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Professor em Stanford, Paul R. Ehrlich é autor de 'A bomba populacional'.
Ele dizia que milhões morreriam de fome por excesso de pessoas no mundo.
Dando asas a sua imaginação e liberdade de viver com aventura! x.___________..____________.......____________..___________.x
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O professor americano Paul R. Ehrlich, autor de
'Bomba populacional' (Foto: Divulgação)
'Bomba populacional' (Foto: Divulgação)
Mais de 40 anos depois da publicação do seu trabalho mais conhecido, Ehrlich chegou a ser questionado por "erros" em suas estimativas, mas ele mantém a defesa da gravidade da situação. "Fui otimista na época em que publiquei o livro", disse, em entrevista ao G1 às vésperas de o número de pessoas no mundo atingir 7 bilhões - quase o dobro da população global na época em que o livro foi lançado.
Policial controla presença famílias do Níger que passam fome após o governo pedir ajuda para lidar com escassez de alimentos (Foto: The New York Times)
Ehrlich nega que suas previsões tenham sido equivocadas, por tratarem de crescimento desenfreado. Mesmo que a ONU preveja atualmente uma estabilização do crescimento e até redução de população de alguns países até o fim do século, ele diz que a população atual já sobrecarrega o planeta. "Fala-se em 7 bilhões de pessoas como sendo menos do que o que esperávamos, mas não veem que estávamos certos em alguns aspectos, como a existência de um bilhão de pessoas que passam fome, ou 2 bilhões que vivem em pobreza extrema e se alimentam mal", disse.
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Na corda bamba
O pesquisador americano voltou ao tema em seu livro mais recente. Em "Humanity on a Tightrope" (Humanidade na corda bamba), ele trata da ideia de sustentabilidade com população de mais de 7 bilhões e de risco de colapso.
"Precisamos diminuir a população do mundo, ou vamos chegar ao colapso da população global. Não é possível ter sustentabilidade com aumento da população", disse.
Segundo ele, o primeiro passo para a busca pela estabilidade é a melhora na condição de vida das mulheres, para evitar filhos indesejados. Além disso, diz, é preciso reduzir o consumo global, e explorar melhor a ideia de felicidade, especialmente nos países ricos.
Apesar de indicar um caminho alternativo, Ehrlich não se diz otimista. "Quando o livro saiu, em 1968, esperávamos que as pessoas fizessem algo, mudassem o mundo, mas nada mudou além da menor taxa de fecundidade que é registrada atualmente. Temos que aprender a nos preocupar com os outros. É preciso pensar nos mais pobres, de todo o mundo, como os do Brasil, por exemplo. Precisamos pensar que todos estamos no mesmo barco e somos uma única família, que vai enfrentar os problemas junta. Sou otimista em relação ao que poderíamos fazer, não em relação ao que estamos fazendo. Não há sinais de que vamos alcançar uma situação sustentável."
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