Suíço Joseph Blatter foi reeleito durante o  61º
congresso da Fifa (Foto: agência Reuters)
congresso da Fifa (Foto: agência Reuters)
Nas eleições desta quarta-feira, representantes das 208 federações eram chamados em ordem alfabética pelo secretário-geral da entidade, Jêróme Valcke, de dois em dois, em uma cabine. Ao todo, foram 203 votos, o que significa que apenas cinco federações não votaram ou estiveram ausentes no evento. Duas delas, São Tomé e Brunei, não puderam participar pois não tiveram campeonatos nacionais na última temporada. Blatter se reelegeu com 186 votos, o que significa mais que 50% mais um, do total de votantes, número necessário para a vitória.
Apesar de toda a tecnologia de que a Fifa dispõe, todo o processo foi feito em papéis. Além disso, os votos foram contados um a um. Após longos minutos de silêncio, saiu o resultado que todos já esperavam: mais uma vitória do "capitão" Blatter.
- Gostaria de agradecer pela confiança. Agradeço do fundo do meu coração. Juntos teremos mais quatro anos, providos por Deus que me deu a vida, a energia e a força para continuar no caminho, fazendo nosso trabalho. Estou feliz que fomos aptos a trazer a Fifa à solidariedade, unidade, que nos possibilitou, com coragem suficiente e pensamentos positivos, caminhar em frente. Nós vamos recolocar o nosso navio no curso certo, em águas claras, transparentes. Precisaremos de algum tempo, não podemos fazer isso de um dia para o outro, mas a nossa pirâmide está intacta, porque sua fundação é sólida, tão sólida quanto o nosso jogo. Eu gostaria simplesmente de dizer que estou tocado e honrado, e agradecê-los. Mas, ao mesmo tempo, é um desafio para mim, e eu o aceito. Vamos juntos. Algo maravilhoso aconteceu aqui hoje! Vamos, vamos! Obrigado! - comemorou.
"Crise" na Fifa
Nas últimas semanas, a Fifa enfrentou uma série de denúncias e escândalos. Primeiro foram as acusações de que quatro membros do comitê executivo da entidade, entre eles o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, teriam pedido favores para a escolha da Copa do Mundo de 2018. As denúncias foram averiguadas e, segundo a Fifa, os envolvidos foram inocentados.
Pouco tempo depois, foi a vez de Mohammed bin  Hammam, presidente da Confederação Asiática de Futebol e ex-concorrente  à presidência da Fifa, e do presidente da Concacaf e vice da Fifa, Jack  Warner, serem acusados de comprarem  votos e subornar pessoas para ajudar na campanha de Hammam. Ambos acabaram  suspensos pelo comitê de ética da Fifa.
 Revoltado com a punição, Warner, que havia prometido dias antes da reunião do  comitê revelar um “tsunami” de outros escândalos, disparou denúncias. Primeiro,  acusou Blatter de ter feito uma suposta doação de US$ 1 milhão de dólares (R$  1,6 milhão) à Concacaf para, em troca, receber apoio na sua reeleição. Depois,  revelou um e-mail enviado a ele por Jérome Valcke, secretário-geral da Fifa, no  qual o dirigente fala que o Qatar comprou o direito de sediar a Copa de  2022.Valcke  negou veementemente as acusações e disse que foi mal interpretado. Blatter,  por sua vez, convocou uma coletiva na última segunda-feira e, de forma evasiva,  rebateu as denúncias dizendo que a Fifa não estava em crise (Saiba mais no  vídeo acima).
Nenhum comentário:
Postar um comentário