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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Briga política ameaça futuro do centro cultural



Impasse em Avilés - Espanha

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CULTURA



Briga política ameaça futuro do centro cultural projetado por Oscar Niemeyer no Norte da Espanha



Plantão | Publicada em 11/10/2011 às 02h03m
Cristina Tardáguila 

Protestos a favor do Centro Niemeyer, em Avilés, na Espanha. Foto Divulgação / Alex Piña

||*^:-=-:^*|| RIO - Ameaçado por uma batalha política sem precedentes, o futuro do Centro Niemeyer, desenhado pelo arquiteto brasileiro em 2006 e inaugurado na cidade espanhola de Avilés em março deste ano, deve ser definido hoje numa reunião entre representantes do governo asturiano e gestores do complexo cultural. O novo governo, empossado em maio, acusa de corrupção o patronato que gere o espaço e exige mais assentos no conselho administrativo. Os diretores do centro, por sua vez, se dizem difamados e afirmam que já enfrentam dificuldades para trabalhar. Em meio à tensão, estão os 43 funcionários do complexo cultural e os habitantes da pequena cidade do Norte da Espanha, que sofreu uma verdadeira revolução econômica com a instalação do Centro Niemeyer. Caso não haja um acordo hoje, o espaço poderá ficar vazio já a partir do dia 15 de dezembro, quando expira o contrato de cessão firmado com o patronato.


Joan Pycaniol, subdiretor do Centro Niemeyer, conta, em entrevista ao GLOBO, que, nas últimas semanas, a entidade perdeu contratos para sediar congressos e precisou interromper as negociações que vinha travando com o cantor e compositor Bob Dylan para levar um show seu a Avilés em março. Pycaniol diz não saber até onde vai a disputa política nem quais serão seus efeitos. Mas admite: "Está todo mundo em pânico."


Como começou a polêmica do Centro Niemeyer?
JOAN PICANYOL: No dia 7 de setembro, um dia antes do feriadão que fazemos pelo Dia Nacional de Astúrias, o novo governo do principado, que é de direita e assumiu em maio, pondo fim a 12 anos de política socialista, convocou uma reunião surpresa com o patronato responsável pelo centro, mas não conseguiu mobilizar ninguém. É que, como o estatuto do complexo cultural prevê que só o presidente do patronato pode convocar reuniões, nem nós nem a ministra da Cultura (Ángeles González-Sinde), que ocupa uma das 16 cadeiras da entidade, nos apresentamos. Ela chegou até a classificar a convocatória como ilegal, então ficamos tranquilos. Mas deu no que deu.


Essa reunião surpresa era para tratar das irregularidades que o governo diz ter encontrado nas contas do centro?
Não! E não há qualquer irregularidade nas contas! O que aconteceu foi que, depois de não ter conseguido quórum para a reunião, o governo asturiano mandou para a imprensa uma nota dizendo que a auditoria pública tinha encontrado problemas na prestação de contas de 2007 (a entidade foi formada ainda durante a concepção do projeto). Só que, de 2007 para cá, passamos por ao menos duas auditorias - uma interna e uma externa, privada - todos os anos. E nunca fomos reprovados ou criticados.


Então a que se referem essas irregularidades citadas?
A recibos de alimentação que não indicavam quem havia sido favorecido, por exemplo. Mas foram dados que nunca tinham nos causado problemas até agora e que já foram consertados. 
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