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Presidente do BC disse que aperto monetário já fez “algum resultado” e que pode usar reservas cambiais no futuro “se houver necessidade”
Em dia de volatilidade, Bovespa opera em queda com elétricas e balanços corporativos mais fracos
RIO - O dólar comercial sobe nesta terça-feira frente ao real, pelo segundo dia seguido, acompanhando o comportamento do mercado de câmbio no exterior. Por volta das 14h40m, a moeda americana apresentava uma valorização de 0,16%, cotada a R$ 2,390 na compra e R$ 2,392 na venda.
Na máxima, chegou a ser negociada a 2,402 (alta de 0,59%). Já os juros futuros recuam após declarações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, com investidores apostando em uma elevação menor da taxa básica da economia, a Selic, na próxima semana.
Numa teleconferência a jornalistas estrangeiros que durou cerca de 40 minutos, Tombini disse que todos os instrumentos “estão na mesa” na área cambial e sendo usados. Ele não descartou, inclusive, usar as reservas cambiais “se houver necessidade”, segundo informações da Bloomberg News.
O presidente do BC disse ainda que o aperto monetário já produziu “algum resultado” e que o país busca trazer a inflação de volta ao centro da meta. Ele espera progresso na inflação nos próximos trimestres.
- A política monetária é consistente para trazer a inflação para baixo e esperamos progresso com a inflação nos próximos meses - disse o presidente do BC, na teleconferência, acrescentando que a autoridade monetária tem feito o “dever de casa” para segurar a inflação.
Segundo o operador de um grande banco, o mercado de câmbio chegou a oscilar mais intensamente durante as declarações de Tombini, mas manteve o patamar de preço visto na abertura dos negócios. Nos juros futuros, porém, as declarações foram recebidas como um sinal de que a autoridade monetária pode desacelerar o ritmo de aumento da Selic, atualmente em 10,50% ao ano, para controlar a inflação.
- O mercado começa a rever suas apostas de uma alta de 0,5 ponto na Selic para 0,25 ponto. Os comentários foram feitos, inclusive, perto da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), já na terça-feira e quarta-feira da próxima semana - disse o operador.
Os contratos DI com vencimento em janeiro de 2015, os mais negociados na BM&FBovespa, recuam de 11,22% para 11,19% nesta terça-feira. Antes da teleconferência do presidente do Banco Central, esses contratos de juros operavam em alta, a 11,27%. Os contratos com vencimento em julho de 2014 cedem de 10,84% para 10,80%. E os com vencimento em abril de 2014 tem baixa de 10,56% para 10,55%.
Para o especialista em juros da Icap Brasil, João Junior, as declarações de Tombini trouxeram pouca novidade e o movimento é exagerado:
- O mercado está querendo acreditar em um aumento de 0,25 ponto percentual da Selic na próxima reunião, um ritmo menor de alta. O que o Tombini falou não foi muito diferente do que vinha sendo dito.
BC vendeu todos os contratos de swap cambial
No mercado internacional, o dólar tem um dia de valorização frente a outras moedas pelo mundo, após a China enxugar fundos do sistema bancário e o Banco Central do Japão ter afrouxado ainda mais sua política monetária, num passo considerado ousado. O dólar se valoriza frente a moedas de países emergentes e desenvolvidos, como o rand sul-africano (0,28%), a lira turca (0,09%) e a libra esterlina (0,22%), por exemplo.
Segundo Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, investidores seguem avessos a mercados emergentes e à espera da ata da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano), a ser divulgada amanhã, que pode dar sinais sobre o ritmo de redução do programa de recompra de ativos nos EUA.
- Estamos ainda no olho do furacão.
O mercado está mais preocupado em se resguardar - disse Galhardo, lembrando que, em relação ao Brasil, ainda pesa o possível corte da nota de classificação de risco pela agência Standard&Poor’s (S&P).
Pela manhã, o BC brasileiro vendeu os 4 mil novos contratos de swap cambial - operação equivalente a uma venda de moedas no mercado futuro - oferecidos das 9h30m às 9h40m, movimentando US$ 198,1 milhões. A intervenção faz parte do programa de “ração diária” aos agentes do mercado. O BC fez outro leilão, das 11h30m às 11h40m, para rolagem de 10.500 contratos que vencem em 5 de março.
