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Sedãs ‘básico’ e topo de linha são avaliados na pista de
Interlagos.
Marca de luxo inglesa entra em nova fase e investe
no mercado brasileiro.
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A ruptura do conceito de que a marcas inglesas de luxo são
reservadas a um público extremamente restrito dentro da também limitada classe A
é o desafio da Jaguar nos próximos anos. A marca, hoje
sob administração do grupo indiano Tata, quer aumentar sua participação de
mercado em todo o mundo e, assim, fugir de abalos financeiros. Exemplo disso é o
Jaguar XF, que estreia no Brasil com motor 2.0 do Evoque por R$ 224.900, e não
deixa de lado o padrão de requinte visto no sedã topo de linha XJ, que não sai
por menos de R$ 540 mil.
O XF tem ainda uma opção equipada com motor 3.0 V6 Supercharged
de 340 cavalos (a partir de R$ 314.900), mas o objetivo da avaliação foi
contrapor as características da opção de entrada da marca com a topo de linha,
no segmento de sedãs. O G1 pôde conferir o
desempenho dos carros no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, onde é possível
expôr ao máximo a capacidade de cada modelo.
Jaguar XJ
O
primeiro a entrar na pista foi o XJ. O sedã é aquele típico “barco” para
empresário esticar as pernas no banco de trás e curtir a amplitude proporcionada
pelo teto-solar panorâmico, enquanto o motorista o conduz. Porém, neste modelo
leva vantagem quem vai ao volante ou no banco de passageiro dianteiro. Quem tem
em mente levar uma vida de banco traseiro, vai notar que ele oferece recursos
limitados — não tem compartimento, por exemplo, para acomodar garrafas de bebida
geladas, como tem um Mercedes-Benz S 400 Hybrid.
Outro detalhe pouco caprichado foi o compartimento para
jornais, revistas ou tabletes na parte de trás do encosto dos bancos dianteiros.
O sistema utiliza fitas elásticas, que quebram completamente o requinte do fino
couro que reveste toda a parte interna, de portas a volante.
A compensação vem pelas telas independentes de 8 polegadas
independentes, dispostas no encosto de cabeça dos bancos dianteiros. Elas
complementam a tela de 12,3 polegadas sensível ao toque localizada no console
central. O sistema de som é Meridian com 825W, com 20 alto-falantes e
conectividade com USB, Bluetooth, CD e DVD.
Jaguar XJ tem tela de 12,3 polegadas
sensível ao toque (Foto: Caio Kenji/G1)
Sobre a sensação ao dirigir, o carro traz todo o conforto
possível ao motorista, a começar pelo posicionamento do banco. Ele garante boa
visibilidade e o amplo espaço interno dá liberdade a movimentos de braços e
pernas. O motorista só tem que tomar cuidado com “pé pesado”: o pedal do
acelerador é bem sensível ao pedir força ao motor V8 5.0 a gasolina Supercharged
de 510 cavalos de potência e 63,7 kgfm de torque.
Jaguar XJ tem câmbio automático de
oito velocidades
(Foto: Caio Kenji/G1)
(Foto: Caio Kenji/G1)
O câmbio é automático de oito velocidades com opção de trocas
sequenciais no volante. A combinação leva o sedã de 0 a 100 km/h em 4,9
segundos. A velocidade máxima é limitada eletronicamente em 250 km/h.
Mas as medidas do carro atrapalham o sedã, especialmente em
deslocamentos no trânsito, onde tem que mudar de faixa constantemente. Ele tem
de peso bruto 2.390 kg, distribuídos em 5,12 m de largura, sendo 3 m de
distância entre-eixos, 1,44 m de altura e 2,11 m de largura considerando os
espelhos retrovisores.
Jaguar XF
Engana-se quem subestimar o XF por seu preço “inferior”. Acabamento e conforto são dois aspectos que a Jaguar não abriu mão — inclusive a bolsa no encosto do banco tem solução melhor do que a do XJ. Tirando o couro marrom da unidade testada, o sedã mostra um ar revigorante ao clássico, de maneira a deixa-lo mais jovial.
Engana-se quem subestimar o XF por seu preço “inferior”. Acabamento e conforto são dois aspectos que a Jaguar não abriu mão — inclusive a bolsa no encosto do banco tem solução melhor do que a do XJ. Tirando o couro marrom da unidade testada, o sedã mostra um ar revigorante ao clássico, de maneira a deixa-lo mais jovial.
O que ajuda muito a dar tal impressão estética é o acabamento
interno em fibra de carbono, que recebe ainda um “jovem” sistema de som Meridian
com 11 alto-falantes e 380 W de potência com conectividade para iPod, USB, CD,
DVD, Bluetooth e, de grande relevância, GPS integrado — algo que muito carro de
luxo não tem. Externamente, destaque para as rodas de liga leve de 18 polegadas,
nesta versão 2.0 (a 3.0 leva rodas de 19’’).
Jaguar XF 2.0 chega ao Brasil por R$
224.900 (Foto: Caio Kenji/G1)
Mas a grande sacada deste carro é o motor, o 2.0 GTDI turbo de
240 cavalos de potência e 34,6 kgfm entre 2.000 rpm e 4.000 rpm de torque em
conjunto com o novo câmbio ZF automático de 8 velocidades com opção de trocas
manuais no volante. Ele é o mesmo que equipa o Evoque, portanto, só pela escala
de produção já diminuiu muito o custo para a montadora chegar a tal preço. Fora,
isso as novas tecnologias permitem que o motor tenha um desempenho acima da
expectativa — considerando que o sedã é mais leve e menor do que o XJ.
Apesar de ser a opção de entrada, o
sedã XF garante conforto e luxo no acabamento (Foto: Divulgação)
No circuito de Interlagos, ficou nítido que o carro tem fôlego
para “brincar” de correr e estabilidade acima do normal para um sedã. De
qualquer forma, ele conta com sistemas eletrônicos para não perder o rumo. A
condução, assim, é bem prazerosa, com destaque para o câmbio de trocas
imperceptíveis. Por ser menor e pela posição de dirigir, a sensação de domínio
do condutor sobre o carro é bem maior do que no XJ.
Conclusão
Sem considerar o valor, colocando os dois modelos lado a lado, quem leva vantagem é o XF, mesmo com motor inferior. O modelo traz mais recursos modernos e mais leveza ao ainda clássico status visual da Jaguar. Fora isso, a posição de dirigir é muito mais confortável. Para completar o conjunto, é o modelo mais “em conta” da marca, o que lhe rende um status de bom custo-benefício dentro da exigência de um público tão restrito.
Sem considerar o valor, colocando os dois modelos lado a lado, quem leva vantagem é o XF, mesmo com motor inferior. O modelo traz mais recursos modernos e mais leveza ao ainda clássico status visual da Jaguar. Fora isso, a posição de dirigir é muito mais confortável. Para completar o conjunto, é o modelo mais “em conta” da marca, o que lhe rende um status de bom custo-benefício dentro da exigência de um público tão restrito.
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