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Publicada em 21/10/2011 às 21h36m
O Globo (ciencia@oglobo.com.br)Scott, por sua vez, embora não tenha chegado na frente, teve parte de seu avanço pela Antártica acompanhado pelo fotógrafo Herbert Ponting. Essas imagens estão, desde ontem, expostas na Galeria da Rainha do Palácio de Buckingham.
Famintos e exaustos, Scott e seus companheiros morreram em março de 1912, ainda tentando sair do Polo Sul. Ponting voltou ao Reino Unido um mês antes convicto de que seu material era o inédito registro de um feito histórico único e que, portanto, valeria muito dinheiro. A derrota dos compatriotas fez seu portfólio ser praticamente ignorado, e o fotógrafo morreu quase esquecido em 1935, em Londres.
Agora, entre as comemorações pelo centenário da conquista do Polo Sul, Ponting tem finalmente seu esforço reconhecido. Mesmo com um equipamento primitivo e condições precárias do trabalho, o fotógrafo fez imagens cuja qualidade e impacto perduram até hoje. Com isso, demonstra a majestade e as ameaças de uma região até então completamente selvagem.
Usando fotografias da coleção real, "The Heart of the Great Alone" (em tradução livre, "O coração do grande solitário") honra não apenas Ponting, como também o australiano Frank Hurley, que fotografou a tentativa de Ernest Shackleton de cruzar a Antártica em 1914.
Entre os mais comoventes registros da exposição estão fotos feitas em janeiro de 1912 que mostram o desespero da equipe de Scott ao constatar que Amundsen o vencera na disputa heróica.
- Quando você observa o rosto daqueles cinco derrotados, feridos pelo frio, as lágrimas vêm na hora - conta David Hempleman-Adams, um dos principais exploradores britânicos. - Acredito que, se eles tivessem sido os primeiros a atingirem o Polo Sul, provavelmente sobreviveram à jornada de volta.
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