BR Properties e Duratex caem após balanços
Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda de 0,29%, aos 47.435 pontos pelo Ibovespa, seu principal índice. O dia foi de muita instabilidade. Após passar a maior parte da manhã em baixa, o índice esboçou uma reação com a abertura do mercado americano. Os papéis do setor elétrico ainda pesam e os balanços financeiros divulgados pelas companhias não ajudaram.
Os papéis ON da BR Properties caem 1,84%, a R$ 16,49, um das maiores perdas do índice. A empresa divulgou na noite de ontem que apresentou um prejuízo líquido de R$ 149,1 milhões no quarto trimestre, frente a um lucro de R$ 172 milhões do mesmo período do ano anterior. O resultado surpreendeu o mercado.
Em relatório, o Brasil Plural avaliou que os resultados podem indicar que a empresa é vulnerável a um excesso de oferta de escritórios em São Paulo e no Rio. “O portfólio foi revisto para baixo pela primeira vez desde que a avaliação de investimentos em propriedades foi implementado pela empresa em 2010”, escreveram os analistas Caimi Reis e Louise Oliveira.
Já Duratex divulgou um lucro líquido de R$ 70,3 milhões no quarto trimestre do ano passado, uma queda de 53% em comparação aos R$ 149,4 milhões do mesmo período do ano anterior. Os papéis ordinários da companhia apresentam queda de 0,77%, a R$ 11,51.
A Renova Energia, empresa de geração de energias renováveis, registrou um lucro líquido de R$ 10,7 milhões no quarto trimestre, ante um prejuízo de R$ 18,37 milhões de um ano antes.
As perdas do dia são lideradas pelas ações ordinárias (ON, com voto) da Anhanguera, que recuam 7,52%, a R$ 12,05. Nos últimos dias os papéis têm sido afetados pelo possível fracasso na fusão da empresa com a Kroton, ambas do setor educacional. Entre os papéis com maior peso no Ibovespa, as ações preferenciais (PNA, sem voto) da Vale sobem 0,35%, a R$ 30,85. Já Petrobras PN cai 0,06%, a R$ 14,42.
Em Wall Street, o índice Dow Jones, principal da Bolsa de Nova York, opera em queda de 0,03%. O mercado é influenciado pela Pesquisa Empire State de Manufatura, que indicou piora nas condições gerais de negócios em Nova York no mês de fevereiro. O índice marcou 4,5 pontos, oito pontos abaixo do registrado no mês anterior. O S&P 500 sobe 0,10% e o Nasdaq, 0,68% na volta do feriado.
Na Europa os índices de ações fecharam sem uma tendência clara. O FTSE 100, da Bolsa de Londres, subiu 0,90% puxado pelos papéis da BHP Billiton, cujo lucro avançou 83% no primeiro semestre fiscal, para US$ 8,1 bilhões. O CAC 40, da Bolsa de Paris, recuou 0,10% afetado pela companhia Alstom. Já o DAX, de Frankfurt, ficou praticamente estável, em leva alta de 0,03%.
Na máxima, chegou a ser negociada a 2,402 (alta de 0,59%). Já os juros futuros recuam após declarações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, com investidores apostando em uma elevação menor da taxa básica da economia, a Selic, na próxima semana.
Numa teleconferência a jornalistas estrangeiros que durou cerca de 40 minutos, Tombini disse que todos os instrumentos “estão na mesa” na área cambial e sendo usados. Ele não descartou, inclusive, usar as reservas cambiais “se houver necessidade”, segundo informações da Bloomberg News.
O presidente do BC disse ainda que o aperto monetário já produziu “algum resultado” e que o país busca trazer a inflação de volta ao centro da meta. Ele espera progresso na inflação nos próximos trimestres.
- A política monetária é consistente para trazer a inflação para baixo e esperamos progresso com a inflação nos próximos meses - disse o presidente do BC, na teleconferência, acrescentando que a autoridade monetária tem feito o “dever de casa” para segurar a inflação.
Segundo o operador de um grande banco, o mercado de câmbio chegou a oscilar mais intensamente durante as declarações de Tombini, mas manteve o patamar de preço visto na abertura dos negócios. Nos juros futuros, porém, as declarações foram recebidas como um sinal de que a autoridade monetária pode desacelerar o ritmo de aumento da Selic, atualmente em 10,50% ao ano, para controlar a inflação.
- O mercado começa a rever suas apostas de uma alta de 0,5 ponto na Selic para 0,25 ponto. Os comentários foram feitos, inclusive, perto da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), já na terça-feira e quarta-feira da próxima semana - disse o operador.
Os contratos DI com vencimento em janeiro de 2015, os mais negociados na BM&FBovespa, recuam de 11,22% para 11,19% nesta terça-feira. Antes da teleconferência do presidente do Banco Central, esses contratos de juros operavam em alta, a 11,27%. Os contratos com vencimento em julho de 2014 cedem de 10,84% para 10,80%. E os com vencimento em abril de 2014 tem baixa de 10,56% para 10,55%.
Para o especialista em juros da Icap Brasil, João Junior, as declarações de Tombini trouxeram pouca novidade e o movimento é exagerado:
- O mercado está querendo acreditar em um aumento de 0,25 ponto percentual da Selic na próxima reunião, um ritmo menor de alta. O que o Tombini falou não foi muito diferente do que vinha sendo dito.
BC vendeu todos os contratos de swap cambial
No mercado internacional, o dólar tem um dia de valorização frente a outras moedas pelo mundo, após a China enxugar fundos do sistema bancário e o Banco Central do Japão ter afrouxado ainda mais sua política monetária, num passo considerado ousado. O dólar se valoriza frente a moedas de países emergentes e desenvolvidos, como o rand sul-africano (0,28%), a lira turca (0,09%) e a libra esterlina (0,22%), por exemplo.
Segundo Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, investidores seguem avessos a mercados emergentes e à espera da ata da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano), a ser divulgada amanhã, que pode dar sinais sobre o ritmo de redução do programa de recompra de ativos nos EUA.
- Estamos ainda no olho do furacão.
O mercado está mais preocupado em se resguardar - disse Galhardo, lembrando que, em relação ao Brasil, ainda pesa o possível corte da nota de classificação de risco pela agência Standard&Poor’s (S&P).
Pela manhã, o BC brasileiro vendeu os 4 mil novos contratos de swap cambial - operação equivalente a uma venda de moedas no mercado futuro - oferecidos das 9h30m às 9h40m, movimentando US$ 198,1 milhões. A intervenção faz parte do programa de “ração diária” aos agentes do mercado. O BC fez outro leilão, das 11h30m às 11h40m, para rolagem de 10.500 contratos que vencem em 5 de março.
BR Properties e Duratex caem após balanços
Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda de 0,29%, aos 47.435 pontos pelo Ibovespa, seu principal índice. O dia foi de muita instabilidade. Após passar a maior parte da manhã em baixa, o índice esboçou uma reação com a abertura do mercado americano. Os papéis do setor elétrico ainda pesam e os balanços financeiros divulgados pelas companhias não ajudaram.
Os papéis ON da BR Properties caem 1,84%, a R$ 16,49, um das maiores perdas do índice. A empresa divulgou na noite de ontem que apresentou um prejuízo líquido de R$ 149,1 milhões no quarto trimestre, frente a um lucro de R$ 172 milhões do mesmo período do ano anterior. O resultado surpreendeu o mercado.
Em relatório, o Brasil Plural avaliou que os resultados podem indicar que a empresa é vulnerável a um excesso de oferta de escritórios em São Paulo e no Rio. “O portfólio foi revisto para baixo pela primeira vez desde que a avaliação de investimentos em propriedades foi implementado pela empresa em 2010”, escreveram os analistas Caimi Reis e Louise Oliveira.
Já Duratex divulgou um lucro líquido de R$ 70,3 milhões no quarto trimestre do ano passado, uma queda de 53% em comparação aos R$ 149,4 milhões do mesmo período do ano anterior. Os papéis ordinários da companhia apresentam queda de 0,77%, a R$ 11,51.
A Renova Energia, empresa de geração de energias renováveis, registrou um lucro líquido de R$ 10,7 milhões no quarto trimestre, ante um prejuízo de R$ 18,37 milhões de um ano antes.
