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Caminho para vacina...
O Globo
Se der certo, o tratamento poderia salvar vidas, reduzir a pressão sobre unidades de tratamento intensivo durante epidemias e economizar muito dinheiro público aplicado em saúde. É a primeira vez que um único anticorpo se mostrou eficiente contra todas as cepas de Influenza A, o tipo mais comum e responsável por pandemias globais.
Cientistas do Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido (MRC, na sigla em inglês) trabalhando com pesquisadores suíços descobriram que o anticorpo F16 era eficiente na prevenção e tratamento da gripe em camundongos e furões. Antonio Lanzavecchia, que lidera o estudo publicado no site "Science Express", comentou:
- Acredito que ele trabalharia muito bem em humanos. Outras abordagens para desenvolver uma vacina universal que não use anticorpos são improváveis. Os anticorpos são a chave.
John Skehel, do MRC, disse que o anticorpo também poderia ser usado como um tratamento associado ao Tamiflu, medicamento que reduz a gravidade da gripe. O tratamento seria reservado para pacientes hospitalizados, mas poderia salvar vidas e reduzir a demanda por tratamentos intensivos.
- O problema com o Tamiflu é que você pode pegar resistência. Se você usá-los juntos, pode reduzir a resistência - disse Skehel.
Ele acrescentou que o anticorpo descoberto proporcionou uma "clara vantagem" em termos de desenvolvimento de uma vacina universal contra a Influenza A porque foi possível identificar o local no vírus onde o anticorpo está ligado.
Pesquisadores da Universidade Oxford anunciaram este ano que testaram uma vacina universal contra a gripe em humanos, mas que empregou um mecanismo diferente que envolvia aumentar os corpos das células T para elevar a resposta imune.
Ano passado, um grupo privado de descoberta de medicamentos anunciou que estava testando uma vacina universal contra a gripe baseada na resposta da célula T.
- Historicamente, nunca se conseguiu prever exatamente que tipo de gripe pode evoluir para uma epidemia e, como tal, foi necessário o desenvolvimento de novas vacinas a cada ano para combater os vírus diferentes. Nossa descoberta pode ajudar a desenvolver uma vacina universal - comentou Steve Gamblin, do Instituto Nacional de Pesquisa Médica do Reino Unido.
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