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Moeda subiu forte com perspectiva menos riscos para 
crescimento dos EUA.
Dólar subiu 1,94%, a R$ 2,2205.
Após uma manhã instável, o dólar fechou em alta, acima de R$ 
2,20 nesta quarta-feira (19), depois que o Federal 
Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, decidiu manter o ritmo mensal 
de compras de ativos mas afirmou que os riscos para o crescimento da maior 
economia do mundo caíram nos últimos meses. Foi a quarta sessão consecutiva de 
alta e não houve atuação do Banco Central.
A moeda norte-americana subiu 1,94%, a R$ 2,2205, alcançando o 
maior valor desde abril de 2009, quando ficou em R$ 2,221. Também foi a maior 
alta diária desde dezembro de 2011.
Na semana, o dólar acumula alta de 3,37% e no mês, 3,65%. No 
ano, a valorização da moeda é de 8,6%.
Pouco antes da decisão do Fed, a divisa dos EUA operava em 
queda, e chegou a ser cotada a R$ 2,1675 na mínima da sessão.
Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 
US$ 3,9 bilhões. Nestes quatro últimos pregões, o dólar acumulou alta de 4,08% 
sobre o real.
Após a decisão, o chairman do Fed disse que se as projeções 
econômicas vierem da maneira esperada, o Comitê 
Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) poderá reduzir o ritmo de 
compras de ativos neste ano. Ele disse ainda que se as projeções estiverem 
corretas, o programa será encerrado em meados do ano que vem.
"O Fed trouxe projeções mais positivas e, depois, o Bernanke 
sinalizou que o Fed está se aproximando do momento de reduzir o estímulo", disse 
o estrategista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno. "Eu esperava que o 
Bernanke quisesse acalmar os ânimos do mercado sobre a redução das compras, mas 
ele indicou que o mercado está no caminho certo".
As declarações geraram turbulência nos mercados financeiros em 
todo o mundo e motivaram ampla valorização da moeda norte-americana, uma vez que 
a eventual redução das compras de bônus diminuirá a liquidez em todo o 
mundo.
Sem intervenção BC
O mercado já vinha se ajustando às expectativas de redução dos estímulos nos Estados Unidos há semanas, com altas seguidas do dólar ante o real e que trouxeram de volta as intervenções do BC, apesar de nesta quarta-feira, a autoridade monetária ter ficado de fora.
O mercado já vinha se ajustando às expectativas de redução dos estímulos nos Estados Unidos há semanas, com altas seguidas do dólar ante o real e que trouxeram de volta as intervenções do BC, apesar de nesta quarta-feira, a autoridade monetária ter ficado de fora.
"Acho que o BC deve fazer alguma coisa esses dias, não deve 
ficar olhando a banda passar", afirmou o operador de câmbio da Advanced 
Corretora Reginaldo Siaca.
Analistas destacavam que a autoridade monetária brasileira pode 
adotar intervenções mais vigorosas, como leilões de dólares à vista ou a termo, 
ou mesmo o governo adotar mais medidas, como a redução do Imposto sobre 
Operações Financeiras (IOF) para empréstimos externos de até um ano.
O BC tem atuado neste momento por meio de leilões de swap 
cambial tradicional -- equivalentes a venda de dólar no mercado futuro -- mas a 
ações não foram capazes de impedir que o dólar continuasse com sua tendência de 
alta. Só em maio, a divisa teve valorização de 7% sobre o real.
Na véspera, o presidente do BC brasileiro, Alexandre Tombini, 
havia reafirmado que a tendência do dólar no mundo era de apreciação, mas que o 
Brasil estava preparado para enfrentar "eventuais ventos contrários".
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