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Emirado, que hospeda em seu território líderes do grupo palestino e uma base militar dos EUA, se escora no rótulo de interlocutor de campos divergentes.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Sandra Cohen
Postado em 25 de outubro de 2023 às 13h45m
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Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e emir do Catar, Tamim
bin Hamad Al Thani, durante um encontro em 13 de outubro de 2023, no
Catar — Foto: Jacquelyn Martin/AP
Os elogios públicos do chefe do Conselho de Segurança de Israel ao Catar refletem a influência que o emirado árabe exerce sobre o Hamas e o seu papel nas negociações para a libertação de duas centenas de reféns que estão em seu poder em Gaza.
Conforme declarou o conselheiro Tzahi Hanegbi pelas redes sociais, os esforços diplomáticos do Catar são cruciais para uma solução na devolução dos sequestrados.
Informações vazadas pela imprensa israelense dão conta de que o emirado tenta mediar um acordo para a libertação, em breve, de 50 reféns que têm cidadania estrangeira, em troca da entrada de combustível em Gaza.
Desta forma, o Hamas ganha tempo na incursão terrestre das forças israelenses em seu território e ainda tenta se descolar da comparação com o Estado Islâmico no massacre de judeus em Israel.
O governo de Benjamin Netanyahu sabe que a invasão por terra é incompatível com a libertação dos reféns, mas resiste à proposta: quer também a libertação de seus cidadãos e não apenas os que têm dupla nacionalidade. E justifica não liberar a entrada de combustível em Gaza, por entender que seria desviado para fins militares do Hamas.
“Se levarmos em conta onde começamos e onde estamos agora, há algum progresso e algum avanço. Estamos esperançosos”, admitiu o primeiro-ministro e chanceler do Catar, xeque Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, nesta quarta-feira.
Para entender o papel do Catar como mediador, é preciso explicar as intrínsecas e contraditórias relações do emirado de 500 mil habitantes com abundantes reservas de petróleo e gás e incrustado na costa noroeste da Península Arábica.
Hospeda em seu território os principais líderes políticos do Hamas e abriga a Base Aérea de Al-Udeid, sede do Comando Central dos EUA. Busca um ponto de equilíbrio em interesses diversos.
Há um ano, o Catar adquiriu o status de importante membro não aliado da Otan, mas sua marca é também a de dialogar com inimigos declarados da aliança atlântica.
No comando há dez anos da monarquia absolutista, o emir Tamim bin Hamad Al Thani tem lugar cativo na mesa de negociações de grandes potências pelo acesso a campos divergentes. De Doha saíram soluções para impasses diplomáticos.
Anfitrião de parte importante da liderança do Hamas, como o presidente Ismail Haniyeh e o ex-chefe e fundador do grupo Khaled Meshaal, o Catar destina há pelo menos cinco anos uma polpuda mesada ao território palestino, estimada em US$ 30 milhões (cerca de R$ 150 milhões), com a anuência do governo israelense.
Essas transferências têm como objetivo atenuar a crise humanitária e seriam destinadas ao pagamento de salários dos funcionários públicos do Hamas em Gaza, à doação de US$ 100 (cerca de R$ 500) a famílias palestinas carentes e ao fornecimento de combustível para gerar eletricidade no enclave.
Há uma forte suspeita, propagada por serviços de inteligência, de que parte dos fundos foram desviados pelo Hamas para suas operações contra Israel.
Haniyeh, Meshaal e outros membros do núcleo político do Hamas são sancionados como terroristas pelos EUA. Mas coube ao Catar, a pedido do próprio governo americano, a agir como mediador para obter a solução menos drástica no Oriente Médio.
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