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Após 64 anos, Rio volta a receber uma final de Copa do Mundo.
G1 entrevistou jornalista e historiador para visitar a história do Maracanã.
Andaimes seguravam a cobertura do Maracanã, em 1950 (Foto: Divugação / Suderj)
Há 64 anos, não havia "Padrão Fifa" rigoroso, nem greve de rodoviários, e a maior preocupação da polícia era coibir a venda de laranjas no entorno dos estádios, usadas como "arma" durante as partidas de futebol. O G1 conversou com um jornalista e um historiador e viajou no tempo para saber as semelhanças e diferenças entre os dois mundiais realizados no Brasil.
"O hábito de chupar laranjas era muito comum nos estádios. O bagaço, muitas vezes, era devidamente utilizado para protestos, apupos e coisas similares. Pelo menos até a década de 1980 os vendedores de laranja faziam a festa na entrada do Maracanã. A laranja lima era a preferida dos torcedores", explica o historiador Luiz Antônio Simas.
Naquela época, ir a uma partida de futebol merecia traje de gala. Bermudas e calças curtas, nem pensar. A vestimenta era paletó, sapatos e chapéu. Em 1950, o Rio era a mais importante das seis cidades-sede do Mundial e o Maracanã era um monumento à ambição brasileira. Quem não conseguia ingressos para os jogos, tinha que se contentar em sintonizar a partida na frequência AM ou ver com atraso nos cinemas.
"Restava mesmo a rádio. A Nacional, maior da época, transmitiu os jogos, com Antônio Cordeiro, Jorge Cury e Luiz Mendes. Impressiona o silêncio no fim da partida, com a derrota da Seleção para os uruguaios. Os cinemas passavam os jogos dois ou três dias depois", diz Simas.
Maracanã em 2014, muito diferente do palco da Copa do Mundo de 1950 (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)
Rombos no orçamento e atrasos nos prazos. Tudo o que vem marcando a organização da Copa de 2014 também se fez presente, em menor escala, na primeira edição do torneio no Brasil.
Maracanã foi palco da final da Copa do Mundo em
1950 (Foto: Divugação / Suderj)
1950 (Foto: Divugação / Suderj)
Era preciso, pois eles seguravam a cobertura do estádio, que ainda não tinha secado completamente. A obra era orçada, inicialmente, em 150 milhões de cruzeiros, mas passou de 230 milhões de cruzeiros [R$ 410 milhões]", conta o jornalista Diego Salgado, um dos autores do livro "1950: O Preço de uma Copa".
O impacto das intervenções urbanas em 1950 foi bem menor do que em 2014. Naquela época, a cidade tinha pouco mais de 2 milhões de habitantes. Hoje em dia, esse número é três vezes maior.
"A Barra da Tijuca [Zona Oeste do Rio], por exemplo, era um areal ainda quase virgem [a primeira ponte sobre a lagoa da Tijuca, facilitando a chegada ao bairro, só foi erguida em 1939], que somente naquela década de 1950 começou a ter seus planos de ocupação embrionariamente pensados. O impacto do turismo era quase nulo [fala-se em 50 mil], com os jogos sendo vistos majoritariamente pelos cariocas. A relação hoje é inversa", explica Simas.
Em 64 anos, tristes semelhanças
Dentre os problemas urbanos mais crônicos da cidade há 64 anos, nem todos mudaram. O historiador cita o fornecimento de serviços públicos, a falta d'água, o sistema de energia precário e as enchentes, que atazanavam a vida dos cariocas.
Alguns críticos, segundo Simas, reclamaram do local escolhido para a construção do Maracanã, justamente por conta dos alagamentos nos arredores da Praça da Bandeira, na Zona Norte do Rio. Trens, ônibus e linhas de bonde eram os meios de transporte mais utilizados para chegar ao estádio.
Entorno do Maracanã, em 1950, muito diferente do estádio em 2014 (Foto: Divugação / Suderj)
Há quem diga que ir a jogo de futebol é "programa de índio". Tudo por conta da insegurança no entorno, ausência de estacionamentos, flanelinhas, entre outras causas que acabam ficando pequenas diante da paixão pela bola.
De acordo com Simas, o responsável pelo serviço de trânsito em 1950, o major Geraldo Menezes Cortes, utilizava um método curioso. Ele dava ordens para que os carros estacionados irregularmente tivessem os pneus furados, sem clemência. “Parece que funcionou”, diz.
Na final de 50, nos momentos que precederam o trágico "Maracanaço" e antes de o goleiro Moacir Barbosa carregar injustamente por décadas a culpa pelo fracasso da seleção, houve confusão por falta de organização na venda de ingressos. "Foi um estouro de boiada.
Não há quem saiba o número certo de presentes na final, já que o afluxo de público levou à liberação das roletas, diante do medo de uma tragédia sem precedentes [no jogo Brasil x Espanha acontecera a mesma coisa]. Algo, admitamos, inimaginável com os salamaleques para compra e venda de ingressos que a Fifa hoje controla", afirma.
Todos os 11 jogadores da seleção brasileira de 1950 sonhavam em simplesmente ser reconhecidos como vice-campeões. (Foto: GloboNews/Rodrigo Bodstein)
O jornalista Diego Salgado conta que houve um registro de revolta após a derrota do Brasil. "A maioria das pessoas ficou em silêncio, atônita com o resultado. Há um registro de revolta: o busto do prefeito Ângelo Mendes de Moraes foi derrubado – ele havia sido inaugurado junto com o estádio, ficava no portão de entrada.
O Maracanã levava o nome do prefeito [ele foi importante para a construção]. No começo da década de 1960, o estádio passou a se chamar Jornalista Mário Filho".
Neste ano, o Maracanã voltará a ser palco da final da Copa do Mundo e como diria Nelson Rodrigues, orgulhoso ao afirmar em uma de suas crônicas esportivas, "O grande sol do escrete". "Nós somos maiores, porque somos Brasil, imensamente Brasil, eternamente Brasil".
Maracanã será palco da final da Copa de 2014 (Foto: Delmiro Júnior / Futura Press / Estadão Conteúdo)
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