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Todos os profissionais da área da saúde e gestores que formulam políticas públicas deveriam se aprofundar no assunto.===+===.=.=.= =---____--------- ---------____------------____::_____ _____= =..= = =..= =..= = =____ _____::____-------------______--------- ----------____---.=.=.=.= +====
Por Mariza Tavares — Rio de Janeiro
Postado em 07 de junho de 2022 às 09h10m
#.*Post. - N.\ 10.356*.#
“A área da medicina, que goza de tanta influência na sociedade, tem se engajado pouco para promover a escolha de hábitos de vida saudáveis”, enfatiza artigo publicado no fim de maio na revista científica “American Journal of Lifestyle Medicine”. De acordo com o texto, todos os médicos – e, por minha conta, incluo os gestores e formuladores de políticas públicas – deveriam estar cientes dos benefícios de uma dieta à base de plantas para enfrentar seis problemas: excesso de peso, doença coronariana, câncer, diabetes, Alzheimer e Covid-19.
A médica Saray Stancic, autora de “What´s missing from medicine: six
lifestyle changes to overcome chronic illness” (“O que está faltando na
medicina: seis mudanças no estilo de vida para superar doenças
crônicas”) — Foto: Divulgação
“A consequência desse baixo engajamento se reflete nos números crescentes de doenças crônicas, especialmente obesidade e diabetes”, afirmou a médica Saray Stancic, que assina o texto com outros dois colegas e é autora de “What´s missing from medicine: six lifestyle changes to overcome chronic illness” (“O que está faltando na medicina: seis mudanças no estilo de vida para superar doenças crônicas”). Ela sabe do que fala: em 1995, foi diagnosticada com esclerose múltipla e, em 2003, precisava de uma bengala para se locomover. Tinha restringido ao máximo suas atividades, porque sofria com os efeitos colaterais dos medicamentos. Depois de mudar seus hábitos e adotar uma dieta à base de grãos, legumes, verduras e frutas, conseguiu se livrar dos remédios e chegou a correr uma maratona em 2010!
O blog já apresentou, em diversas ocasiões, aspectos da medicina de estilo de vida, que se baseia em seis pilares: alimentação, atividade física, sono, manejo do estresse, relacionamentos saudáveis e controle de tóxicos – de álcool a cigarro, passando por automedicação. Para os autores do artigo, as faculdades de medicina oferecem “um número anêmico de aulas sobre a importância da educação alimentar”. Citam, inclusive, pesquisa realizada com mais de 600 cardiologistas: 90% relataram não ter recebido qualquer treinamento na área de alimentação durante sua formação. Embora ninguém espere que médicos se tornem experts em nutrição, o ideal é que tivessem informações sobre o impacto positivo de uma dieta à base de plantas em seis condições de saúde, a saber:
- Obesidade e perda de peso: estudo com 70 mil pessoas descobriu que aquelas que seguiam uma dieta vegana pesavam, em média, quatro quilos a menos do que os não adeptos desse tipo de alimentação. Além disso, seu risco de morte era menor.
- Doença cardiovascular: produtos de origem animal são ricos em gordura saturada e colesterol, que são fatores de risco. Em compensação, seguidores de uma dieta vegetariana têm um decréscimo de 13 mg/dl do LDL, o “mau” colesterol. Quem não come carne também tem 24% a menos de chance de morte por doença cardíaca, em comparação com os onívoros, que comem de tudo.
- Câncer: a adoção de hábitos saudáveis, o que inclui atividade física e consumir grãos, verduras e frutas, tem o potencial de reduzir o risco de câncer de mama entre 50% e 70%. Enquanto dietas com muitos derivados de leite aumentam as chances de câncer de próstata, as ricas em fibras diminuem o risco de câncer colorretal.
- Diabetes: estudo realizado na Universidade Harvard concluiu que aqueles que consumiam uma dieta à base de plantas baixavam o risco de diabetes tipo 2 em 34%.
- Alzheimer: a dieta mediterrânea, ancorada em comidas “boas para o cérebro”, como folhas verdes, feijões, grãos integrais e castanhas, pode reduzir em até 60% o risco de desenvolver a doença.
- Covid-19: também realizado por Harvard, levantamento feito via smartphones mostrou que indivíduos cuja alimentação era “plant-based” tinham uma redução de 41% do risco de desenvolver a forma mais séria da enfermidade.
A doutora Stantic fará uma apresentação intitulada “O que todo médico precisa saber sobre nutrição”, numa conferência internacional que ocorrerá em agosto em Washington, e encabeça o recado: “está na hora de todos os médicos do planeta abordarem a importância de uma alimentação saudável, além de outros bons hábitos. Eles podem aconselhar pacientes, exigir cardápios saudáveis nos hospitais e utilizar as redes sociais para propagar essas ideias”.
A doutora Stancic em campanha contra a oferta de fast food em hospitais — Foto: Divulgação
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