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Tiveram os maiores recuos Amazonas, Paraná, Pernambuco e Ceará.
Considerando todas as regiões, indústria registrou baixa de 1,4%.
Considerando todas as regiões pesquisadas,
indústria mostrou queda de 1,4% em junho
(Foto: Reprodução/GloboNews)
indústria mostrou queda de 1,4% em junho
(Foto: Reprodução/GloboNews)
As maiores retrações partiram dos parques fabris do Amazonas (-9,3%), do Paraná (-7,5%), de Pernambuco (-7,4%) e do Ceará (-5,4%).
Em média, no sexto mês do ano, a atividade industrial registrou baixa de 1,4% frente ao mês anterior, a maior desde dezembro de 2013 nesse tipo de comparação.
Frente a junho do ano anterior, a queda foi ainda maior, de 6,9%. Segundo a pesquisa, foi o recuo mais forte desde setembro de 2009, quando o índice teve baixa de 7,4%. Os feriados em razão da Copa do Mundo neste ano influenciaram os
resultados.
Período de comparação | Variação média da produção |
---|---|
Junho 2014 / maio de 2014 | -1,4% |
Junho de 2014 / junho de 2013 | -6,9% |
Acumulado de janeiro a junho | -2,6% |
Acumulado nos últimos 12 meses | -0,6% |
Na sequência, entre as baixas, aparecem os números da região Nordeste (-4,4%), de Santa Catarina (-4,0%), do Rio Grande do Sul (-2,3%), do Pará (-2,0%) e de Minas Gerais (-1,7%). Caíram menos do que a média, de 1,4%, Bahia (-1,1%) e São Paulo (-1,0%).
Apesar da queda generalizada, outros locais mostraram avanço na produção: Rio de Janeiro (5,4%), Espírito Santo (3,5%) e Goiás (0,4%).
Na contramão, a indústria do Pará cresceu 6,7% nessa base de comparação, "impulsionado em grande parte pelo comportamento positivo vindo do setor extrativo (minérios de ferro em bruto)". Também tiveram resultados positivos Espírito Santo (4,1%) e Goiás (3,3%).
Em 12 meses, dez dos locais pesquisados apontaram taxas positivas, mas em menor intensidade que no mês anterior. As principais desacelerações foram verificadas no Rio Grande do Sul (de 4,3% para 2,4%), na Bahia (de 1,7% para -0,2%), no Paraná (de 1,7% para 0,3%), no Ceará (de 6,1% para 4,7%), no Amazonas (de 6,0% para 4,8%), Região Nordeste (de 2,2% para 1,0%) e São Paulo (de -0,7% para -1,8%). Pará (de 8,2% para 9,1%) e Espírito Santo (de -3,8% para -2,9%) mostraram os avanços entre os dois períodos.
Produção de veículos no Brasil cai 20,5% em julho ante 2013, diz Anfavea
Indústria produziu 252,6 mil unidades no mês passado.
Acumulado nos primeiros 7 meses do ano apresenta queda de 17,4%
Produção de veículos tem queda no ano
(Foto: Reprodução/TV Globo)
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Foram produzidas 252,6 mil unidades, o pior resultado para o mês desde 2006, quando foram feitas 202,9 mil. Em julho do ano passado, a indústria montou 317,9 mil veículos.
Em relação a junho, que alcançou 215,9 mil, o país produziu 17% unidades a mais.
Mesmo com a retomada, o acumulado nos primeiros 7 meses do ano apresenta queda de 17,4%, com 1,82 milhão de unidades, ante o mesmo período do ano passado, que atingiu 2,2 milhões de veículos.
No mês passado, as montadoras conseguiram reduzir os estoques de 45 dias para 39 dias de vendas, fechando o mês com 382,6 mil unidades nos pátios. “Ainda é um número inadequado para o nosso setor”, ressaltou Moan. Por causa do estoque alto, a produção segue defasada em 3,2% ante a média do primeiro semestre de 2013.
Houve um clima de pessimismo exagerado, uma quebra de confiança do consumidor
Luiz Moan, presidente da Anfavea.
A produção de 1,82 milhão de veículos no Brasil entre janeiro a julho é a menor desde 2009, quando foram montadas 1,69 milhão de unidades. Os números acompanham a queda de 8,6% nos licenciamentos, de 2,14 milhões no mesmo período de 2013 para 1,96 milhão neste ano. Para o presidente da Anfavea, o baque no setor decorre de um "pessimismo exagerado" do consumidor brasileiro.
"O que tivemos foi uma queda muito grande e não esperada dos indicadores de confiança no mercado, que provocou quase um efeito dominó nos demais indicadores, gerando uma insegurança muito grande.
Em março deste ano, a expectativa era de uma Copa tumultuada. A partir daquele mês houve um clima de pessimismo exagerado, uma quebra de confiança do consumidor, aliado à seletividade maior do crédito", explicou.
A crise na Argentina ainda é o principal motivo de diminuição das exportações de veículos do Brasil, já que o país vizinho é o destino de cerca de 75% dos modelos que saem montados das plantas nacionais.
Entre janeiro e julho, foram exportadas 204 mil unidades no total, ante 316 mil no mesmo período de 2013 (queda de cerca de 35%). Embora o volume tenha crescido 40% de junho para julho, de 24 mil para 34 mil, tanto a Anfavea como o governo brasileiro buscam alternativas para alavancar as exportações.
"Temos uma integração produtiva com a Argentina. O Brasil exporta e importa basicamente os mesmos valores. De janeiro a junho foram US$ 3,7 bilhões exportados e US$ 3,6 bilhões importados. Independente dessa situação conjuntural da Argentina, já estamos trabalhando na expansão de acordos de comércio.
Economias com produção integrada podem negociar juntas com novos mercados. Argentina e Brasil vão procurar outros países como clientes, em um primeiro momento dentro da América do Sul, depois no continente africano", disse Moan.
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