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- Santa Sé nomeia o advogado alemão Ernst von Freyberg para a presidência
- Freyberg é presidente de uma empresa de navios de guerra
- Indicação pegou imprensa italiana de surpresa, que apostava no belga Bernard De Corte
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O advogado dividirá sua nova função com a de presidente da Companhia de Navegação Alemã Blohm-Voss. A empresa de reparação de navios de cruzeiro também constrói navios de guerra, segundo o site do grupo Blohm-Voss.
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, saiu em defesa de Freyberg.
- Não sei se fazem barcos de guerra, o que tenho certeza é que ele é uma pessoa competente. Organiza peregrinações a Lourdes e é um membro da ordem de Malta - afirmou. - A atividade fundamental do grupo Blohm-Voss é a transformação e reparação de navios de cruzeiro e atividades para a indústria que opera em alto mar, assim como a construção de iates. Atualmente faz parte de um consórcio que construiu quatro fragatas para a marinha alemã - acrescentou.
Freyberg, de 58 anos, deve ser a última nomeação do líder da Igreja. Católico devoto, o advogado não é amigo pessoal do Papa.
- O papa não o conhece pessoalmente, conhece a sua família, mas não teve qualquer intervenção na nomeação - disse Lombardi.
Formado em Direito pela Universidade de Bona, Freyberg é um advogado de negócios conhecido na Alemanha, cofundador e diretor da DC Advisory Partners. Durante sua juventude, trabalhou em Londres e em Nova York como analista de uma empresa do Bemberg Group. Casado, Freyberg é um dos líderes do braço alemão da Ordem Soberana e Militar de Malta, uma antiga organização internacional humanitária católica, que na semana passada comemorou seu aniversário de 900 anos, em Roma.
O Vaticano afirmou em comunicado que Freyberg traz “uma experiência vasta de assuntos financeiros e no processo de regulação financeira” e que o Papa manifestou seu “pleno consentimento” com a nomeação. O alemão, no entanto, terá o desafio de assumir o comando de uma instituição desgastada por sucessivos escândalos financeiros. Desde maio do ano passado, o posto estava vago, após o afastamento do então presidente, Ettore Gotti Tedeschi.
Em 2010 a polícia italiana lançou uma investigação contra Tedeschi por lavagem de dinheiro, que alegou ter sido vítima por querer mais transparência no banco.
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