As perdas do dia são lideradas pelas ações ordinárias (ON, com voto) da Anhanguera, que recuam 7,52%, a R$ 12,05. Nos últimos dias os papéis têm sido afetados pelo possível fracasso na fusão da empresa com a Kroton, ambas do setor educacional. Entre os papéis com maior peso no Ibovespa, as ações preferenciais (PNA, sem voto) da Vale sobem 0,35%, a R$ 30,85. Já Petrobras PN cai 0,06%, a R$ 14,42.
Em Wall Street, o índice Dow Jones, principal da Bolsa de Nova York, opera em queda de 0,03%. O mercado é influenciado pela Pesquisa Empire State de Manufatura, que indicou piora nas condições gerais de negócios em Nova York no mês de fevereiro. O índice marcou 4,5 pontos, oito pontos abaixo do registrado no mês anterior. O S&P 500 sobe 0,10% e o Nasdaq, 0,68% na volta do feriado.
Na Europa os índices de ações fecharam sem uma tendência clara. O FTSE 100, da Bolsa de Londres, subiu 0,90% puxado pelos papéis da BHP Billiton, cujo lucro avançou 83% no primeiro semestre fiscal, para US$ 8,1 bilhões. O CAC 40, da Bolsa de Paris, recuou 0,10% afetado pela companhia Alstom. Já o DAX, de Frankfurt, ficou praticamente estável, em leva alta de 0,03%.
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BC tem feito ‘dever de casa’ para controlar inflação, diz Tombini
Segundo presidente do Banco Central, a autoridade monetária garantirá que a inflação continue declinando em 2014.
BRASÍLIA - O Banco Central tem feito o "dever de casa" para controlar a inflação, afirmou nesta terça-feira o presidente do BC, Alexandre Tombini, acrescentando que a autoridade monetária garantirá que a inflação continue declinando em 2014 e à frente.
— Estamos fazendo nosso dever de casa, combatendo a inflação — disse Tombini em teleconferência com jornalistas da imprensa internacional.
Tombini destacou ainda que o BC tem vários instrumentos para lidar com a inflação e para combater a volatilidade, destacando em particular as reservas internacionais. A fala do presidente do BC acabou contribuindo para que os juros futuros passassem a recuar nesta sessão, com a interpretação pelo mercado financeiro de que a indicação é de que o ritmo atual da política monetária pode ser reduzido agora.
Desde abril passado o BC tem elevado a Selic para combater a inflação elevada. Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne novamente e, pela curva dos juros futuros, a maioria das apostas passou a indicar agora que a Selic será elevada em 0,25 ponto percentual, para 10,75%, num ritmo mais lento ao visto nos encontros anteriores, de 0,50 ponto percentual.
Tombini disse ainda que o BC trabalha para trazer a inflação para o centro da meta, que é de 4,5% pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.
O presidente do BC ainda afirmou não esperar que o Brasil tenha caindo em recessão no final de 2013 ou que isso aconteça em 2014, apesar de dados recentes indicando que a economia brasileira possa ter apresentado contração por dois trimestres seguidos no final do ano passado, o que é considerado recessão técnica.
Tombini reconheceu que a economia pode ter crescido menos do que os 2,3% que o BC esperava para 2013, mas afirmou que as condições estão melhorando com mais investimento em projetos de infraestrutura nos próximos trimestres.
Ele disse também que as reservas internacionais do país, hoje em torno de US$ 375 bilhões, têm ajudado o Brasil neste período de transição nos mercados globais, em meio à volatilidade.
— Todos os instrumentos estão sobre a mesa para combater a volatilidade, em particular as reservas internacionais — afirmou, acrescentando ainda que o BC tem mecanismos para trazer a inflação para baixo.
— Estamos fazendo nosso dever de casa, combatendo a inflação — disse Tombini em teleconferência com jornalistas da imprensa internacional.
Tombini destacou ainda que o BC tem vários instrumentos para lidar com a inflação e para combater a volatilidade, destacando em particular as reservas internacionais. A fala do presidente do BC acabou contribuindo para que os juros futuros passassem a recuar nesta sessão, com a interpretação pelo mercado financeiro de que a indicação é de que o ritmo atual da política monetária pode ser reduzido agora.
Desde abril passado o BC tem elevado a Selic para combater a inflação elevada. Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne novamente e, pela curva dos juros futuros, a maioria das apostas passou a indicar agora que a Selic será elevada em 0,25 ponto percentual, para 10,75%, num ritmo mais lento ao visto nos encontros anteriores, de 0,50 ponto percentual.
Tombini disse ainda que o BC trabalha para trazer a inflação para o centro da meta, que é de 4,5% pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.
O presidente do BC ainda afirmou não esperar que o Brasil tenha caindo em recessão no final de 2013 ou que isso aconteça em 2014, apesar de dados recentes indicando que a economia brasileira possa ter apresentado contração por dois trimestres seguidos no final do ano passado, o que é considerado recessão técnica.
Tombini reconheceu que a economia pode ter crescido menos do que os 2,3% que o BC esperava para 2013, mas afirmou que as condições estão melhorando com mais investimento em projetos de infraestrutura nos próximos trimestres.
Ele disse também que as reservas internacionais do país, hoje em torno de US$ 375 bilhões, têm ajudado o Brasil neste período de transição nos mercados globais, em meio à volatilidade.
— Todos os instrumentos estão sobre a mesa para combater a volatilidade, em particular as reservas internacionais — afirmou, acrescentando ainda que o BC tem mecanismos para trazer a inflação para baixo.
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Mantega afirma que é equívoco dizer que Brasil está entre economias mais vulneráveis.
Para o ministro, país é um dos mais preparados para a transição por que passa o mundo
Ele disse ainda que a recuperação dos países ricos será "lenta, difícil" .
BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, rechaçou nesta terça-feira os estudos que mostram que o Brasil está entre as economias emergentes mais vulneráveis. O ministro considerou essas avaliações "um equívoco" e ressaltou que o Brasil é uma das economias mais preparadas para a transição econômica por que passa o mundo.
— O Brasil está bem posicionado para fazer essa transição. A economia mundial está sólida e bem preparada para essa transição, para, talvez, um novo ciclo de expansão da economia mundial. Temos visto ultimamente estudos colocando o Brasil entre economias emergentes mais vulneráveis. Isto é um equívoco.
É claro que depende dos parâmetros que você utiliza para fazer essa análise. Nós aqui vamos mostrar os nossos parâmetros que demonstram que o Brasil é uma dessas economias mais preparadas para essa transição que provoca turbulências - disse o ministro.
Recentemente, o banco de investimentos Morgan Stanley cunhou o termo "Cinco Frágeis" - que engloba Brasil, África do Sul, Índia, Indonésia e Turquia - para denominar o grupo de nações mais vulneráveis ao afrouxamento monetário, sobretudo à retirada dos estímulos monetários nos Estados Unidos.
Na semana passada, em relatório, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) chancelou a ideia de que o país está vulnerável à fuga de capitais das economias emergentes.
— O Brasil é um dos países que têm mais reservas e, num momento de crise, de fluxo de capitais, o risco para os países é de falta de recursos. O Brasil tem US$ 376 bilhões em reservas. É a quinta maior reserva do mundo — ressaltou Mantega, que destacou que o Brasil tem também a menor dívida externa de curto prazo:
— A nossa dívida externa é de US$ 330 bilhões. Em comparação a outras, é pequena. Mas o exigível de curto prazo é menor ainda, de cerca de 7% de toda a nossa dívida — disse o ministro, e, no balanço da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que termina em dezembro.
Recuperação de ricos será "lenta e difícil", diz Mantega
Mantega disse ainda que a recuperação dos países ricos será "lenta, difícil" e que "vai se estender por um longo tempo". E que os emergentes vão sofrer consequências da desaceleração da China.
Segundo ele, o ano de 2013 foi difícil para a maioria dos países, refletindo ainda a crise iniciada em 2008. Ele avaliou que, este ano, o cenário é de uma melhoria da economia mundial e que a maioria dos países apresentará crescimento do PIB acima de 2%.
— Nós percebemos uma recuperação gradual da economia norte-americana, mais gradual ainda da europeia. Uma recuperação lenta, difícil, que vai se estender por um longo tempo. A China apresenta sinais contraditórios, de que pode manter a taxa de crescimento em torno de 7,5% ou desacelerar um pouco, evidentemente, causando consequências, principalmente para os países emergentes — disse.
