Publicada em 03/08/2011 às 23h16m
ECONOMIA --\-- NOTÍCIASBruno Villas Bôas ||+//-\\+|| RIO - Com mais um dia de baixas pelo mundo, os mercados de ações acumulam agora perdas US$ 2,66 trilhões em valor de mercado de 27 de julho até esta quarta-feira, desde que o impasse em torno do endividamento do governo americano se agravou, elevando o risco de calote. O valor supera os US$ 2,4 trilhões que os Estados Unidos aprovaram de aumento no teto de endividamento do país.
Segundo especialistas, o movimento foi desencadeado ontem por mais indicadores negativos nos EUA, reforçando temores de nova recessão na maior economia do planeta.
Pesquisa consultoria ADP revelou que as empresas americanas contrataram 114 mil trabalhadores em julho, abaixo do número de 145 mil registrado em junho. Já o Índice ISM, que mede a atividade no setor de serviços, caiu para 52,7 em julho, abaixo dos 53,3 de junho e das expectativas do mercado.
- O mercado olha esses fracos números dos EUA, segundo principal parceiro comercial do Brasil, e se pergunta de onde vai sair estímulo para a recuperação da economia americana, já que o governo Obama se comprometeu a cortar US$ 1 trilhão de gastos para elevar o teto da dívida - disse André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.
Com o cenário de crise, segundo $da Bloomberg News, depois das perdas da última semana, as bolsas do mundo valem agora, somadas, US$ 52,1 trilhões. Nesse bolo, a Bovespa respondeu por uma perda de US$ 68 bilhões de valor de mercado, para US$ 1,3 trilhão. É como se duas Companhias Siderúrgicas Nacionais (CSN) virassem pó.
Entre as principais bolsas mundiais, no ano, o Ibovespa recua agora, em dólares, 14,16%, queda superada apenas pela Bolsa de Atenas (-16,52%), que está no centro da crise da dívida da Europa.
O Ibovespa, índice de referência do mercado, chegou a recuar 3,60% pela manhã, refletindo novos sinais de enfraquecimento da economia americana. À tarde, enquanto as bolsas em Wall Street começaram a se recuperar, o mercado brasileiro seguiu sem reação e terminou com recuo de 2,26%, aos 56.017 pontos, confimando seu pior pregão em quase seis meses.
O dólar comercial recuou 0,25%, a R$ 1,563, enquanto investidores buscaram o ouro como porto seguro. O metal teve sua oitava sessão seguida de alta e um novo recorde: em Nova York, subiu 1,3%, a US$ 1.666,30 a onça troy (31,1g) para entrega em dezembro. Desde 25 de julho, a alta acumulada é de 3,4%. No dia, o metal chegou a subir a US$ 1.675.90.
Esse temor provocou quedas também nos mercados da Europa, onde as principais bolsas fecharam nos menores patamares em 11 meses:
Londres (-2,34%), Paris (-1,93%) e Frankfurt (-2,30%). Em Wall Street, o Dow Jones avançou 0,25% e o Nasdaq, 0,89%, após circularem rumores que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) poderia adotar medidas para incentivar a economia.
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