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Pesquisa com células-tronco nos EUA analisou lesões em 
peixes-zebra.
Insuficiência cardíaca após infarto é a 1ª causa 
de morte nos países ricos.
Cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego, nos EUA, 
analisaram o coração de peixes-zebra (Danio rerio) para 
rastrear os processos celulares que levam à regeneração cardíaca. O estudo foi 
publicado na edição desta quinta-feira (20) da revista "Nature" e envolveu o uso 
de células-tronco.
Segundo os autores, os resultados revelam um enorme potencial 
para reparação desse músculo 
após lesões nos ventrículos (câmaras inferiores do coração), como no caso de um 
infarto. Os ventrículos, em geral, são a região mais atingida durante um ataque 
cardíaco.
A insuficiência cardíaca, causada por um infarto ou arritmia 
grave, é a principal causa de morte no mundo desenvolvido, em grande parte pela 
incapacidade do coração dos mamíferos em gerar novas células e substituir o 
tecido danificado. Por outro lado, invertebrados menores, como os peixes-zebra, 
conseguem recuperar as fibras musculares dos ventrículos, chamadas 
cardiomiócitos, após uma lesão.
A pesquisa, liderada por Neil Chi e Ruilin Zhang, sugere que 
várias linhas celulares do coração desses peixes são mais capazes de se 
transformar em novos tipos de células do que se pensava anteriormente. Isso 
porque as células musculares encontradas especificamente nos átrios (câmaras 
superiores) contribuem para a regeneração dos ventrículos.
Ao longo do estudo, os cientistas conseguiram gerar uma falha 
genética nos animais capaz de causar destruição do músculo cardíaco e, em 
seguida, rastrearam os cardiomiócitos nos ventrículos e nos átrios usando 
proteínas fluorescentes.
Com uma técnica de mapeamento genético, a equipe descobriu que 
os cardiomiócitos do átrio podiam se transformar em cardiomiócitos dos 
ventrículos, em um processo chamado transdiferenciação. Isso ocorre quando uma 
célula já diferenciada e especializada sofre uma transgressão e vira outro tipo 
de célula.
Segundo Chi, ainda é preciso ver se esse mecanismo pode 
funcionar de forma semelhante em humanos. Mas, de qualquer forma, o 
trabalho abre portas para que a ciência entenda, no futuro, como esse tipo 
de regeneração pode mudar o destino do músculo cardíaco humano após um infarto, 
por exemplo.


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