Os cientistas que descobrem peixes, aves ou qualquer outro ser vivo desconhecido, ou aqueles que estudam os fósseis e os microorganismos, asseguram que têm cada vez mais problemas para dar nomes a suas descobertas.
A ideia revolucionária criada no fórum é a de que chegou a hora de abolir o sistema atual, inventado pelo botânico sueco Carl Linneo há 275 anos.
O sistema de Linneo divide o mundo natural em categorias precisas e nomeia as espécies com dois nomes em latim, como Homo sapiens para o homem, com grupos que se baseiam em semelhanças físicas. Os reformistas da conferência de Yale, incluindo o professor de geologia Jacques Gauthier, o biólogo Michael Donoghue, e o zoólogo Kevin de Queiroz, opinam que o sistema de Linneo foi superado.
"Simplesmente, o sistema de Linneo não está à altura da tarefa de controlar a enorme quantidade de informação que acumulamos sobre a diversidade", disse Donoghue.
Sua ideia é substituir o sistema de Linneo por algo chamado "PhiloCode". Sob o novo sistema proposto, as formas de vida ficariam catalogadas em função de seus ancestrais e de princípios darwinianos. Donoghue e seus colegas já mudaram o herbário de Yale do sistema de Linneo para o PhiloCode, e explicam que os nomes não necessariamente mudam, salvo para corrigir um novo conhecimento em matéria evolutiva.
Mas nem todos os participantes são a favor do PhyloCode. Richard Prum, de Yale, que reconstruiu as penas vermelhas, brancas e pretas de um dinossauro a partir de seus fósseis, considera que não é uma boa resposta.
"O PhyloCode não resolve o problema", diz. Prosek adverte no entanto que quando algumas espécies que considera mal nomeadas no sistema de Linneo não obtêm o reconhecimento de sua diversidade, perdem a proteção de algumas leis de conservação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário