do Sul. “A mesma coisa aconteceu da Copa da África do Sul, não se falava dos problemas e das questões sociais de lá. As imagens que vemos são as dos grandes patrocinadores. 

Essa pesquisa infelizmente prova que todos os problemas sociais foram varridos para debaixo do tapete. Usando os termos do IBGE, o que significa não ter pretos no estádio? A gente começa a perceber que está acontecendo é para uma elite, não só do Brasil, mas do mundo todo”, analisa.

O cientista político da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Francisco Carlos Teixeira, acredita que “a Copa do Mundo é um fenômeno comercial projetado pela FIFA, que deveria ser uma instituição esportiva, mas é comercial. Então, a Copa do Mundo não é um evento popular, é um evento criado para uma elite que, inclusive, mostra rejeição a tudo que é brasileiro e se comporta de maneira agressiva e pouco educada nos estádios”.

O sociólogo da UFRJ, Paulo Bahia, ressalta a dificuldade para conseguir ingressos. “A Copa do Mundo é um evento caro, com ingressos caros e processo de sorteio. Quem está indo são os setores ricos e classes elevadas. A Copa do Mundo é um evento elitizado. As arenas públicas para a não elite estão nas ruas ou nas casas. É onde o evento se populariza.

Existem poucos negros nas classes A ou B, por isso eles são minoria nos estádios”, pontua.
O cientista político da UFF, Marcus Ianoni, também critica os preços dos ingressos e a elitização do evento. “Os ingressos são caros, nas oitavas de final, variaram de R$ 110,00 a R$ 440,00. 

Além disso, como a compra era pela internet e muito disputada, quem tem melhor banda larga tem mais efetividade na hora de se candidatar a compra, gasta menos tempo e consegui concluir a operação do que quem tem banda larga menos potente. 

Precisava ser feita uma pesquisa também com os dados dos torcedores na fase de grupo, quando os ingressos custaram um valor um pouco menor. Ir a um jogo da Copa é símbolo de status, os ricos investem mais nesses eventos, de modo que a competição dos pobres com esses ricos para participar desse tipo de evento, com vagas limitadas, preços caros e de acesso dependente de boa tecnologia, fica difícil”, avalia.

As vaias da elite branca
Durante a abertura da Copa do Mundo, a presidente Dilma Rousseff foi xingada e vaiada. A maioria dos torcedores presentes eram patrocinadores ou convidados VIP’s. O caso teve repercussão internacional, manchando a imagem dos brasileiros. Jornais como tal e tal falaram isso e isso.

Elionaldo comentou o episódio e ressaltou ser “contra xingamentos em qualquer situação”. Para ele, “aquela elite branca que vaiou e xingou a presidente se sente ameaçada porque o governo prioriza os programas sociais, voltados para as classes mais baixas. 

Essa elite prefere menos programas sociais e políticos em detrimento de um investimento mais robusto na política econômica. Se fossem os movimentos sociais cobrando mais atenção do governo, eu entendia”.

Francisco Carlos criticou o comportamento daqueles que vaiaram a presidente. “Essa elite branca não quer dividir nada. Quando ela percebe que o controle dos bens e serviços do estado brasileiro não a beneficia mais, quando ela percebe que as políticas são voltadas para as classes mais pobres, ela se sente roubada pessoalmente. Vira uma questão pessoal”, opinou.

Para Ianoni, o episódio foi “lamentável”. Ele diz: “Expressa que há, em alguma medida, uma luta ideológica no país, envolvendo, por um lado, ricos e conservadores do status quo de uma sociedade desigual, e, por outro, os mais pobres, que querem ascender socialmente. 

Essa luta ideológica é uma face da luta pelos interesses materiais dos diversos grupos sociais. Para que haja ascensão social, é preciso haver um Estado mais atuante e um Estado que promova o gasto social. Os ricos não querem arcar com o custo de eliminar a desigualdade e querem continuar usufruindo do status de serem privilegiados. 

A presidenta Dilma, desde que foi à TV, no primeiro de maio de 2012, combater os juros altos e os spreads bancários, ganhou a antipatia dos rentistas, que são uma elite econômica com muita base social na grande mídia. 

A grande mídia passou a atacar Dilma. As elites rentistas acham inadmissível uma presidenta com uma postura de centro-esquerda criticando um dos principais meios que eles têm de acumular renda, que é através da especulação financeira”.

* Do Programa de Estágio do Jornal do Brasil

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