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segunda-feira, 27 de junho de 2011

River Plate é rebaixado pela primeira vez na Argentina

ESPORTE - - FUTEBOL


Enviado por Allan Caldas - 
26.6.2011
 | 
16h59m

 

##//-\\## O River Plate tocou o inferno com as mãos. No aniversário de 15 anos da conquista da sua segunda Libertadores, e no mesmo Monumental de Nuñez onde viveu inúmeras glórias em seus 110 anos de história, o maior campeão da Argentina viveu neste domingo seu maior pesadelo: um empate em 1 a 1 com o Belgrano, de Córdoba, decretou o primeiro rebaixamento de um dos clubes mais vitoriosos da América do Sul. Depois de ficar em 17º lugar entre 20 times na média de pontos dos últimos três anos no país, e perder por 2 a 0 o jogo de ida do playoff contra o quarto colocado da Série B, restava a última esperança: vencer pela mesma diferença de gols na volta. Mas o apoio da torcida, que lotou o estádio, não foi suficiente. Pavone, que abriu o placar aos cinco minutos, perdeu um pênalti aos 22 minutos do segundo tempo, logo após o empate do Belgrano, e praticamente sacramentou o fim do sonho de permanecer na elite. Agora, Boca Juniors e Independiente são os únicos times que nunca caíram de divisão no futebol argentino.
Veja a fotogaleria do jogo do rebaixamento do River
Bi da Libertadores (1986 e 1996), campeão mundial em 1996 e dono de 33 títulos títulos argentinos na Era Profissional, o River Plate não chegou a essa incômoda situação por acaso. No Campeonato Argentino, o rebaixamento é feito pela média de pontos nos últimos três anos (seis campeonatos, já que cada temporada por lá é dividida em torneios Apertura e Clausura). Mesmo terminando em nono na atual edição, a equipe de Buenos Aires pagou pelas campanhas ruins nas temporadas anteriores. 

A saga começou com um vexatório último lugar no Apertura 2008/09, apenas um semestre depois de ter sido campeão argentino pela última vez, no início de 2008. Depois vieram um oitavo, um 14º, um 13º lugar nos torneios seguintes, e a tentativa de recuperação nesta temporada, com uma quarta colocação no Apertura 2010/11 e agora a nona posição. Não deu: na média, a colocação do River o obrigou a disputar um playoff para evitar o rebaixamento. 

Na Argentina, os dois piores colocados caem diretamente (este ano foram Quilmes e Huracán), e outros dois, o 17º e o 18º, jogam o que eles chamam de Promoción, na verdade um playoff em ida e volta contra, respectivamente, o terceiro e quarto colocados da segunda divisão, chamada de Primera B. Além do River, também ficou nesta situação o Gimnasia La Plata, que neste domingo faz a partida de ida contra o San Martin (a volta será quarta-feira).
Na derrota de quarta-feira em Córdoba, o River ainda sofreu com a reação violenta de alguns torcedores, que invadiram o campo para cobrar empenho dos jogadores, aumentando a pressão para o jogo de ontem. Um efetivo de 2.500 policiais foi deslocado para garantir a segurança no Monumental de Nuñez.

Pelo regulamento, bastava ao River vencer pela mesma diferença de gols para evitar a queda. Mal a bola rolou, no entanto, a torcida levou um susto: Mansanelli marcou de falta para o Belgrano mas o lance foi anulado porque dois jogadores estavam impedidos, à frente do goleiro Carrizo. Um minuto depois, aos cinco, Pavone abriu o placar para o River Plate, que começou a pressionar em busca do segundo gol. Aos 25, Caruzzo entrou na área pela esquerda e foi derrubado, mas o árbitro Sergio Pezzota, o mesmo da final da Libertadores entre Santos e Peñarol, quarta-feira passada, não deu o pênalti. 

No segundo tempo, o River mostrou por que chegou a tal ponto. O time tentava manter a pressão, mas faltou futebol. E numa falha da defesa, a bola sobrou para Farré empatar a partida para o Belgrano, aos 17 minutos. Logo depois, um pênalti duvidoso renovou a esperança do River. Mas Pavone bateu muito mal, em cima do goleiro. Aos 44 minutos, com a situação praticamente definida, 
torcedores tentaram invadir o campo, e foram contidos pelos policiais. A confusão serviu para acabar de forma melancólica a partida, com os jogadores do River chorando no gramado e os do Belgrano voltando para o vestiário sem poder comemorar o acesso, sob uma chuva de pedras atiradas pela torcida rival. Após o jogo, como infelizmente já se esperava, torcedores do River entraram em confronto com a polícia nos arredores do Monumental de Nuñez.

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