Mantega destacou ainda que o Brasil é um dos países que mais atraem investimento estrangeiro direto (IED). Ele ressaltou que, em termos de variação cambial, nos últimos seis meses, o real registrou valorização de 0,75%.
— Está mais ou menos na média dos países. Então, não podemos dizer que é o país que está mais frágil do ponto de vista do câmbio — disse, completando:
— Estamos num patamar mais razoável de câmbio, que tem tido mais estabilidade nas últimas duas semanas — afirmou o ministro, destacando que o Brasil é um dos poucos países emergentes que têm mercado futuro, o que oferece liquidez ao mercado e permite que a moeda se mova mais rapidamente.
Mantega lembrou que, neste momento, os países estão desativando os estímulos que foram utilizados no período da crise, o que causa turbulência e volatilidade no mercado mundial. Ele citou como exemplo o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que iniciou em dezembro a retirada de estímulos da economia.
Esse movimento, explicou, causa uma mudança no fluxo de capitais, com uma saída de recursos de países emergentes em direção a economias com taxas de juros mais elevadas. Na avaliação do ministro, porém, o Brasil apresenta economia sólida e está bem posicionado para fazer essa transição
— Acredito que essa turbulência é passageira, porque estamos no período de saída da crise.
Quando se acomodar, teremos crescimento gradual das economias, recuperação do mercado mundial e, portanto, o impulso para o crescimento da economia mundial — disse.
O ministro disse que a inflação começou o ano de 2014 em desaceleração e que está contribuindo para criar um cenário adequado para a reativação da economia. O ministro ressaltou que, há 10 anos seguidos, o governo federal tem mantido o índice de inflação dentro da meta, cujo teto é 6,5% ao ano.
— Em janeiro, a inflação começou desacelerando em relação a dezembro, talvez anunciando um ano mais tranquilo em termos de inflação — ressaltou o ministro.
O ministro destacou que o setor de alimentos e bebidas, que vem pressionando os preços nos últimos anos, está crescendo mais lentamente que nos anos anteriores e disse que, além do controle dos preços, o governo tem realizado uma "política fiscal sólida e consistente" mesmo em anos de crise.
Ele ressaltou que o superávit primário do ano passado - a economia para o pagamento de juros da dívida - chegou a 1,91% do Produto Interno Bruto (PIB), reduzindo a dívida líquida do setor público para 33,8% do PIB.
Mantega destacou ainda que houve uma recuperação do investimento no ano passado, com a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) crescendo acima do setor de agricultura. Ele afirmou que o investimento continuará como uma prioridade do governo brasileiro e será o carro-chefe do crescimento da economia nos próximos anos.
— No ano passado, fizemos vários leilões de concessões bem-sucedidos. Eles vão se traduzir, a partir de 2014, em obras, empregos, projetos, compras. A economia brasileira estará se movimentando, tendo um nível de investimento cada vez maior — disse.
— O Brasil está bem posicionado para fazer essa transição. A economia mundial está sólida e bem preparada para essa transição, para, talvez, um novo ciclo de expansão da economia mundial. Temos visto ultimamente estudos colocando o Brasil entre economias emergentes mais vulneráveis. Isto é um equívoco.
É claro que depende dos parâmetros que você utiliza para fazer essa análise. Nós aqui vamos mostrar os nossos parâmetros que demonstram que o Brasil é uma dessas economias mais preparadas para essa transição que provoca turbulências - disse o ministro.
Recentemente, o banco de investimentos Morgan Stanley cunhou o termo "Cinco Frágeis" - que engloba Brasil, África do Sul, Índia, Indonésia e Turquia - para denominar o grupo de nações mais vulneráveis ao afrouxamento monetário, sobretudo à retirada dos estímulos monetários nos Estados Unidos.
Na semana passada, em relatório, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) chancelou a ideia de que o país está vulnerável à fuga de capitais das economias emergentes.
