Com a reabertura dos estabelecimentos, cada indivíduo se torna mais responsável ela sua segurança e segurança das pessoas a sua volta, defendeu Tedros Adahnon nesta quinta (23).
Por G1
23/07/2020 12h33 Atualizado há 1 horas
Postado em 23 de julho de 2020 às 13h40m
A Organização Mundial da Saúde (OMS)
alertou nesta quinta-feira (23) que, diante das flexibilizações e
abertura dos países infectados pelo coronavírus, aumenta a
responsabilidade de cada pessoa para ajudar a barrar a transmissão do
vírus.
"Não voltaremos ao antigo normal. A pandemia já alterou a forma como
levamos a vida", iniciou sua fala o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom
Ghebreyesus.
Tedros pediu que as pessoas não esperem somente que outros cuidem da
sua segurança pessoal diante da ameaça do vírus, é preciso tomar
decisões sábias e responsáveis neste momento.
"Onde vão, o que fazem e com quem se encontram devem ser encarados como decisões de vida e morte", disse o diretor-geral. "Suas escolhas podem fazer a diferença entre a vida e a morte para um ente querido ou para um estranho."
"Conhece o número de casos relatados na sua região? Sabe onde
encontrá-los?", questionou Tedros. "Está higienizando suas mãos
frequentemente? Está seguindo as recomendações das autoridades locais?"
Dando como exemplo os jovens que já se mobilizam em torno das causas
ambientais e raciais, Tedros pediu que os jovens se mobilizem em torno
da garantia da saúde como um direito humano. "Precisamos que os jovens
comecem um movimento global em torno da saúde", pediu.
"Até pouco tempo atrás, era mais ou menos cada um por si"
Américas
A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Carissa F.
Etienne, informou na terça-feira (21) que, por causa da situação da
saúde da população das Américas, a região é mais suscetível aos casos
graves da Covid-19.
"Por meio de dados mais detalhados, aprendemos que algumas pessoas são
mais propensas a adoecer do que outras. Pesquisas mostram que condições
como diabetes, doenças renais e hipertensão, e doenças infecciosas como
HIV e tuberculose, aumentam o risco da Covid-19 grave. Infelizmente,
muitas dessas condições médicas são comuns nas Américas, o que deixa
nossa região mais vulnerável a doenças graves”, disse Etienne.
De acordo com a diretora da Opas, 3 de cada 10 pessoas nas Américas,
cerce de 325 milhões de pessoas, são mais vulneráveis a apresentar casos
graves da Covid-19 por terem doenças e condições associadas, como
diabetes, doenças cardíacas e obesidade. Somente na América Latina e
Caribe, são 186 milhões de pessoas mais vulneráveis à infecção.
A Organização reforçou que as pessoas de 15 a 64 anos não são imunes,
além de muitos nesta faixa etária viverem com uma ou mais condições de
saúde pré-existentes, e que homens têm 2 vezes mais chances que as
mulheres de apresentarem as formas mais graves do coronavírus.
"Adultos em idade ativa - pessoas de 15 a 64 anos - não são imunes, e muitos vivem com uma ou mais condições de saúde pré-existentes. Diabetes e doença renal crônica, em particular, são especialmente prevalentes entre as populações adultas [das Américas]", informou Etienne.
Tais dados sobre a vulnerabilidade da população das Américas frente à
Covid-19 foram levantados em parceira com a Escola de Higiene e Medicina
Tropical de Londres, no Reino Unidos. A parceria permitirá que a Opas
desenvolva um modelo adaptado sobre o enfrentamento do coronavírus na
região, considerando as características de saúde da população, segundo
Etienne.
Ainda durante a coletiva, o membro da Opas, Sylvain Aldighieri, voltou a
falar da cloroquina, informando que a organização não recomenda o uso
do medicamento no tratamento da Covid-19.
Pandemia não desacelera nas Américas
Ainda na segunda, a Opas informou que a pandemia continua acelerando
nas Américas e poucos países conseguiram diminuir a curva de
transmissão.
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"A pandemia não mostra sinais de desaceleração em nossa região. Na
última semana, foram registrados quase 900 mil novos casos e 22 mil
mortes, a maioria no Brasil, México e Estados Unidos", disse Etienne.
Segundo a Opas, a região das Américas contabilizaram 7,7 milhões de casos e 311 mil mortes.
Representante da Opas diz que vírus não respeita raça, cor ou pessoas poderosas
CORONAVÍRUS
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