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Isadora Peron, de O Estado de S. Paulo
ATENÇÃO: “Você foi eleito graças a algumas manobras eleitoreiras, como pagar churrascos e fazer showmícios nas favelas, onde você prometeu um monte de coisas, que não são nem da sua alçada. Mas… E daí? Você tá de olho é no salário, nos cargos e, principalmente, nos contratos”.
O aviso, nu e cru, aparece assim que você começa a jogar o “Roba Roba“, game lançado nesta quinta-feira,19, no Facebook pela empresa PlayerUm. A ideia é mostrar a carreira de um político corrupto. Na primeira fase, você é um vereador. Na segunda, deputado estadual. E assim sucessivamente até chegar ao ápice: a cadeira da presidência do Senado.
Para passar de fase, e, consequentemente, subir na vida, é simples. O jogador precisa “desviar” dinheiro e fugir dos “inimigos” que irão tentar detê-lo: a imprensa, a Justiça, o povo e a temida Polícia Federal.
O design do jogo lembra o antigo Pac-Man. Quanto mais dinheiro o jogador embolsar, mais antitroféus vai ganhar: menos hospitais, menos escolas, menos estrada, isto é, cada vez menos investimentos na cidade porque os recursos estão todos com destino certo, a corrupção.
O Roba Roba não é o primeiro jogo de cunho político que a empresa lança. Durante o segundo turno das eleições de 2010, eles criaram o “Tamatocracia”. O objetivo era acertar tomates nos então candidatos à Presidência: a petista Dilma Rousseff e o tucano José Serra. Foram mais de 1 milhão. No ano passado, após inúmeros bueiros explodirem no Rio, eles criaram o “Desafio Rio Boom-eiro”, cujo objetivo era caminhar pela cidade maravilhosa sem ser acertado.
Segundo um dos sócios da PlayerUm, Rubens Blajberg, a empresa costuma aproveitar fatos que estão em evidência para fazer games que satirizam a realidade. Desta vez, no entanto, foi diferente: “Infelizmente, a corrupção está sempre acontecendo. Então a gente nem precisou esperar pelo timing, foi só ter a ideia e montar o jogo. E aí coincidiu com o escândalo do Cachoeira agora, mas poderia ter sido com qualquer outro”, afirmou Blajberg, fazendo referência ao caso do contraventor Carlinhos Cachoeira, cuja CPI foi criada nesta quinta no Congresso.
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ATENÇÃO: “Você foi eleito graças a algumas manobras eleitoreiras, como pagar churrascos e fazer showmícios nas favelas, onde você prometeu um monte de coisas, que não são nem da sua alçada. Mas… E daí? Você tá de olho é no salário, nos cargos e, principalmente, nos contratos”.
O aviso, nu e cru, aparece assim que você começa a jogar o “Roba Roba“, game lançado nesta quinta-feira,19, no Facebook pela empresa PlayerUm. A ideia é mostrar a carreira de um político corrupto. Na primeira fase, você é um vereador. Na segunda, deputado estadual. E assim sucessivamente até chegar ao ápice: a cadeira da presidência do Senado.
Para passar de fase, e, consequentemente, subir na vida, é simples. O jogador precisa “desviar” dinheiro e fugir dos “inimigos” que irão tentar detê-lo: a imprensa, a Justiça, o povo e a temida Polícia Federal.
O design do jogo lembra o antigo Pac-Man. Quanto mais dinheiro o jogador embolsar, mais antitroféus vai ganhar: menos hospitais, menos escolas, menos estrada, isto é, cada vez menos investimentos na cidade porque os recursos estão todos com destino certo, a corrupção.
O Roba Roba não é o primeiro jogo de cunho político que a empresa lança. Durante o segundo turno das eleições de 2010, eles criaram o “Tamatocracia”. O objetivo era acertar tomates nos então candidatos à Presidência: a petista Dilma Rousseff e o tucano José Serra. Foram mais de 1 milhão. No ano passado, após inúmeros bueiros explodirem no Rio, eles criaram o “Desafio Rio Boom-eiro”, cujo objetivo era caminhar pela cidade maravilhosa sem ser acertado.
Segundo um dos sócios da PlayerUm, Rubens Blajberg, a empresa costuma aproveitar fatos que estão em evidência para fazer games que satirizam a realidade. Desta vez, no entanto, foi diferente: “Infelizmente, a corrupção está sempre acontecendo. Então a gente nem precisou esperar pelo timing, foi só ter a ideia e montar o jogo. E aí coincidiu com o escândalo do Cachoeira agora, mas poderia ter sido com qualquer outro”, afirmou Blajberg, fazendo referência ao caso do contraventor Carlinhos Cachoeira, cuja CPI foi criada nesta quinta no Congresso.
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