— O Brasil é um dos países que têm mais reservas e, num momento de crise, de fluxo de capitais, o risco para os países é de falta de recursos. O Brasil tem US$ 376 bilhões em reservas. É a quinta maior reserva do mundo — ressaltou Mantega, que destacou que o Brasil tem também a menor dívida externa de curto prazo:
— A nossa dívida externa é de US$ 330 bilhões. Em comparação a outras, é pequena. Mas o exigível de curto prazo é menor ainda, de cerca de 7% de toda a nossa dívida — disse o ministro, e, no balanço da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que termina em dezembro.
Recuperação de ricos será "lenta e difícil", diz Mantega
Mantega disse ainda que a recuperação dos países ricos será "lenta, difícil" e que "vai se estender por um longo tempo". E que os emergentes vão sofrer consequências da desaceleração da China.
Segundo ele, o ano de 2013 foi difícil para a maioria dos países, refletindo ainda a crise iniciada em 2008. Ele avaliou que, este ano, o cenário é de uma melhoria da economia mundial e que a maioria dos países apresentará crescimento do PIB acima de 2%.
— Nós percebemos uma recuperação gradual da economia norte-americana, mais gradual ainda da europeia. Uma recuperação lenta, difícil, que vai se estender por um longo tempo. A China apresenta sinais contraditórios, de que pode manter a taxa de crescimento em torno de 7,5% ou desacelerar um pouco, evidentemente, causando consequências, principalmente para os países emergentes — disse.
Mantega destacou ainda que o Brasil é um dos países que mais atraem investimento estrangeiro direto (IED). Ele ressaltou que, em termos de variação cambial, nos últimos seis meses, o real registrou valorização de 0,75%.
— Está mais ou menos na média dos países. Então, não podemos dizer que é o país que está mais frágil do ponto de vista do câmbio — disse, completando:
— Estamos num patamar mais razoável de câmbio, que tem tido mais estabilidade nas últimas duas semanas — afirmou o ministro, destacando que o Brasil é um dos poucos países emergentes que têm mercado futuro, o que oferece liquidez ao mercado e permite que a moeda se mova mais rapidamente.
Mantega lembrou que, neste momento, os países estão desativando os estímulos que foram utilizados no período da crise, o que causa turbulência e volatilidade no mercado mundial. Ele citou como exemplo o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que iniciou em dezembro a retirada de estímulos da economia.
Esse movimento, explicou, causa uma mudança no fluxo de capitais, com uma saída de recursos de países emergentes em direção a economias com taxas de juros mais elevadas. Na avaliação do ministro, porém, o Brasil apresenta economia sólida e está bem posicionado para fazer essa transição
— Acredito que essa turbulência é passageira, porque estamos no período de saída da crise.
Quando se acomodar, teremos crescimento gradual das economias, recuperação do mercado mundial e, portanto, o impulso para o crescimento da economia mundial — disse.
O ministro disse que a inflação começou o ano de 2014 em desaceleração e que está contribuindo para criar um cenário adequado para a reativação da economia. O ministro ressaltou que, há 10 anos seguidos, o governo federal tem mantido o índice de inflação dentro da meta, cujo teto é 6,5% ao ano.
— Em janeiro, a inflação começou desacelerando em relação a dezembro, talvez anunciando um ano mais tranquilo em termos de inflação — ressaltou o ministro.
O ministro destacou que o setor de alimentos e bebidas, que vem pressionando os preços nos últimos anos, está crescendo mais lentamente que nos anos anteriores e disse que, além do controle dos preços, o governo tem realizado uma "política fiscal sólida e consistente" mesmo em anos de crise.
Ele ressaltou que o superávit primário do ano passado - a economia para o pagamento de juros da dívida - chegou a 1,91% do Produto Interno Bruto (PIB), reduzindo a dívida líquida do setor público para 33,8% do PIB.
Mantega destacou ainda que houve uma recuperação do investimento no ano passado, com a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) crescendo acima do setor de agricultura. Ele afirmou que o investimento continuará como uma prioridade do governo brasileiro e será o carro-chefe do crescimento da economia nos próximos anos.
— No ano passado, fizemos vários leilões de concessões bem-sucedidos. Eles vão se traduzir, a partir de 2014, em obras, empregos, projetos, compras. A economia brasileira estará se movimentando, tendo um nível de investimento cada vez maior — disse.
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