ECONOMIA
Martha Beck

Segundo Carstens, vir ao Brasil foi importante porque o país foi um líder da defesa de reformas dentro do FMI e acrescentou:
- Temos completa coincidência de ideias. Achamos que os emergentes souberam administrar suas políticas econômicas durante a crise e devem agora ter mais voz para influenciar o processo econômico internacional.
Mostrando um discurso afinado, Mantega e Carstens lembraram que o FMI já fez avanços nos últimos anos reconhecendo a importância de os países terem adotados políticas fiscais anticíclicas durante a crise, a estratégia de acumulação de reservas internacionais e o controle de capitais.
- Na crise, o Fundo explicitou a necessidade de se fazer política anticíclica, o que foi um avanço. Também foi aceito o princípio de elevação das reservas e a possibilidade de controle de capitais. Gostaríamos que o FMI continuasse com essa filosofia - disse Mantega.
Ambos também defenderam o fim da nacionalidade como critério para a escolha de um diretor-gerente (tradicionalmente é um europeu) e o aumento de funcionários de países emergentes dentro da estrutura do Fundo.
- O FMI tem 24 chefias de departamento e nenhum brasileiro. Nenhum mexicano também. Pleiteamos uma diretoria e uma vice-presidência. Queremos sim uma participação maior nos cargos de direção do FMI para dar maior protagonismo aos emergentes e à América Latina. Estamos fazendo um jogo claro e colocando a nossa posição em cima da mesa - disse o ministro da Fazenda, acrescentando:
- O FMI tem que estar afinado, tem que ser um espelho com o G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo).
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