##= TÓQUIO - Medições realizadas nesta segunda-feira por robôs que entraram pela primeira vez em dois prédios da usina de Fukushima, no Japão, revelaram que mais de um mês após o início da crise nuclear os índices de radiação no local ainda são altos demais e impedem a entrada de trabalhadores. Autoridades disseram que os dados colhidos por robôs americanos nas unidades dos reatores 1 e 3 do complexo não alteram os planos anunciados no domingo, segundo os quais a crise só deve ser controlada em um prazo de seis a nove meses.
Os funcionários não entram nos prédios dos dois reatores desde que a usina foi danificada pelo terremoto seguido por tsunami no dia 11 de março. Explosões de hidrogênio nos dois edifícios destruíram seus telhados e espalharam radiação e destroços. Os robôs chamados Packbots, enviados pelos EUA para ajudar a conter a crise, entraram nas construções no domingo e mediram a temperatura, a pressão e a radioatividade.
Mais informações devem ser coletadas e, segundo Hidehiko Nishiyama, da Agência de Segurança Nuclear e Industrial japonesa, os índices de radiação devem ser reduzidos antes que os funcionários possam entrar nos prédios. De acordo com as autoridades, as informações vão ajudar a operadora da usina - Tokyo Eletric Power Company (Tepco) - a determinar como realizar o plano para conter a crise.
- Nós esperávamos radiação alta dentro dos prédios do reator, o que foi confirmado pelos dados coletados pelo robô - disse o chefe de gabinete do governo japonês, Yukio Edano. - Tenho certeza que os especialistas da Tepco se basearam nesses dados quando criaram o plano (para conter a crise).
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